|Capítulo 31|

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Christopher Cannon

Escuto a porta do quarto abrir e levo alguns segundos para me lembrar onde estou antes de abrir os olhos. Não me lembro de quando dormi, deve ter sido o efeito do soro, mas, quando abro os olhos, a primeira coisa que vejo é os cabelos avermelhados da Isabella.

Não sei em que momento ela desceu da cama e foi para o sofá, está sentada em cima das pernas cruzadas, a cabeça apoiada no encosto e os olhos fechados.

– Bom dia, Christopher! – me viro na direção da mulher parada ao meu lado, só então me lembrando da sua presença – Seus exames ficaram prontos. Vou trocar seus curativos e daqui a pouco o médico vem para falar contigo, tudo bem?

– Vou ter alta?

– Sim, muito provavelmente. Mas não posso te dar certeza. Precisa esperar pelo Doutor.

– Certo. – concordo com a cabeça em um aceno e ela começa a tirar os esparadrapos da minha testa, levei três pontos quando cheguei e ainda não me olhei no espelho, mas tenho certeza que este lado do meu rosto está roxo até pelo jeito como meu olho está inchado.

– Ela gosta muito de você. – a mulher diz quando já esta finalizando, levanto meu olhar da Isabella para a enfermeira – Conversamos de madrugada quando eu vim fazer uma visita e trocar seu soro, ela estava acordada e te observando. Estava preocupada, por mais que eu a tenha tranquilizado.

Isabella se mexe no sofá apertado e leva uma das mãos aos olhos, se espreguiça antes de acordar totalmente.

– Cuide dela e não a deixe ir embora. – a enfermeira sussurra para mim antes de guardar suas coisas de volta nos lugares, ela encara a garota no sofá e da um sorriso, a cumprimenta com um bom dia e vai embora.

– Bom dia. – Isabella sussurra para mim depois de voltar do banheiro, o cabelo preso em um coque.

– Bom dia. – digo me sentando na cama, a enfermeira tirou meu soro, então tenho mais liberdade para mexer meu braço.

– Como está se sentindo? – ela pergunta parando ao meu lado na cama, sua mão indo parar na minha bochecha.

– Estou bem, um pouco dolorido, mas bem. – resmungo de olhos fechados esfregando minha bochecha na sua mão, isso arranca um sorriso dela que me faz abrir os olhos e a encarar – Senta aqui.

– Ontem a noite quando a enfermeira veio te ver, ela disse que eu não poderia estar deitada contigo na cama. – ela diz se sentando ao meu lado – Ela disse que não se importava, mas que era para cuidar para que outra enfermeira ou algum médico visse, pois poderia implicar.

– Essa enfermeira me disse que você estava preocupada a noite.

– E ela me disse que você perguntou sobre mim ao chegar.

– O que? – pergunto a encarando, parando minha mão no meio do seu braço. Isabella da um sorrisinho de vitória.

– Ela me disse que ontem, enquanto estava levando os pontos, você perguntou se havia alguma menina ruiva esperando para o ver. Ela disse que negou por que não havia visto e que você pareceu sentir mais dor com essas palavras do que com o machucado.

– Fofoqueira pra caralho. – resmungo puxando um fio da roupa ridícula de hospital, escuto a gargalhada da Isabella e a sinto por todo meu corpo quando ela deita a cabeça no meu ombro.

Quarenta minutos depois visto a camisa floreada que Thomas me trouxe. Isabella ligou para ele quando o médico apareceu no quarto e me deu alta, pediu para viesse nos buscar e que trouxesse um roupa para mim.

Para meu inimigo, com amorOnde histórias criam vida. Descubra agora