Capítulo 50

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Caro leitor!
Este capítulo contém cenas de conteúdo adulto, incluindo violência, linguagem forte e situações sexuais explícitas. Por favor, esteja ciente disso antes de prosseguir com a leitura. Se você se sentir desconfortável com esse tipo de conteúdo, recomendo pular esta seção do livro.

[...]

— Mas é temporário — digo, entrando no apartamento com a minha mala. Largo ela ali no centro com a minha bolsa apoiada em cima.

— Temporário? Como assim temporário? — ele fecha a porta e me segue até o sofá da sala, onde me sento soltando um longo suspiro de exaustão.

— Eu tive uma discussão muito feia com a Kristin. Não acho que as coisas vão voltar a ser como eram e também não quero continuar morando de favor naquela casa.
Ele se senta ao meu lado, colocando o braço no encosto do sofá atrás de mim.

— Por que discutiu com ela?

— A Kristin não me trata como amiga; ela me trata como uma ninguém.
Sempre me humilhando. E desta vez, não foi só comigo, mas com a empregada da casa também! Ela demitiu a Eleanor e a acusou de roubo, William. E no fim das contas, o colar que ela disse que tinha sido roubado estava caído atrás da penteadeira. Aquilo para mim foi inaceitável. Eu vi aquela mulher ajoelhar dizendo que não tinha sido ela. Foi uma cena muito forte.

Kristin puxou o sangue ruim do pai dela — murmura.

— Como assim? O que você sabe do pai dela?  — o que ele disse me chamou atenção. Até porque onde eu sei, o pai da Kristin sempre foi um amor de pessoa, assim como a mãe dela.

— Esquece, não quero falar dela. É a última pessoa que eu quero pensar nesse momento. — Liam me puxa pelo ombro e pela perna para mais perto do seu corpo. Não posso negar que estava morrendo de saudade dele. Todas as dúvidas cruéis que batucaram na minha cabeça o dia todo se dissolvem, como papel molhado.
Eu estou com ele e é só o que importa agora.
Ou não...

Me afasto de seus braços num instante.

— Você mandou um buquê de flores para ela? — ele revira os olhos e deita o pescoço no encosto do sofá.

— Mandei, precisava dar algum presente para que ela saísse um pouco do meu pé. —
Logo me vem aquele sentimento desgastante de novo. Eu não quero isso, não quero dividir ele.

— William, eu sei que você não me prometeu nada, mas me incomoda o fato de você ficar com ela e comigo ao mesmo tempo. Eu quero que você escolha. — Seu maxilar se enrijece e seus olhos se contraem contra mim, como se ele se sentisse desafiado.

— Escuta, Elisa, eu e Kristin nunca sequer transamos! Nosso relacionamento é um relacionamento de negócios, tratado através do meu pai e o dela, um relacionamento do qual eu já tentei fugir várias e várias vezes.

— Fugir? É só dizer que não quer.

— Não é tão simples assim, Elisa. Não basta só dizer "não". Eu realmente não tenho escolha e eu de espero que você entenda.
— Não sei se consigo entender: o homem que eu gosto com outra mulher enquanto eu fico escondida nas sombras? Como uma amante.

Tem algo que ele não está me contando. Joguei um ultimato na minha frase mas não adiantou e agora me vejo cedendo novamente as suas palavras tão rígidas e autoritárias.

— Não foi isso que sonhei pra mim, ser uma amante.

— Não me peça para escolher, porque eu não posso. — Ele me aproxima dele de novo, cheirando o meu cabelo. — Mas se eu pudesse, seria você.
Seus dedos deslizam pelo meu braço e seus braços me envolvem aos poucos. Eu me arrepio por inteira.

O Dominador - Um Toque De PerversãoOnde histórias criam vida. Descubra agora