Pinte Elisa

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ELISA COOPER

- Alô? - Ele atende.

Oi William, eu só estou ligando para que saiba que não fiquei brava com você! Você teve boas intenções então eu seria muito infantil se ficasse brava por um motivo tão bobo.- Me deito na cama segurando o celular.

- Ah, tudo bem. De um jeito ou de outro eu iria te ligar pois quero te fazer uma proposta.

- Proposta?- indago

- Sim, gostaria de comprar o seu melhor quadro.- Suspiro, ele está falando sério?

- Meu quadro? Mas porque você haveria de querer um quadro meu? - Pergunto sem entender.

- Isso não interessa! O que interessa é se você está disposta a vender. Vamos! Me diga o seu preço.

- Mas como você quer comprar um quadro sem ao menos tê-lo visto antes?

- Eu confio em você.- Eu sorrio ainda confusa. Acho interessante o jeito que ele se interessou pela minha arte.

- Certeza? Não tem nenhuma preferência de pintura?- Digo sinicamente. Um silêncio agoniante fica por alguns segundos através da linha, até ele decidir falar:

- Olhe, quero que você faça algo que te identifique! Pinte o que sente! Pinte o que te representa, quero uma pintura que seja feita de coração e que tenha total sentimento do pintor, pode ser?- O jeito que ele fala me causa um arrepio na espinha, é como se ele sentimentalmente quisesse esse quadro.

- Está bem.

- Você ainda não me disse seu preço.- Penso por alguns instantes, não acho que seja ético de minha parte cobrar por um quadro que eu tenho certeza que não valeria nada.

- Am... eu não sei, vou te dar de presente! O que acha?- Questiono.

- Não aceito de presente, mas vamos fazer assim; você pinta, trás até minha casa e eu vou olhar e pensar o quanto vale! E eu aproveito pra mostrar uns quadros maravilhosos que tenho pendurado por toda minha casa. O que acha?

- Não sei, e se a Kristin...

- Não se preocupe! Ela não irá saber, e mesmo que soubesse não teria nenhum problema. São apenas quadros.- Seus argumentos são convincentes. Depois de pensar por alguns segundos eu afirmo com ele e então desligo o celular. 

Acho estranho ele fazer um pedido desses tão de repente. Mas estou disposta a fazer! Ninguém nunca se interessou pela minha arte antes e essa é a oportunidade de mostrar tudo que sei.

Mãos á obra...

                                [...]
(7:40)

Lutando para abrir meus olhos, espreitei pela janela e me senti muito distante. Como se meu corpo estivesse ativo mas minha mente ainda desligada, com muito esforço me levantei da cama e me espreguiçei.

É cono se todo o cansaço fosse embora com esse simples ato. 

Olhei para o despertador ao meu lado e sorri de satisfação ao ver que acordei na hora exata. Me levantei, tomei um bom banho de chuveiro, lavei o cabelo e ensaboei todo meu corpo! Quando faço isso o alívio é ainda maior, pois como já disse é como se todas as energias negativas descessem pelo ralo junto com a água. 

Me sequei na toalha e totalmente nua caminhei pelo meu quarto abrindo o guarda-roupa, para decidir com qual roupa iria trabalhar.

Eu queria ir com algo diferente, algo sexy. Me senti desejada e isso me forçou a colocar uma roupa assim.

O Dominador - Um Toque De PerversãoOnde histórias criam vida. Descubra agora