2° capítulo

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Josh Beauchamp

-Senhor Beauchamp, eu sinto muito. Nós fizemos todo o possível para tentar salva-lá... -parei de ouvir o que ele tinha a dizer, porque a ladainha era praticamente a mesma. Lutaram, tentaram, não mediram esforços, gastaram mundos e fundos da minha fortuna para tentar salva-lá, mas, no fim, de nada havia adiantado. Falharam, e o sentimento de derrota e frustação era o mesmo se tivessem assistindo ela morrer de braços cruzados.

-Temos uma filha de meses... -eu não estava falando com ele, era mais um pensamento alto enquanto eu respirava fundo buscando não entrar em desespero. Eu estava perdendo a minha esposa, mas eu tinha 25 anos e sabia me cuidar sozinho, porém, o que me devastava era que Fernanda não estava deixando apenas a mim, mas também a nossa filha.

Maya era apenas um bebê. O que seria dele sem a mãe?

Eu não chorei naquele momento. Talvez devesse ter chorado, pois foi como se cada lágrima retraída afundasse no meu peito como uma estaca afiada, que fazia o meu coração doer ainda mais.

- Não Vai ser fácil, mas precisa ser forte

Levantei da cadeira, trôpego, e caminhei para a sala de espera sem falar nada com o médico. Ele ficou me observando de longe, mas não se deu ao trabalho de me dizer mais nada. Não precisava, não havia palavras de alento para se dizer naquele momento.

Entrei no meu carro, parado entre tantos outros no estacionamento do hospital, e dirigi de volta para a Sky house. Eu não tinha mais forças para estar ali. Sentia que havia lutado tanto para nadar em círculos.

Na estrada, a chuva fina começou a cair sobre o para-brisa. Algo comum para a capital inglesa, mas, daquela vez, a chuva representava o choro que eu não conseguia deixar cair.

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