Capítulo 19

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Vincent Castelli

     Chego no QG e encontro Mancini sentando em uma cadeira com os braços e as pernas presas. Caminho lentamente pela a sala até parar em sua frente. Ele tem um supercilio cortado, provavelmente tentou se desvencilhar dos meus homens.

     Puxo uma cadeira e sento a sua frente, acendo um cigarro e trago soltando a fumaça lentamente em seu rosto, ele não desvia o olhar do meu, tão pouco eu do dele, continuo tragando o meu cigarro, desde que voltei da ilha nunca mais havia fumado, perdi o habito fácil, algo que não pretendo ter novamente, mas para começar a minha brincadeira de hoje o cigarro será bem-vindo.

     ― Como tem passado Paolo?

     ― Porque estou aqui Vincent? Não fiz nada de errado.

     ― Nunca te disseram que é falta de educação responder uma pergunta com outra pergunta?

     Ele abre a boca pra responder algo, mas repensa e diz ― Eu estou bem Vincent, já estive em situação melhor, devo acrescentar.

     ― Bom. Não que eu deva responder nenhuma pergunta sua, já que quem faz perguntas aqui sou eu ― puxo a fumaça e prendo por instantes e a solto em seu rosto ― você estar aqui por que tentou prejudicar uma pessoa especial para mim e, quero saber porque e a mando de quem você fez isso.

     ― Não sei do quê ou de quem você estar falando.

     ― Não? Então vou refrescar sua memória, apenas com um nome ― bato no cigarro deixando a cinza cair ― Lara Selari. ― Ele me olha sério, abaixa a cabeça e balança em negativa.

     ― Não há o que falar.

     ― Olhe para mim Paolo, quando estiver falando comigo olhe para mim, dentro dos meus olhos, ― sinto sua mentira de longe ― porque a contratou?

     ― Uma conhecida a indicou, precisava de uma moça para a tripulação ― dá de ombros.

     ― Porque a mandou drogar? ― Ele engole em seco

     ― Não mandei, nem sabia de algo assim.

     ― Mentiroso! ― Trago mais uma vez o cigarro e o apago em sua mão amarrada no braço da cadeira. Ele grita, e isso me deixa em êxtase.

     Me levanto e tiro o meu terno, dobra a minha camisa até os cotovelos, me viro de volta para ele.

     ― Mais uma vez Mancini, porque mandou droga-la?

     ― Não mandei! ― Grita

     Vou até ele e soco o seu rosto, não uma e nem duas vezes, mas até ver o seu rosto vermelho de sangue, sua boca sem alguns dentes. Antes que ele perca os sentidos vou até uma mesa no canto do galpão e pego um alicate.

     ― Resposta errada, Mancini. ― Me aproximo, puxo a minha cadeira e sento novamente próximo a ele, seguro uma de suas mãos presas ― para cada resposta que não me agradar vou quebrar um dedo seu, depois o seu joelho, ai vou te dar uma injeção que vai estimular sua ereção, vou quebrar o seu pau porque ele vai tá duro feito pedra e quebrarei cada pedaço seu até chegar em seu pescoço.

     Ele arregala os olhos, Mancini nunca foi uma pedra no sapato, pelo o contrário, sempre pareceu um cara que queria crescer, em um setor que não havia concorrência, apadrinhado pela a máfia, todos da família usam seus iates, lanchas e o que mais no setor aquático oferece, ele está lá para garantir a diversão, família inteiras ou até mesmo uma fugidinha do stress de alguns capos com suas amantes ou simplesmente um final de semana regado a drogas e prostitutas, sempre fiz vista grossa, nunca foi cobrado nada além de sua proteção e exclusividade.

Salvando o MafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora