Saint Seiya - Amazonas Parte II: O Desvelar

O sétimo véu

A general-rainha Elis saboreava um vinho em seu jardim privado no topo do templo de Artemis, acompanhada da escrivã e poetisa Safo, que documentava todos os passos da realeza da ilha. Quando as duas acabaram de ser informadas por Iona, filha de Safo e mensageira oficial, sobre a chegada de Saori e sua amazonas.

— Então elas não trouxeram Lune?

— Não senhora, mas a garota Saori diz que ela está segura.

Elis aproximou-se de um vaso repositório de água para regar o jardim e fitou seu reflexo. Ali não estava mais a general, nem quem fora um dia companheira de treinamento de Sora, mas uma demônia que se alimentava da guerra, uma criatura infernal chamada Discórdia.

Elis então virou-se para Iona e lhe ordenou.

— Reúna as Plêiades aqui imediatamente!

Em pouco mais de meia hora, estavam reunidas ali, todas as Plêiades. Eram elas Himiko de Vulpecula, Alcione de Comma Berenice, Tove de Lynx, Ruka de Equulus, Molpadia de Bootes e Iara de Volanas, a única que não apareceu era Sora de Kirin, que se recusava a ser parte das Pleaides.

Todas vestiam capas que escondiam as armaduras. Estas capas denunciavam o cargo que ocupavam. Elas foram escolhidas entre as demais amazonas por serem as seis com mais poder. Cada uma era responsável por um jardim no Templo de Artemis e gozavam de imenso prestígio na ilha.

As seis mulheres reunidas no jardim privado da general, curvaram-se diante de Elis. Safo, que estava sempre presente como escrivã, anotava tudo.

— Minhas bravas amazonas, imagino que devam ter sentido os novos cosmos que aportaram em nossa ilha. Duas amazonas, filhas das traídoras Diotima e Teona e uma garota japonesa, uma impostora que diz ser a encarnação de Atena e agora quer tomar esta ilha.

A pena com a qual escrevia, perfurou o papiro, fazendo a emitir um som em desaprovação que ninguém ouviu.

—Senhora, mas o cosmos dela era tão divino. - comentou Himiko.

— Não se deixe enganar, guerreira da raposa. Atalanta teve uma profecia, que dizia sobre uma a vinda de uma anti-Artemis, possuída por uma entidade desconhecida para tomar esta ilha para si.

Safo sabia que Elis mentia, olhou discretamente para Himiko e as demais amazonas, mas todas mantinham uma expressão plácida. Exceto talvez por Ruka, que ainda era jovem e impressionável.

— Senhora, elas deram alguma notícia de Lune? - perguntou Alcione.

— Nenhuma. Devem ter matado nossa jovem deusa.

Safo notou Himiko e Alcione trocarem olhares. Elis continuou:

— Portanto, peço que assumam seus postos e impeçam que essas invasoras venham falar comigo ou Atalanta. Conto com vocês.

— Entendido. - todas responderam em uníssono e deixaram o jardim privativo.

A general então se virou para Iona, que estava sempre próxima e disse:

— Informe a senhorita Saori que a encontrarei amanhã pela manhã.

— Sim, senhora. - imediatamente Iona alçou vôo.

Elis se retirou para dentro do quarto. Safo ficou do lado de fora. Precisava intervir de alguma forma. Só havia uma pessoa a quem recorrer agora.