O Receptáculo +18

Capítulo 97: O coração quente do homem frio.

O capítulo terá dois pov: Itachi e Akemi. (Vou avisar)

Pov Itachi

Se ela e como Kyo ela deve acordar logo depois de queimar. Ainda bem que deu tempo a bebê comer, não saberia onde arrumar leite aqui.

Itachi: Sua mãe ama muito você pra ter dado sua vida assim, tem que honrar o sacrifício dela.

Falei com a bebê e ela só dormia profundamente, mas parecia com frio então amarrei a coberta em mim como a bolsa de um canguru. Eu a coloquei dentro e o calor do meu corpo fez ela parar de tremer.

O corpo da mãe dela queimou e em seguida virou pó, eu assistia tudo, pois sentei abaixo de uma árvore pra esperar. Ela não voltava tão rápido como o pai dela.

Itachi: Seu avô era melhor nisso..

Demorou muito pra que o corpo dela se materializasse de novo, achei que nem voltaria mais, porque já era fim de tarde. Mas não dá pra julgar a demora, uma noite toda de dor, uma manhã toda dando a luz, morrer e voltar, não deve ser simples.

Eu havia me esquecido que Kyo sempre voltava nu, por isso ele sempre tinha uma roupa extra. Lembrei só quando a vi nua caída abaixo da árvore, nem parecia que tinha acabado de dar a luz, estava magra, eu talvez devesse ter levado mais comida.

Ela não tinha quase barriga nenhuma, nenhum inchaço, como se voltasse renovada. A bebê começou a chorar, insistentemente, como eu previa, ela está faminta, faz muito tempo que está sem comer e eu não tenho ideia de onde conseguir leite aqui.

Pelo jeito que o corpo da mãe dela está, parece que tem sim leite, mas não sei se eu deveria.. Será que ela se incomodaria se eu colocasse a bebê lá?
Ao contrário de seu pai ela não acordava de imediato, voltava das cinzas, mas seguia dormindo.

Então eu não poderia ter seu consentimento pra fazer o que eu precisava. Mas a criança precisa. Eu a peguei e a vesti no meu manto, o vento estava muito frio em seguida encostei ela na árvore e abri um pouco o manto a altura do peito.

Itachi: Eu não sei se você pode me ouvir, mas.. com licença. Sua filha está com fome.

Eu segurei a bebê perto do seu seio e parecia que apesar da renovação do seu corpo, ela não parou de produzir leite. A criança mamou até dormir de novo. Eu a coloquei de volta amarrada a mim.

Itachi: Vamos tirar sua mãe daqui..

Me aproximei e a coloquei sobre minha costas e a carreguei. Eu não queria que ninguém na akatsuki soubesse que eu tinha uma casa separada deles, mas isso era diferente, ela e a criança precisam de ajuda.

Andei com as duas até a minha casa, não era tão perto assim, mas as duas não pesavam tanto. Entrei em casa e a deitei sobre minha cama. Fiquei olhando um pouco e vi que estava toda suja, dava até pena de ver.

Itachi: Vou precisar que me dê licença outra vez..

A limpei com água morna e uma toalha, a vesti em uma de minhas roupas. Fui fazer o mesmo com a bebê, pois ambas estavam muito sujas. O que é compreensível.

Eu esquentei água pra banhar a criança, só um pano úmido não seria o suficiente, tinha restos do parto por ela inteira. Ela chorou muito, tinha esquecido como bebês podem ser escandalosos.

Itachi: O seu cabelo me lembra o de alguém, quem será seu pai?

Ela parou de chorar na hora, acho que reconhece minha voz pelo pouco que falei com ela ainda na barriga.

Itachi: E qual será seu nome?

Não tinha como saber.. não tinha nada pra uma criança em casa, sou um homem sozinho e quase nunca tenho tempo de vir aqui, então também não tenho mantimentos.