O vigésimo sétimo véu.

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Era possível sentir um cosmo ardente e brando vindo lá de fora. Era dourado e iluminava por trás da porta de correr. Sentadas na mesa de chá, Himiko e Marin viram a porta que dava para o pátio abrir.

Uma senhora amazona estava à porta. Vestia uma armadura dourada, a lendária armadura de Noctua. Seus cabelos eram longos e era alta e sua estatura era imponente. Seu rosto lembrava o de Marin, e de Diotima, mãe de Marin, que ela nunca havia conhecido, mas Himiko sim.

Marin recobrou o movimento de seu corpo, observou o rosto de Himiko contorcer-se em descrença. Balbuciando palavras, a plêiade disse:

— Quem é você? Como chegou aqui?

— Sou Pallas de Noctua, a primeira amazona de Atena. Vim encontrar com minha sucessora, Marin de Águia.

Ao ouvir o próprio nome, Marin levantou-se. Ela não sabia o que estava acontecendo, se aquilo fazia parte da ilusão criada por Himiko ou não.

Himiko caiu para trás e cobriu a boca, para não deixar escapar um suspiro.

— Vamos, Marin! Atena precisa de você!

As duas deram as costas à anfitriã e iam sair da casa, no entanto, Himiko conseguiu se recuperar um pouco e voltou a posição que estava. Pela primeira vez Marin sentiu o cosmo de Himiko queimar.

Pallas virou-se furiosa para Himiko.

— Amazona, de que lado estás? As amazonas de Atena vieram para vos libertar e você ainda insiste em jogos como esse?

Neste momento, Himiko olhou para dentro de um dos quartos da casa, de onde saiu seu filho Shiryu, vestindo a armadura de Dragão.

— Filho?

Himiko sorria ao ver o rebento adulto e vestindo a armadura de bronze. Sem se entregar a cena, a plêiade logo voltou a si.

— Está bem. Siga em frente Marin e leve suas amigas.

Marin viu o kimono de Himiko se tornar a armadura de raposa e a casa onde estavam, transformar-se na arena de luta do sétimo de jardim. Com isso Himiko declarou sua derrota.

Shaina e Sora que estavam deitadas em um sono profundo, bem próxima de Marin, começaram a despertar.

— O que aconteceu? - Perguntou Shaina.

— Vamos embora, precisamos correr.

Mesmo sem entender muito o que aconteceu, Sora analisou o cenário e logo deduziu pela expressão vencida no rosto de Himiko.

Marin só então se deu conta de que Pallas já não estava ali.

— Onde ela está? - perguntou a Águia.

— Um milagre ocorreu aqui, eu não tive mais como manter a ilusão. Pallas também era uma ilusão, mas criada pela própria armadura de Noctua.

Himiko fez um gesto e Marin viu a armadura em forma de coruja enviada do céu, atrás de si.

— Pallas apareceu para vocês? - perguntou Sora.

— Apareceu e disse que Marin é sua sucessora. - Himiko riu de canto de boca.

— Não esperava por isso. - Ruminou Sora olhando para Marin.

Após um breve momento de silêncio entre as quatro amazonas ali paradas, Sora retomou.

— Shaina, Marin, o verdadeiro desafio começa agora. Vamos?

— Vamos! - responderam em uníssono.

Assim, as três amazonas partiram para sala do trono onde esperavam encontrar Elis e libertar Saori definitivamente.

Saint Seiya - Amazonas Parte II: O DesvelarOnde histórias criam vida. Descubra agora