Capítulo 7

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Lara Selari

     Sentir o calor do sol em meu rosto, a água caindo em minhas costas nuas, em meu corpo dolorido, não imaginava que a atividade sexual era tão prazerosa e desgastante, parece que puxei todos os ferros na academia, tirando o fato é claro do incomodo em meio as minhas pernas que ainda continua, não intenso como ontem, mas ainda assim está lá.

     Vincent nada na nossa lagoa, ida e volta, várias vezes. Lindo, sento com as águas ainda caindo nas minhas costas, observando cada braçada que dá. Ele vem até mim, senta do meu lado e beija o meu rosto.

     — Estava pensado — segura a minha mão, ambos nus debaixo da cachoeira — precisamos arrumar um jeito de conseguirmos comida, na ilha nada além de cocos — rir — precisamos pescar, mas não sei como.

     Balanço a cabeça em concordância, olho para a lagoa a nossa frente e repasso tudo o que poderíamos conseguir para usarmos na pescaria, não consigo me lembrar de nada, na ilha não tem bambu que daria para usarmos como vara, as arvores daqui são muito grossas e as que estão caídas no chão estão secas, quebrariam fácil, sem contar que não temos linha de pesca, tão pouco anzol.

     Ficamos ali por mais algum tempo e seguimos para a caverna, meus estomago ronca de fome, nada do que temos é o suficiente para aplacar a fome que sentimos, ainda temos feijão, milho e ervilha, nada que sustente por muito tempo.

     Tiramos a porta para entrar e os meus olhos são atraídos para a rede que foi tirada do bote e que está no canto, pisco várias vezes e como se uma luz brilhasse em minha cabeça, viro para Vincent rindo.

     — O que foi, sereia.

     — Podemos fazer uma rede de pesca — aponto para ela jogada no canto. — Tipo uma tarrafa. Você conhece, não?

     — Sim, é claro que conheço, mas precisaremos de peso para ela afundar.

     — Que tal pedras? Cataremos todas do mesmo tamanho e prenderemos nas bordas e depois iremos comer um delicioso peixe assado na brasa! — Quase grito de felicidade.

     — Você faz parecer fácil. — Sorri.

     — E é! Só pensarmos na recompensa que tudo valerá a pena.

     Vincent rir, preparamos a nossa refeição, mais uma lata de ervilha. Depois que comemos abrimos a rede na praia e medimos o espaço de cada pedra e decidimos o tamanho delas, vamos para a lagoa lá tem pedras praticamente todas do mesmo tamanho, já vestida do único biquíni que trouxe, trago todas as pedras enroladas na minha canga. Pego a minha calça jeans e a corto fazendo um short, com uma das pernas faço tiras finas para prendermos as pedras na rede. Com a outra perna, faço tiras compridas como se fosse uma corda onde a nossa rede vai ser içada com os peixes.

     Explico para Vincent o que sei como jogar uma tarrafa na água e ele segue o que falo, primeiro fazendo teste na areia. O engraçadinho joga a rede em mim.

     — Agora tenho certeza que peguei uma sereia — fala rindo

     — Engraçadinho! Pode tirar ela de mim! Isso não tem graça Vincent. — Bato o pé.

     — Claro que tem! Agora você mais do que nunca é minha. Tudo o que cai nessa rede, é meu.

     — Seu ego é muito grande, não? — Começo tirar a rede, ele me ajuda — lembra que a ideia foi minha, o bote era meu, portanto essa rede é minha!

     — Tsc,tsc tsc! Você é minha sereia, mesmo antes de eu te pescar — se curva me beijando — e a rede é nossa, por que quem vai pescar serei eu.

Salvando o MafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora