Christopher Cannon
A garota ruiva parada na frente da porta da minha casa se vira com a expressão de que poderia matar qualquer um neste momento. Ou melhor, me matar.
Mas, se for mesmo analisar, a errada da historia é ela, pois foi ela quem acabou de estragar meu último dia de férias, mandando minha noite de domingo para o espaço.
Precisei dispensar a Iris assim que o Thomas bateu na minha porta, não que estivéssemos fazendo alguma coisa errada, não estávamos passando dos beijos, mas, quando vi a expressão do meu amigo e ele pronunciou a palavra "fudeu", eu sabia que tinha alguma coisa errada.
E Thomas já havia ouvido muito sobre como eu e a irmã do nosso amigo nos odiávamos.
– O que você ta fazendo aqui? – a ruiva cruzou os braços, franzindo a testa e largando a mala.
– A pergunta correta é – desci o ultimo degrau parando em frente a ela – O que você ta fazendo aqui, já que eu moro aqui.
– Por que nós não nos sentamos ali na cozinha? – Thomas apareceu ao nosso lado pegando a outra mala da garota e colocando no canto antes de voltar a falar – E ai já conversamos e tentamos resolver isso.
– Tudo bem. – Isabella virou para meu amigo abrindo um pequeno sorriso e seguindo para a cozinha junto de Thomas.
– Quer beber alguma coisa? – ele perguntou para ela assim que a mesma se acomodou em uma das cadeiras. Quando negou com a cabeça, me sentei no outro canto, o mais longe possível.
– Isabella, explica o porquê de você estar aqui. E com duas malas enormes! – falei calmamente depois de respirar fundo.
– Cadê o meu irmão? – ela pediu se virando para o moreno ao lado e ignorando minha pergunta – Eu mandei mensagem antes de chegar aqui e ele disse que estava me esperando.
– Eu tava dormindo o dia todo, não tenho nem ideia.
– Ele saiu tem nem 30 minutos. – revirei os olhos ao responder, já perdendo a paciência.
– Eu passei na faculdade de Psicologia, mas como eu sempre deixo as coisas para última hora, não consegui pegar um dormitório e nem achar uma casa legalzinha. Ai o Peter ofereceu para eu morar aqui – ela deu de ombros enquanto contava – Ele disse que morava com um amigo, mas em nenhum momento disse que morava com esse sururu ai, se não, pode apostar que eu não viria.
– Você poderia me respeitar pelo menos na minha casa, ou vai ser difícil?
– Gente vocês podem ficar calmos e sem brigar por 05 minutos até a gente resolver isso? – Thomas pediu suspirando enquanto se levantava para pegar uma cerveja na geladeira.
Depois de beber um gole grande da lata e encarar a garota na minha frente e depois a mim, ele se escorou no balcão voltando a falar.
– Espera ai, lembra que o Peter havia falado que tinha conseguido alugar o quarto vazio esses dias?
– É, mas ele falou que era para um calouro que iria entrar pro time, não para...
– Agora entendi por que ele saiu de casa pouco antes de você chegar!
– Eu vou matar o Peter! – Isabella fechou os olhos bufando alto enquanto apoiava a cabeça em suas mãos.
– Nossa, o que rolou? Nem cheguei e já estão querendo me matar. – escutei uma voz vinda da sala instante antes da porta da frente bater, anunciando a entrada do meu melhor amigo.
Não precisei nem erguer minha cabeça para saber que a irmã estava o matando apenas com o olhar ou que o Thomas estava segurando a risada. Quando enfim o encarei, cruzei meus braços e levantei as sobrancelhas esperando por uma explicação.
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Para meu inimigo, com amor
RomanceChristopher Cannon tinha tudo para ser o cara mais clichê possível, afinal, ele é capitão do time de lacrosse e possui uma fama enorme por todo o campus. No entanto, ele nunca deu muito valor para isso, era decidido com o que queria e tinha tudo pla...