Capítulo 8

3.9K 270 10
                                    


Vincent Castelli

     Já se passaram alguns dias desde que contei a Lara quem eu realmente sou, ela levou numa boa, pelo menos é o que parece. Mas ela também sabe que eu nunca a faria mal, que  me cativou com cada sorriso, cada brincadeira boba que me fazia correr atrás dela e depois a tomando para mim, cada suspiro e gemido de prazer.

     Fazer amor com Lara é um dos melhores momentos nesse pedaço de fim do mundo. Ficar olhando o oceano à espera de que algum navio passe e nos resgates já não é mais tão atraente. Quando voltarmos terei que tomar a minha cadeira por direito, sei que Luigi estar tomando conta dela, mas meu peito aperta quando penso que minha sereia não fará mais parte da minha vida.

     Ter que casar com alguém que não faz parte da máfia é impossível, nunca soube de que tivesse acontecido algo parecido, minha primeira obrigação é com a máfia e seguir todos os mandamentos regido por ela, ser fiel a todas as nossas regras e o casamento dentro da famiglia é uma regra que não pode ser quebrada.

     Ter que escolher uma filha da máfia nunca me agradou, nenhuma delas me gerou algum interesse. Geralmente são meninas fúteis que nada fazem de suas vidas, apenas foram nascidas e preparadas para serem boas esposas.

     Esposa. Esse título daria de bom grado a minha sereia, chegar em casa depois de um dia exaustivo e me enterrar em sua pequena e doce boceta. Isso sim seria um sonho.

     "E se... Será que ela aceitaria? Ser minha, mesmo eu estando casado com outra? Sei que não é o ideal, mas a teria por perto". — Porra! E mais fácil ela me dá um tiro! — Gemo, jogo uma pedra nas ondas que estão quebrando na praia. Sinto seus braços finos enrolando em minha cintura.

     — Não se cansa de vigiar o mar?

     A puxo para os meus braços — Às vezes fico imaginando como seria bom ninguém nunca vir atrás de nós. — Levanta a cabeça e me olha.

     — Por que diz isso? Não quer ir embora? E sua vida, sua família e tudo mais?

     Seguro seu rosto entre as minhas mãos. — Não quero perder você! — beijo os lábios carnudos. O sol já estar se pondo, lançando seus raios laranjas, enquanto a bola de fogo desce se escondendo no horizonte de água.

     — Não precisa me perder.

     — Mas é o que vai acontecer, — suspiro — há não ser que você aceita a minha proposta.

     — Que proposta? — levanta o rosto e estreita os olhos. Pense rápido, você é bom nisso.

     — Me deixe montar um apartamento para você, assim eu poderia vê-la sempre. — Isso, bem melhor que dizer para ser minha amante.

     — O- o quê? — Dá um passo para trás — Porque quer montar um apartamento para mim? Eu tenho um com o meu irmão.

     Seus olhos brilham e dessa vez não é de lágrimas.

     — Espera! — aponta um dedo para mim — você estar me querendo como sua amante? Como sua vagabunda, depois que você se casar? É isso?

     Assinto — Não posso me casar com você, mas quero você na minha vida.

     — Ah! Você quer? — dá mais um passo para trás — Quer saber Vincent Castelli, vá para o inferno você é suas vontades! Não sou sua prostituta e tão pouco vou deixar alguém me tratar como tal! — grita — Eu me entreguei a você porque eu quis, porque eu pensei que você era outro tipo de pessoa — lagrimas escorre pelo o seu rosto — Se eu soubesse quem você era, um mafioso de merda, que pensa que todo mundo se dobra para você, estar muito enganado! Eu nunca me dobrarei a você! Nunca, me ouviu?

Salvando o MafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora