Capítulo 2

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Um senhor muito bem apessoado surge chamando a nossa atenção.

— Senhor Foster! Essa mulher petulante está insistindo entrar vestida desse jeito! Eu já disse a ela para ir embora, mas ela não quer. Acho que é melhor chamar os seguranças... — ela faz um sinal para os seguranças que vem andando em minha direção.

O senhor levanta a palma da mão, sinalizando para eles pararem.

— Não tem problema, acidentes acontecem. Katherine, deixe que eu resolvo essa situação.

— Mas senhor essa mulher é completamente desqualificada para...— ele a manda um olhar tenebroso, como se dissesse "chega". Ela por um momento fica parada me encarando.

— S-sim senhor...— assente voltando a se sentar.

— Fique calma senhorita! Engula o choro. — Ele diz me confortando e colocando a mão no meu ombro me incentivando a parar de chorar. Eu vou parando entre soluços, todos da empresa estão me olhando.

— Está mais calma?

— S-Sim...— digo limpando as lágrimas.

— Pois bem, me diga o que aconteceu com a sua roupa. E o que veio fazer aqui.

— Senhor, eu sou de Los Angeles! Estudei muito, me dediquei bastante para vim trabalhar aqui. Mas acabei me atrasando e no caminho derrubaram café em mim.

— Você é de qual setor? 

— Administração.

— É no trigésimo terceiro andar, pergunte para alguém onde fica os uniformes que eles te dirão. — Diz ele com um sorriso acolhedor.

Isso me alivia muito.

— Nossa, muito obrigada.

— Sem problemas, apenas não se atrase de novo. — Assinto, e ando diretamente para o elevador ainda desacreditada pelo que acaba de acontecer.

Não acredito que no meu primeiro dia fiquei cara a cara com Lionel Foster. O poderoso CEO dessa empresa.

Que honra! O multimilionário de Nova York, dono da porra toda acaba de me tirar de uma situação muito embaraçosa, e se mostrou muito humilde e compreensivo. Agora sim terei mais prazer de trabalhar aqui.

                              [...]

Chegando ao meu setor vejo várias cabines com computadores e impressoras, as pessoas completamente focadas nas suas tarefas, cada um em seu computador cumprindo com seus deveres. A primeira e única pessoa que está em pé é uma ruiva de olhos verdes, que está preparando um café na maquina.

Ela não parece estar tão ocupada quanto os outros, vou pedir informação a ela.

— Oi, tudo bem? Eu sou Elisa. — Estendo minha mão para cumprimentar.

— Oi eu sou a Chloe! Tudo ótimo! Precisa de ajuda com alguma coisa? — ela pergunta me cumprimentando de volta.

— Sim! Preciso trocar de roupa, pode me dizer onde fica os uniformes?

— Venha comigo, eu vou te mostrar. — Ela anda entre um corredor e outro me levando a uma sala cheia de roupas empacotadas.

— Aqui tem várias, com certeza vai achar uma do seu tamanho.

— Obrigada! — sorrio a ela.

— Você vai ficar ao lado da minha mesa. É a única que está sobrando, com certeza o Jack vai te mandar para lá.

— Jack? — pergunto enquanto procuro uma roupa do meu número no armário.

— Sim! É o nosso gerente. Quando você o vir você vai cair sentada. O cara é uma tentação! — Eu caio na gargalhada. 

— Hahahahaha!

— É sério! Você vai ver que o que eu estou te falando é verdade. — Pego minha blusa ainda dando risada.

— Onde fica o banheiro? — pergunto. Ela me faz um sinal para segui-la e enquanto isso conversamos no caminho.

— Você com certeza vai arrumar alguém aqui. Tem cada cara gato.

— Na verdade eu prefiro me manter profissional. — Ela franze o cenho.

— Você não é de Nova York né?

— Não, sou de Los Angeles.

— Está explicado! As pessoas de lá costumam ser bem reservadas. Mas quanto mais você ficar em Nova York mais você irá se soltar. — Dou uma risada contida. Estou definitivamente impressionada com o jeito dela.

— Você fala de um jeito tão estranho do nosso gerente. Por acaso já dormiu com ele? — questiono, ela solta um sorrisinho sacana.

— Claro! Quem nunca dormiu com ele? Você vai ser a próxima. — Coro.

— Eu? Por que eu seria próxima?

— Você é carne nova! Assim que cruzar aquela porta ele vai fazer questão de jogar todo aquele charme pra cima de você, e sinceramente acho difícil você não gostar.

— Claro que eu não vou gostar! Onde já se viu um gerente agir assim com uma funcionária!?  — ela ri.

— É o jeitinho dele, só isso.. — Fico ainda mais constrangida. Mal sabe ela que nunca encostei num homem, e talvez seja bom que ela não saiba mesmo! Tem cara de quem sairia falando pra todo mundo.

Chegamos no banheiro. Eu digo que depois a encontro e ela sai caminhando até sua mesa. Entro no banheiro, coloco a blusa do uniforme que aliás é preta, de manga curta e com um título do nome da empresa bordado no lado direito do peito e saio agora em direção a sala do meu gerente.
Mesmo que ele seja tudo isso que ela diz, eu nunca que me envolveria com meu próprio gerente. Meu objetivo nesse lugar é me manter 100% profissional.

Bato na porta e o ouço dizer para eu entrar.

— Com licença. — Entro, fecho a porta, e me viro de frente com a tal "tentação".

Ele é...

O Dominador - Um Toque De PerversãoOnde histórias criam vida. Descubra agora