Saint Seiya - Amazonas Parte II: O Desvelar

O vigésimo quinto véu

No ar, sustentadas apenas por fios revestidos do cosmo de Alcione, encontravam-se a ela e Shaina em um abraço mortal.

Shaina, como uma jibóia, envolveu Alcione em um abraço sagaz. As duas estavam agora tão unidas que os fios que a plêiade usava para torturar-la, agora oprimiam as duas. Em um erro de cálculos de Alcione poderia matar as duas.

— Maldita! Foi mais esperta que meus fios. - Alcione espumava.

— Confesso que esperava mais de você.

— Eu farei de tudo para cumprir minha tarefa de impedir que invasoras passem por esse jardim.

— Não entende como você foi enganada? Você não está defendendo este jardim, está defendendo uma déspota que mantém a reencarnação de Atena como refém.

A mente de Alcione teve um estalo. Só agora havia percebido que fazia parte do jogo autoritário de Elis.

— Não é verdade!

A amazona de Berenice apertou os fios que enlaçavam as duas, fazendo tanto seu pescoço como o de Shaina sangrarem.

— É isso mesmo? Irá nos matar e impedir que Atena restaure a paz nesse mundo?

— Calada!

Shaina estava sem saída. Não havia nada que pudesse fazer.

— Se eu morrer aqui, Shun, Ikki e os outros virão e encontrarão sua armadura coberta de vergonha! Nos ajude a vencer esta batalha, pelo nome de Atena!

— E-Eu... por Atena... - Alcione não conseguia emitir uma frase se quer.

Aquelas palavras reverberaram de tal forma em Alcione, que deu se como vencida. Ela então afrouxou os fios mais uma vez, as duas estavam agora novamente no chão.

Mesmo com cortes por todo o corpo e com a nova armadura já danificada, Shaina seguiu para o próximo e último jardim.

Ao ver a amazona de Atena seguir para a próxima adversária, sem que fosse percebido, o filho de Safo, que junto com seus irmãos, Hime de Grou, levantou vôo de trás de uma moita.

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Hime encontrou a mãe no jardim, escrevendo algo em uma papiro, apoiada em uma prancheta. Aterrissando ao lado da mãe, a garota nascida garoto, observou que Safo estava aflita.

— Querida mãe, trago notícias. Shaina derrotou Alcione e agora se encaminha para o próximo jardim. Shaina está bem debilitada, mas seguiu mesmo assim. Alcione, por sua vez, está praticamente intacta.

— Bom saber, minha filha. Obrigado por me manter informada.

Uma lágrima de aflição desceu do rosto de Safo.

— Mãe, não fique assim. Nós fizemos o que podíamos para salvar essa ilha e impedir os planos de Elis. Sei que não gosta de lutas, mas essa é a maneira que os cavaleiros e amazonas de Atena encontraram para resolver as coisas.

— Eu sei minha filha, mas me custa todo esse sofrimento, mesmo o que as aliadas de Elis estão a passar.

— Ó mãe, mas não te preocupes. As coisas estão a sair melhor do que planejamos. Antes pensávamos que só Shaina e Marin iriam lutar, mas agora Sora também se juntou à causa e as chances de vitória aumentaram.

— Tens razão, filha. Espero que um dia não somente elas, mas também Ami e o cavaleiro de Orion nos perdoe pelo que tramamos para derrotar Elis.

Safo e Hime olharam para o horizonte, em direção de onde agora queimavam os cosmos da guerreira de raposa Himiko e um misterioso cosmo ancestral.