|Capítulo 16|

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Isabella Walker

Eles estão perdendo.

O time visitante, vestindo um uniforme azul horroroso, esta vencendo o jogo por 7 a 2, e só estamos no inicio do segundo tempo!

Solto um gemido de dor alto quando um dos atacantes da nossa equipe é acertado no meio das costelas, e cai rolando no chão. Não sei seu nome, não consegui decorar todos ainda, mas o cabelo encaracolado é familiar do último treino que assisti.

Alicia resmunga alto ao meu lado, tira uma foto do campo e depois volta a digitar algo no celular. Lili está quieta no meu outro lado, sentada com as pernas cruzadas e os óculos escuros na cara.

Consegui convencer as duas a virem comigo no inicio da tarde. A Alicia já viria de qualquer forma, o difícil foi convencer Liliane a sair e nos acompanhar, precisei ir até a sua casa para convencê-la e, mesmo resmungando e reclamando, está aqui, sem entender nada do que está rolando.

Cannon chega expulsando um dos atacantes do outro time, empurrando para longe de onde o companheiro de equipe esta rolando no chão. Antes que algo maior comece, o Juiz aparece no meio dos dois, os separando facilmente, apesar de ser metade do tamanho deles.

Meu celular vibra no bolso do casaco. Assim que desbloqueio a tela e coloca a mão por cima para conseguir enxergar, vejo o nome do John, indicando uma nova mensagem.

"Eai? Como está? Desiste disso logo e vem p cá."

Inspiro fundo e desligo o celular o jogando de volta no bolso. John e eu tivemos uma pequena discussão antes do começo do jogo.

Ele apareceu lá em casa um pouco antes de eu sair, sem avisar novamente, pediu para eu ir com ele até a casa de um amigo, onde estaria rolando uma festa agora mesmo.

Obvio que recusei e falei que ele não podia aparecer lá em casa sempre que quisesse. Mas ai ele viu minha camisa, ficou bravo por eu usar algo do Lacrosse quando nunca nem tinha pedido algo a respeito do seu time. E ficou mais bravo quando viu o número estampado atrás.

Na quinta-feira quando sai com ele, o ouvi falar sobre o Futebol Americano e como estavam bem para essa temporada pela primeira hora inteira, desde minha casa até o barzinho que ele me levou.

Pela hora seguinte ele ressaltou como achava estranho eu obedecer e morar com o Thomas e o Christopher. Tudo bem meu irmão, agora seu amigos? Nunca. Jamais. Era escandaloso.

Não retruquei nem expliquei nada. Deixei que falasse, só queria ir embora logo e quando visse que eu não estava afim de conversar, então ele me levaria embora e eu acabaria logo com aquilo.

Quando me deixou em casa naquela noite, acho que ele esperou que algo acontecesse, mas eu apenas afirmei que ele não podia mais voltar a fazer isso, de aparecer na minha casa sem avisar, então acenei com a cabeça e fui embora. Não o toquei. E acho que isso o deixou irritado.

Me sentei novamente no assento esperando o jogo recomeçar enquanto a equipe do meu irmão fazia a alteração, apertei o casaco ao meu redor, não que estivesse tão frio hoje a tarde, ainda mais no sol.

John ressaltou antes de sair da minha casa quanto era ridículo eu usar essa camisa, o quanto as pessoas iam achar que eu realmente gostava do Capitão e queria o homenagear.

Eu não ligava para o que falavam, não mesmo. Tanto que eu havia colocado uma blusa branca de mangas compridas por baixo do uniforme, para não precisar de casaco. Mas, quando John Wostden saiu cantando pneu da minha casa, eu já não sabia mais o que fazer e o que achar, então tirei o uniforme e a blusa de baixo, vestindo o uniforme e um casaco por cima, escondendo a parte de trás.

Para meu inimigo, com amorOnde histórias criam vida. Descubra agora