Salvando o Mafioso

Capítulo 40

Vincent Castelli

     Vou para o QG encontrar os dois idiotas que tentaram contra a minha vida e que deixou a minha mulher em coma, mas eles vão se arrepender amargamente do dia em que suas mães sofreram a dor do parto para tê-los. Enquanto Lucca dirige, vou imaginando mil e uma formas de faze-los sofrer, sofrer muito, por cada gota de sangue derramado da minha mulher, pelo os dias em que o meu filho passará longe da mãe, pelo o leite que ele não vai tomar quentinho junto com o carinho que a minha sereia dá a ele, pela as noites e dias que serei privado de ver o mais belo sorriso direcionado apenas a mim, sim, eu os manterei vivo, por quanto tempo a minha menina estiver ausente.

     Desço do carro e vou direto para a sala de tortura onde os dois se encontram, tiro o meu paletó e coloco no encosto da cadeira, enquanto dobro as mangas da minha camisa social, coloco o meu soco inglês que estava em cima da mesa, ando em torno dos os homens que estão nus, com os braços para cima e pernas presas, todos por corrente, paro atrás deles, olho para o primeiro homem, de alto a baixo, deve ter mais ou menos o meu tamanho, corpo em forma, com uma tatuagem de aranha, na verdade, tem algumas aranhas em suas costas, no total de cinco subindo por uma teia, o que significa que ele tem uma posição de valor dentro do grupo dos aracnídeos, fazia tempo que não me deparava com eles, fazia tempo que eles não perturbava ou trazia algum transtorno na minha cidade, nem mesmo no meu país.

     O outro homem é um pouco menor que o primeiro, mas também está em boa forma física, mas o seu nível hierárquico dentro da organização é menor, nele há apenas duas aranhas, sinal de que é novo no grupo ou que só agora conseguiu mostrar o seu valor.

     Os Aracnídeos ou os Aranhas, são um grupo de motoqueiros mercenários que trabalham para quem paga mais, não tem nenhuma conduta, respeito ou código de honra, matam sem se importar com inocentes ou bandidos, matam por diversão, muitas das vezes matam até mesmo os seus contratantes, o que faz com que muitos não querem trabalhar com eles, no entanto, alguém contratou os seus serviços, e foi longe busca-los, já que na Itália fazia muito tempo que não ouvíamos falar neles.

     Mas quem quer que seja que os contratou, está disposto a tudo para me ver morto, o único problema nisso tudo é que ele mexeu com a pessoa errada, quer me matar, cai pra cima, quer me tirar do meu trono, cai pra cima, quer me tirar da frente de uma das maiores e mais antigas máfias do mundo, ok, é só vim pra cima, que eu aguento,  mas mexer com a minha mulher e com o meu filho aí é pedir para morrer, e nesse caso, me considere o seu eterno carrasco, porque se depender de mim, o que eu irei fazer com esses dois hoje não chegará aos pés do que farei com o seu mandante.

     ― Não sabia que os insetos estavam à solta ― provoco, sei que eles detestam esse tipo de provocação por não pertencerem ao grupo dos insetos e sim dos Arachinida, ― Sim, por que vocês não passam de um bando de insetos que vivem escondidos nos lugares mais escuso, sempre prontos para sugar a vida de alguém. ― Paro na frente do mais antigo de grupo ― Qual a sua posição dentro desse lixo ao qual vocês chamam de clã, ou eu devo dizer ninho?

     ― Uma posição que quase acabou com você e a sua prole de merda.

     Travo o meu maxilar e desfiro um soco em sua cara de merda, ― Não pretendia dar as boas-vindas tão cedo, mas já que você insiste, vamos aos trabalhos ― encho sua cara de porrada, seu supercilio é cortado e o sangue brota, bato em seu abdômen, região dos rins e qualquer lugar que os meus golpes acertam, o cara apenas geme, pouco me importo com o seu estado, quanto mais bato, mais tenho força e vontade para acabar com a sua raça, mas me lembro do que prometi, tenho que mantê-lo vivo, por quanto tempo a minha pequena estiver desacordada.

     Deixo o cara desmaiado de tanta porrada e vou para o outro menos importante, quem sabe depois do que ele presenciou ele não me conte quem está por trás de tudo isso.