Capítulo 30 [RETA FINAL].

1.1K 105 21
                                    

Eu nunca dei nome a nenhum capítulo, mas acho que o que resume Chloe e Artur é: Acidentalmente Apaixonados.
Ouçam a música, caso queiram. 🤍

Ele insistiu que eu vestisse a roupa que faria eu me sentir uma mulher incrível. O que ele não sabia era que eu me sentia incrível só por estar ao seu lado, mas queria que ele soubesse que eu ainda estava mega chateada. Começou a ser estranho não ter Vitor por perto, todo o seu cuidado exagerado e o beijo bem no topo da cabeça em qualquer circunstância. Foi difícil me acostumar depois que Artur foi embora, mas agora parecia ser mais estranho me acostumar a ficar com ele de novo.

— Eu lembro do dia que você chegou com esse vestido na minha casa. — ele riu e balançou a cabeça negativamente, enquanto abotoava o pulso da camisa social. — Inventou uma desculpa qualquer, rebolou a bunda e saiu sem dar nenhuma explicação.

— Eu estava usando essa roupa? — o olhei, enquanto estava numa guerra para colocar um brinco de pedrinhas cintilantes.

— Sim. E estava bem gostosa, por sinal. Acho que você conseguiu fazer o que queria. — falou, ouvi ele borrifar o perfume e logo o cheiro se espalhou no ar. O mesmo cheiro que ficava no elevador todas as manhãs e que me deixava tão apreensiva.

— Eu não quero falar sobre aquela noite, não sabia o que estava fazendo. Aliás, estou pronta, podemos ir? — tentei não o olhar com desejo, mas ele estava lindo. O último botão da camisa azul marinho estava desabotoado, como de costume, ele era um puta de um canalha charmoso bem vestido.

— Você pode segurar a minha mão? É um jantar romântico, entre no clima. — insistiu, o olhei com desdém e ignorei cada palavra dita. Fui em direção a porta do quarto, abri e esperei por ele do lado de fora. — Vai ficar me desprezando? — ao sair me encarou e arqueou uma sobrancelha, se direcionou até o enorme elevador e apertou o botão.

— Eu não pego elevadores com você. — cruzei os braços e o olhei.

— A melhor parte era quando pegávamos o elevador juntos. Não seja chata, foi assim que nos conhecemos.

— Você ignorou a minha presença, Artur.

— Eu estava evitando não me apaixonar por você, é porque você tem grandes olhos convincentes e um sorriso que me desestabiliza. — ele sorriu e entrou no elevador, me puxou para entrar junto.

— Você é ridículo. — dei risada e me encostei no ferro de apoio. Olhei para o chão e observei o louboutin que ele usava, sempre soberbo, nunca modesto.

— Eu lembro perfeitamente que estava discutindo com a minha mãe quando nos conhecemos. Não foi o melhor momento. E você me deu o seu endereço ainda assim, foi meio doida. — ele riu. — Eu também lembro que você estava beijando um cara no corredor.

— E você estava nos espiando, e exalando aquela fumaça horrível do seu cigarro. — ri baixo e olhei para Artur.

— Eu estou tentando parar de fumar. Você sempre odiou.

— Eu detesto cigarros.

— Eu sei, eu odeio ter que parar de fumar, mas eu gosto de você.

— Até parece que está fazendo isso por mim. — revirei os olhos e o elevador abriu.

— Estou evitando um câncer também. Colaborando com o meio ambiente. Não vai me dá os parabéns?

— Parabéns por se cuidar.

— E cuidar da gente. Você sabia que a fumaça afeta mais a você que não fuma do que a mim? Isso vai ser uma boa quando estivermos juntos. E também porque você não gosta.

Meu Inesquecível Vizinho Onde histórias criam vida. Descubra agora