Capítulo 16

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Lara Selari

     Nervosismo me define, ando de um lado para o outro, meu cabelo foi escovado tantas vezes que sinto o couro cabeludo doendo, deixei para colocar a roupa por último, não queria amassar o meu vestido, comprei um pretinho básico que não tem como errar, um belo vestido mula manca,  marcando minha cintura e moldando o meu corpo, na altura dos joelhos com uma fenda subindo pela a minha coxa dando liberdade para me movimentar. Vou mais uma vez no banheiro e confiro a minha maquiagem, Mia entra como o furacão que é, toda arrumada em seu vestido ombro a ombro na cor vinho, moldado em seu corpo, de saia transpassada na altura do joelho, deixando sua bunda maior do que já é. Sexy sem vulgaridade.

     ― Não acredito que ainda não estar pronta! Vamos nos atrasar.

     ― Não, não vamos. Ainda temos tempo, estou nervosa e não queria amassar o vestido.

     ― Não fique nervosa, você o conhece melhor do que ninguém, e segundo Max a mãe quer fazer uma homenagem pra gente, não nos mandar para a guilhotina ― assinto ― vem, eu vou te ajudar com o vestido.

     Ela o pega do cabide e me ajuda a entrar nele, fecha o zíper que fica na lateral do mesmo, calço uma sandália de salto fino amarrada nos tornozelos, me olho no espelho e fico satisfeita com o que vejo, pego a minha bolsa de mão com batom, um rímel, algum dinheiro pra ajudar no taxi e saímos juntas do meu quarto.

     Max estar na sala andando de um lado para o outro com o celular na mão, até que nos ver.

     ― Ainda bem! Pensei que teria quer chamar os bombeiros pra tirar vocês daí de dentro.

     ― Não estamos atrasados. ― Reclamo

     ― Mas também não estamos adiantados ― pontua ― e se pegarmos um trânsito, ou o carro furar o pneu?

     ― Aí é muita falta de sorte ou na melhor das hipóteses é pra não irmos. ― Ele me olha e estreita o olhar, Mia vem em meu socorro.

     ― Em vez de ficarem jogando conversa fora, podíamos descer ― olha para Max ― já chamou o taxi?

     ― Claro. Vamos.

     Cada um pega a sua chave, jogo a minha na bolsa e saímos, moramos no terceiro andar de um prédio de cinco, onde Mia mora, nosso prédio é simples, não tem elevador, mas é seguro, contamos com porteiro 24hs por dia. O aluguel não é caro comparado com o condomínio, apesar de não ter elevador o que contribui para os exercícios físicos que ninguém pratica, mesmo tendo uma pequena academia nele, ainda assim vale a pena, nunca houve um único caso de assalto ou arrombamento no local.

     Entramos no taxi, Max vai na frente com o motorista e nós vamos atrás, uma segurando a mão da outra, na verdade Mia tenta aquecer as minhas que estão geladas em comparação a sua. Em menos de meia hora paramos em frente a uma grande e luxuosa mansão, descemos e Max vai até a guarita informar quem somos, logo o portão é aberto e passamos por ele, Lucca vem nos receber, cumprimenta meu irmão, depois Mia e por último vem até a mim.

     ― Como vai Srtª. Selari ― pega na minha mão.

     ― Lara, Lucca, apenas Lara.

     ― Como queira. Me acompanha por favor.

     Nós o seguimos, Max olha para mim várias vezes, dou de ombros para as suas dúvidas e perguntas. O hall da mansão é tão grande quanto a própria casa, logo uma senhora bem vestida em um elegante vestido longo vem até nós, a reconheço das fotos, a mãe de Vincent.

     ― Olá! Sou Marisa Castelli. ― Sorri ― você, eu já conheço, Max o menino que trouxe a luz. ― Beija as bochechas de meu irmão.

     ― Como vai senhora. ― Max a cumprimenta.

Salvando o MafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora