Estou salva!
Sorrio ao vê-lo mas antes que eu possa entrar no carro sou severamente agarrada pelo homem que me perseguia.— Me solta! — grito me debatendo.
Ouço a porta do carro bater e quando me dou por mim o homem está jogado no chão levando chutes e socos do William.
— William para! — seguro seu braço impedindo que ele continue.
— Entra no carro! — ele manda e eu obedeço, mesmo mancando, vou ao carro e sento no banco da frente. William dá um último chute no homem que já não tem mais forças e entra no carro logo em seguida soltando o freio de mão e pisando forte no pedal do acelerador.
Ele acelera em direção ao homem.
— Cuidado! — grito. Felizmente o homem desvia do carro a tempo. — Você tá maluco?
Pergunto mas ele finge não ouvir.
Gemo de dor quando sinto o fisgada do vidro no meu pé.— Você tá ferida? — ele olha de relance para meu pé.
— Foi só um corte.
Tento ao máximo segurar a dor para não deixa-lo preocupado. Mas é como se o vidro soltasse pequenas farpas que agem como um veneno na minha ferida, não consigo fingir que não está doendo.
Tento tirar com a mão mas acabo me machucando mais.Gemo de dor.
— Não mexa! Assim você só vai piorar.
Ele dirige rápido fazendo várias curvas e entrando em avenidas mais amplas. Eu achava que estavamos indo ao hospital mas não demora muito até ele estacionar em frente a um prédio enorme e luxuoso.
— Que lugar é esse?
William não responde, apenas sai do carro e dá a volta abrindo minha porta.
— Venha! Eu vou tirar isso do seu pé. — Apoio meu braço no seu pescoço e fico em pé, ele aperta o botão da chave para o carro travar e então me conduz até a entrada.
O prédio não só é enorme como também tem uma boa escadaria. Vou subindo degrau por degrau ainda apoiada em seu ombro.
Por que isso tinha que acontecer comigo? Logo comigo?— Aí! — Reclamo quando sem querer apoio meu pé ferido no chão.
— Assim não dá! — Ele sem aviso prévio me pega no colo e sobe apressadamente a escada.
Fico sem reação ao senti-lo tão perto de mim. Mas por uma fração de segundos, me senti protegida.
Meu Deus quando que eu imaginei que um dia isso aconteceria?Eu não sei o que fazer e nem como sair dessa situação, se realmente preciso da ajuda dele.
William sobe as escadas, passa pela porta e me coloca no chão.Que alívio...
— Jason estaciona meu carro. — Ele entrega as chaves pro porteiro e me leva até o elevador.
[...]
(21:30)
Chegamos no que parece ser seu apartamento.
— Sente-se aqui e me espere vou tirar isso do seu pé. — Me sento ainda desacreditada por estar aqui, como que tudo que aconteceu hoje resultou nisso!? Nesse lugar e com esse cara.
Olho a casa em volta e me surpreendo com tamanha luxuosidade.Estou sentada num imenso sofá diante para uma parede de vidro que me proporciona uma linda vista da cidade.
O chão por debaixo do sofá é de carpete mas o restante do piso é de puro mármore, os móveis são muito bem arquitetados e a casa cheira a perfume caro e masculino.É notável que muita grana foi investida nesse apartamento.
Se só por ser o filho do CEO já vive nesse luxo todo, imagina quando herdar a empresa...— Aii! — novamente sinto fisgadas na ferida. Seguro meu pé e olho o corte de perto, ainda está escorrendo muito sangue, e o caco parece ter se aprofundado muito.
E como dói...E é tudo culpa do Jack! Maldita hora que fui aceitar sair com ele.
— Cheguei! Trouxe umas faixas, um pouco de álcool, algodão e uma pinça. — William chega carregando tudo no braço. Ele se senta ao chão e segura meu pé, me deixando ainda mais aflita.
— Vai doer?
— Vai! E muito. — Insensível como sempre.
Ele higieniza a pinça com álcool isopropilico e segura firmemente o meu pé.— Te aconselho a morder a mão. — Ele fala e eu faço, pois sei que vai doer.
— Um, dois, três e...
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O Dominador - Um Toque De Perversão
RomanceElisa Cooper. Uma jovem norte-americana que se muda recentemente para a cidade grande, á procura de um emprego, e novas emoções. Sua vida nunca havia ultrapassado limites, tinha como objetivo trabalhar, e virar uma mulher de negócios. Sem romances...