Akemi é uma jovem adulta que cresceu sozinha e sem nenhum laço, após o massacre de seu clã, o sacrifício de seu pai, a manteve a salvo em outra dimensão. Mas crescer sozinha a tornou vazia e só voltando ao seu local de nascimento ela entende o valor...
Alguns poucos dias depois, eu pedi pra volta a treinar, Yamato não queria que eu voltasse aos treinos tão cedo, mas eu precisava de algo que ocupasse a minha mente.
Ele permitiu muito hesitante, mas não quis discordar do que eu queria. Se eu focasse tanto no treino, talvez eu parasse de pensar na vida que eu não tinha mais, só um pouco.
Eu só queria ir pra casa, mas não posso. Eu queria tanto vê-lo..
*Quebra de tempo*
Já fazia meses desde que fui declarada morta. Ir embora e poder voltar, é diferente disso.
Eu passo os meus dias inteiros treinando, pra cansar fisicamente o suficiente pra dormir a noite. Porque sem isso, eu não consigo dormir.
Yamato tenta me ajudar de todo jeito que pode, ele é uma boa pessoa e parece entender o que é estar morto.. não sei como.
Eu não só fui declarada morta, eu me sinto morta, eu nunca mais vou ter minha vida de volta.
Meus pensamentos são interrompidos por Yamato.
Yamato: Pare um pouco, você tá com essa katana na mão já faz 6h.. já é fim de tarde.
Ele se preocupa tanto comigo..
Akemi: Não aconteceria se você me ensinasse a mudança de natureza..
Yamato: Eu vou ensinar, mas você sabe que se ficar usando ninjutsu vai ser rastreada de novo.. para com isso, senta e descansa um pouco pelo menos
Eu sentei abaixo de uma árvore, chateada pelo intervalo.
Yamato se aproximou de mim e sentou do meu lado.
Yamato: Se matar de treinar não vai adiantar nada, sua mente vai continuar pensando..
Ele tem razão
Akemi: Eu sei -baixei o olhar
Yamato: Você quer mandar o recado pra Hinata agora? Vai te fazer sentir melhor? Eu lembro que disse que queria.
Akemi: E se ela não acreditar que sou eu?
Yamato: Ela não conhece sua caligrafia?
Akemi: Eu não sei, eu posso tentar
Yamato me entregou um pergaminho e tirou um pássaro que estava selado em outro.
Eu comecei escrever.
"Olá, irmãzinha. Talvez você não acredite muito ao ler isso, mas sou eu, Akemi. Estou viva, escondida no país do raio. Sei que todos sabem que morri aí, mas eu dei um jeito de voltar. Eu sinto muito a sua falta e espero que você esteja bem. -A.Y"
Eu enrolei o pergaminho e amarrei no pé do pássaro.
Akemi: Obrigada -sorri pra yamato
Yamato: Por nada.. quando eu te disse que entendia, é porque eu entendo mesmo. Posso te contar uma história?
Akemi: Pode...
Ele e eu conversamos muito ultimamente, éramos a única companhia um do outro. Eu me sentia confortável com ele e ele parecia gostar da minha companhia também.
Ele deitou sobre minhas pernas e eu fiquei meio sem reação, porque meio que o contato físico, faz ele agir estranho. Então apenas coloquei minha mão sobre o seu peito.
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