Meu defensor

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William Foster 

Vou passando atrás das pessoas. Me agaixo, me levanto, desvio! Tudo isso para me esconder do grude da Kristin. Mas é como se ela sentisse meu cheiro! Eu não aguento mais essa mulher! Se não fosse por meu pai eu já teria caído fora já faz muito tempo. Pensa numa garota insuportável.

Toda essa perseguição me deixou cansado. Vou até o open bar para tomar pelo menos um coquetel. Minha garganta está seca.

Quando chego no open bar me deparo com todos os bancos ocupados. Exceto um! Onde foi deixado um drink azul neon. A ponta do copo está carimbada com um batom vermelho. Acabo me lembrando daquela Elisa, não consegui deixar de reparar em seus lábios vermelhos. Ela estava usando um batom sedutor, porém, não gosto! Cores fortes nos lábios não me fazem sentir o mínimo de atração. Gosto de mulheres naturais.

Tiro o copo do meu caminho e sento no banco vazio, pedindo para o garçom me servir uma taça de coquetel e uma rodada de wisky. Quem sabe só assim consigo esquecer aquela maluca da Kristin. Já tô ficando nos nervos, meu pai tem que decidir logo o que vai fazer! Por que não aguento mais me prender aquela louca.

Infelizmente só tem uma mulher que não consigo tirar da cabeça. E essa é Elisa, tenho o pressentimento que ela é a mulher certa, ela tem algo que me atrai, não sei se são aqueles olhos cor de mel, ou a boca rosa aveludada..., ou até mesmo as madeixas amarronzadas de seus cabelos. Só sei de uma coisa, é a submissa perfeita.

As bebidas chegam, dou um belo gole do coquetel. E de repente vem em minha cabeça... como conquistar aquela mulher tão orgulhosa e cabeça dura?

Começo a ouvir uns gritos não muito longe daqui, olho para o lado e vejo uma mulher, vestido preto. Cambaleando, parecendo estar bêbada ou drogada. Um homem enorme está a agarrando pelo braço, frecciono meus olhos, tentando enxergar o rosto dessa tal mulher, ela me parece familiar...

Elisa?

Ela mesma! Está sendo carregada para fora da boate. Eu tenho que fazer alguma coisa.

Saio do balcão dando pisos precisos em direção aos dois. Quando ele está prestes a sair eu o grito.

— Ei! — chamo. Quando ele se vira sem pensar duas vezes descarrego um soco cruzado em seus nariz, que o faz cambalear pro lado. Ele deixa Elisa cair no chão, tonta! Por alguns segundos olho para ela, seu estado me deixa cada vez mais com raiva.

As pessoas acabam chegando perto para ver a confusão, e a música para. Levanto os braços e fecho os punhos acima do meu rosto me preparando pra qualquer movimento seu.

Ele consegue se recompor, e num piscar de olhos voa para cima de mim, socando minha barriga, contraio o abdomên quando seu soco acerta e giro o corpo rapidamente fazendo a pancada acertar na lateral do tronco.

Vou para cima dele distribuindo socos e mais socos, ele cai no chão. A raiva toma conta de mim! Nessa hora esqueço todos os movimentos que aprendi no muay-thai e me jogo por cima dele quebrando toda sua cara. 

— William para! — ouço Kristin gritar. Quando olho para trás vejo milhares de pessoas a nossa volta, e Chloe ajoelhada no chão segurando a cabeça de Elisa, Kristin fica me puxando, tentando me tirar de cima do homem. Mas não consigo, a raiva que me abomina não me permite fazer outra coisa que não seja quebrar sua cara em pedaços. 

Distribuo mais socos, ele já não se defende mais! Porém permanece acordado. De repente sinto alguém me puxar, me fazendo sair de cima dele, mas não desisto de tentar voar para quebrar tudo que lhe sobrou. 

— O que está acontecendo na minha boate!? - o gerente chega, que por sorte, é amigo do meu pai. Com sua presença acabo me acalmando, mas mesmo assim os guardas não me soltam.

O Dominador - Um Toque De PerversãoOnde histórias criam vida. Descubra agora