|Capítulo 19|

2.8K 236 95
                                    

Christopher Cannon

Passo a ponta dos dedos por toda a extensão da bochecha da garota ao meu lado, ela fecha os olhos e eu observo seus cabelos avermelhados contrastando contra o meu travesseiro branco, mesmo com a pouca luz do quarto.

Me aproximo mais, deslizando minha mão para o seu cabelo e a puxando de leve para perto de mim para que eu consiga beijar seu pescoço. No momento em que meus lábios tocam sua pele sensível, suas mãos vão para o meu cabelo e pescoço e então alguém tenta abrir a porta.

Isabella da um pulo de susto embaixo de mim, mas eu nem mesmo me movimento. Alguém xinga do outro lado, não reconheço a voz, mas me afasto para encarar seu rosto.

– Eu tranquei quando entrei. – resmungo baixo e seus olhos se voltam para mim.

– Será que alguém notou nossa falta? – ela pergunta, a voz mal passando de um sussurro enquanto suas mãos exploravam meus braços.

– Provavelmente, sim. – fazia uns trinta minutos que estávamos deitados na minha cama, conhecendo a boca um do outro. Nada mais que isso.

– Acha que deveríamos voltar?

– Não.

– Mas você disse que provavelmente alguém percebeu nossa ausência.

– Sim. – resmunguei voltando a enrolar meus dedos nos seus cabelos.

De repente sinto uma bancada na lateral no corpo e gemo alto. De dor. Fecho os olhos e xingo baixo quando ela começa a resmungar para que eu responda direito, mas só consigo choramingar pelo local que ela me acertou.

– Porra, Bella. – respiro fundo duas vezes e levanto a camisa escura para que veja.

– Ai, meu Deus. – Isabella fala se sentando em um pulo na cama, coloca a mão na frente da boca e segura o riso – Eu não sabia.

– E por que caralho você ta rindo? – pergunto entre dentes ao a encarar, mas logo ela fica seria, levando os dedos até as minhas costelas roxas.

– É do jogo de ontem? – concordo com a cabeça e ela passa os dedos de leve – Desculpe, eu não sabia.

– Tudo bem. – resmungo e ela continua encarando, então noto sua mão que, mesmo com a escuridão do quarto, é possível notar o vermelhidão da pele – O que aconteceu?

Ela tira o braço do meu alcance antes que eu consiga ver mais, então volta a se deitar ao meu lado no momento em que me sento, me debruçando para pegar o seu pulso com cuidado e observar as marcas.

– Quem fez isso?

– Ninguém. – ela resmunga e puxa o braço de volta.

– Bella.

– Não foi nada e nem ninguém, Christopher. – ela suspira e se vira de lado me encarando – Acho que eu deveria voltar lá para baixo, as meninas vão achar estranho eu sumir do nada.

Antes que eu consiga responder ou falar que quero que ela fique mais um tempo ali comigo, Isabella se coloca em pé, passando os dedos pelos cabelos bagunçados e arrumando a jaqueta escuro nos ombros.

– Isso é estranho pra caralho, né? – ela sussurra depois de uns instantes, cruzando os braços e me encarando quando me coloco em sua frente de pé.

– Vai se arrepender daqui alguns minutos? – pergunto engolindo em seco.

– Não. – sua resposta vem em um sussurro baixo quando encara meu rosto.

– Vamos...

– Você vai se arrepender? – ela me corta no meio da pergunta e fala, apertando os lábios um no outro e ela sabe que eu noto o movimento.

Para meu inimigo, com amorOnde histórias criam vida. Descubra agora