ᴄᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ 45

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☀︎︎♕︎ Point Of View ♕︎☀︎︎——Rebeca Williams——꧁꧂

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☀︎︎♕︎ Point Of View ♕︎☀︎︎
——Rebeca Williams——
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Saio do meu quarto andando cuidadosamente até o andar de baixo, encontrando Faith no mesmo.

—Oi! - ele diz num sussurro e me abraça.

—Oi, tudo certo? - pergunto para a mesma.

—Sim.

—Okay, então vamos! - falo e ela assente.

Abrirmos a porta com muita cautela para não fazer barulho e assim saímos ao nosso destino. As ruas estão completamente vazias e não há nenhuma sinal nas casas, todos aparentemente dormindo. Faith prende seu braço ao meu o que me faz soltar um sorriso, continuamos caminhando de braços dados.

Faith tem sido um exemplo de força nos últimos dias, ela e Payton alegadamente são bem próximos, quando perguntei se ela por um acaso sabia o motivo dele estar estranho, ela demonstrou saber exatamente o que o irmão sentia. E bem... Ela tecnicamente não estava tão errada.

Ela não parece estar tão abalada fisicamente quanto Joanne, que tem os olhos vermelhos pelo choro constante, mas com certeza está abalada psicologicamente.

E isso tudo é por minha causa!

Eu coloquei ele nessa enrascada e vou tirá-lo, Payton não pagará no meu lugar!

—É aquela casa? - Faith pergunta depois de muito tempo em silêncio.

Saio dos meus pensamentos e olho para aonde a garota apontou e vejo uma casa com as luzes acessas.

—Sim, é aquela. - nervosismo consome meu corpo de repente.

Nós caminhamos e chegamos a frente da casa, dou um passo a frente e Faith fica atrás de mim esperando minha ação.

Respiro, inspiro. Uma, duas, três vezes.

Bato na porta.

Alguns passos podem ser escutado e logo alguém aparece na porta.

—Pois não? - a Esposito menor fala.

Tiro a capa da minha cabeça assim revelando meu rosto, a garota fica sem reação.

—P-Princesa? - Ana gagueja.

—Olá! - digo sorrindo de leve. - Essa é Faith - aponto para ela -, e precisamos conversar com você e com sua irmã.

—Claro, certo. Fique a vontade! - ela abre espaço para entrarmos.

—Quem era? - Julia aparece de repente. - Rebeca?! - ela pergunta desacreditada.

—Oi, aonde estão a mãe de vocês? - eu pergunto.

—Está aqui na cozinha, venham! - Ana nos guia.

Nós entramos na cozinha e a reação de dona Rosa foi a mesma das filhas.

—Ela disse que precisa falar com a gente... - Ana informa.

—Certo, faz três meses que eu e Payton fugimos do Palácio, e cerca de cinco dias atrás ele simplesmente sumiu, e eu tenho certeza que Arthur é o responsável por esse sumiço. - começo a explicar.

—Espera! Então é pra ele que Arthur tem pedido pratos com pouca comida! - Ana confessa em alta voz.

—Como assim? - eu pergunto de fato um pouco confusa.

—Há uns cinco dias mais ou menos, todos os dias depois do almoço, Arthur pediu um prato, mas com pouca comida. E ele não pedia para que ninguém levasse, ele mesmo caminhava até a cozinha, esperava o prato ser feito e saia. - a garota explica.

—Então eu estava certa, ele está dentro do Palácio. - falo mais para mim do que para elas.

—Você poderia explicar melhor o que está acontecendo? Eu realmente não estou entendendo nada! - a senhora Rosa diz.

—Tudo bem, vamos começar bem de antes. Anderson e Isabella Williams tiveram dois filhos, Arthur e Victor. Quando Victor nasceu, Arthur já tinha cerca de um ano e desde sempre se mostrou muito ameaçado com a presença do irmão mais novo. Quando Arthur atingiu a maior idade, foi reivindicar seus direitos do reino ao pai, porém o mesmo negou dizendo que ele não estava pronto, mas sim seu irmão mais novo, ele sim já tinha maturidade para assumir Of The Brave. E depois de duas semanas, Anderson faleceu.

—Arthur o matou? - Julia perguntou.

—Não se sabe ao certo, os médicos na época esclareceram que sua morte foi causada por um infarto, mas o que é realmente muito suspeito pelo fato do Rei sempre se cuidar, e nunca deixar de fazer check-ups.

—Mas o que isso tem a ver com Payton? - a mais velha na sala pergunta.

—O problema não está em si nele, mas sim em Arthur, que sempre foi egocêntrico e aparentemente faria de tudo para conseguir o que sempre quis, e dois adolescentes no caminho dele poderia ser uma pedra no sapato. Levar um deles como refém parece ser uma boa opção.

—Certo, mas o que nós vamos fazer? - Ana é quem fala agora.

—Nós - aponto entre eu e Faith - temos uma amiga, que é loira igual Julia, e convenhamos, eu e Ana somos um pouco parecidas. Meu plano seria eu e Emma entrarmos no lugar de vocês duas. - aponto para elas.

—Isso parece um bom plano, mas você não acha que se Arthur conseguiu pegar Payton, ele também já não deve estar esperando alguma ação sua? - dona Rosa fala novamente.

—Isso seria evidente, mas Arthur não fará nada se não estiver vivo... - digo e suas expressões se horrorizam.

—Você vai... Matá-lo? - Faith fala pela primeira vez até agora.

—Às vezes precisamos tomar atitudes perigosas e sermos corajosas. - digo com um pequeno sorriso para elas que parecem chocadas. - Então... Vocês estão de acordo?

As Esposito se olham entre si com um ar de dúvida e medo.

—Olha, eu entendo que isso parece estranho e tem um clima psicopatico, mas vocês trabalham num lugar onde quem atirar primeiro ganha! A humildade foi deixada para trás faz um bom tempo, e o legado dos Williams de protetor corajoso não está mais no sentido do povo e sim no sentido de si próprio. Arthur só quer proteger a ele mesmo! Eu não posso deixar um legado tão grande simplesmente escorrer pelas mãos de Arthur como se ele estivesse com um bocado de areia na mão! Mas eu não posso fazer isso sozinha... Se algo der errado eu vou assumir a culpa e carregar toda responsabilidade e todas as consequências! Mas se der certo, eu serei extremamente grata a vocês... - digo.

—Está bem! - Ana esbraveja. - Você está certa! Rebeca está certa! - ela olha para a mãe e para a irmã. - Nós precisamos salvar o nosso reino! Não duvido muito que as coisas irão desabar se Arthur continuar no controle!

—Você tem razão... - é Julia quem fala agora.

—Senhora Rosa? - falo incentivando para que ela diga alguma coisa, mas ela mantém seu rosto neutro, sem nenhuma reação.

—Querida, não sei se isso dará certo... E se Arthur já tiver um plano? - ela diz após um longo tempo em silêncio.

Caminho até ela e seguro suas mãos.

—Irá correr tudo bem! - sorrio para ela.

—Tudo bem então, eu concordo! - ela afirma.

Depois do veredito da senhora Rosa, é possível ouvir uma pequena comemoração das meninas.

—Então vamos recapitular, segunda-feira, eu e Emma viremos aqui no mesmo horário e sairemos no lugar de Ana e Julia.

—Certo. - as irmãs respondem em coro.

Of The Brave - Payton Moormeier Onde histórias criam vida. Descubra agora