Capítulo 5.

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— Uau! Então quer dizer que, você, Vitor Traynor, com essa cara de hétero top, vai tatuar um doce? — perguntei, enquanto gargalhada ao lado do homem alto, que também riu.

— Não é bem um doce, é BRIGADEIRO. — ele deu ênfase na última palavra e colocou a mão no bolso.

Eu havia passado exatos vinte minutos com Vitor, e já sabia o seu nome completo, o que ele iria tatuar, que mudou recentemente para Nova York, e a sua viagem favorita foi para o Brasil. Ainda consegui convencê-lo que o que aconteceu no bar, foi um tremendo engano.

— Mas por que isso? — perguntei, ainda com um sorriso no rosto e ele me mostrou o celular.

Era um pequeno doce redondo, aparentemente de chocolate, coberto por confeitos de chocolate em uma espécie de forma de cupcake, em um tamanho bem reduzido. Parecia ser bom.

— Eu já te disse, amei conhecer o Brasil, e esse doce é bem popular lá, foi a minha comida favorita em toda a viagem. — ele bloqueou o celular e se ajeitou no sofá. — Talvez tenha outros motivos, mas...

— Continua sendo tosco. — ri. — Mas?

— Chloe Cooper... — disse. — E qual foi a sua viagem favorita?

Como eu digo para um cara que viajou o mundo inteiro, que a única viagem que faço é para visitar os meus pais no interior?

— Ah, a minha viagem favorita é quando vou para o interior, ver os meus pais e a minha avó. Eu não preciso dizer o motivo, né? — sorri de canto.

— Não, o porquê de você ir, já fala por si só. — ele falou, e logo depois a porta da sala abriu. — Bem, acho que agora eu já posso ir tatuar meu brigadeiro.

— E vai ficar me devendo os talvez outros motivos? — levantei, e logo Will se aproximou de mim.

— Gato, quem é? — ele sussurrou no meu ouvido e eu o belisquei disfarçadamente.

— O talvez outro motivo, bem... fique como uma desculpa para eu te ver e te contar depois. — sorriu e piscou o olho.

— Ele tá te chamando para sair, pergunta quando e aonde. — Will mais uma se intrometeu, e dessa vez pisei em seu pé.

— Talvez eu sinta vontade de beber em um bar bem distante. — me afastei de Will quando Vitor se levantou.

— E será se essa vontade surge umas nove horas? — ele arqueou a sobrancelha, com o rosto virado para mim, enquanto o corpo estava direcionado a sala, que continuava ocupada com Hermione tagarelando lá dentro.

Nove? Eu sou uma moça de família, que precisa trabalhar para se sustentar, que deve levantar às sete. Eu tenho hora para chegar em casa, moço.

— Sim, umas nove. — retribui o sorriso que ele me deu, e entrou logo depois que Hermione saiu.

Eu acabei de marcar um encontro com o dono gato do bar. DO NADA!

— Nossa, você mudou. — Will resmungou.

— O que está pegando? — Hermione se aproximou da gente com a chave do carro em mãos.

— A Chloe vai dar para aquele gato que passou por você agora. — explicou.

— Hey! Eu conheço ele de algum lugar. — ela disse, olhando para trás.

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