Saint Seiya - Amazonas Parte II: O Desvelar

O vigésimo primeiro véu.

Quando caminhava para fora da arena, Tove gelou a espinha. Sentia os três cosmos queimarem, mas isso não era tudo. O cosmos de Shaina e Marin brilhavam como ouro. As esquifes agora suavam.

Determinada a impedir que as amazonas passassem por seu jardim, antes que pudesse fazer qualquer movimento para reforçar o gelo, Tove percebeu que sua mão tremia. Sentia medo pela primeira vez em anos.

— O que é isso?

Olhou para trás, para a direção do pavilhão de Artemis que ficava logo acima, onde supostamente estava Elis, Atalanta e a até então falsa Atena.

— Que cosmos é esse?

Um acalanto misericordioso tomou o corpo da Plêiade. Tove caiu de joelhos e catatônica.

— Tove, consegue me ouvir? - disse a voz doce de uma deusa. - O seu coração chora pela dor da perda e da culpa. Você não merece viver carregando tanto sofrimento assim sozinha. Tove, escute me. Eu preciso que você deixe essa dor partir, pois você é uma guerreira justa e acima de tudo, você foi uma boa irmã. Você não tem culpa do que aconteceu à Natássia. - Os olhos de Tove vertiam lágrimas douradas, pois refletiam um cosmos sereno e acolhedor.

— Deusa A-Atena?

— Tove, ainda há pelo que lutar. Este é o sinal pelo qual sempre pediu. Levante-se agora!

Lentamente, Tove se levantou, em júbilo, havia alguém que ouvia as suas preces. Havia um sorriso no rosto da guerreira da constelação de Lince.

Algo cortou o ar. O momento da revelação foi quebrado com um chute na cara que Tove levou, que a fez girar e a fez cair no chão. Ruka de Equuleus estava ali em pé.

A guerreira de Lince limpou o sangue que corria. Estava furiosa com o atrevimento da discípula de Sora.

— Achas que tem a capacidade de enfrentar- me sozinha?

Ruka recuou. Sem esperar uma resposta, Tove avançou em seu pescoço, deitou a amazona no chão e a arrastou no chão por toda a arena, abrindo uma vala em meio a neve. Para finalizar, Tove lhe deu um pisou na barriga a fazendo cuspir sangue.

Do ar, Tove foi impactada por um outro chute, que a fez desequilibrar, outro chute vinha de Sora que girava no ar, mas dessa vez a amazona de Lince conseguiu detê-lo com o punho. Sora posou ao lado do corpo de Ruka e encarou Tove.

A intervenção de Atena, seguida do ataque de Ruka, foi suficiente para que as três saíssem da esquife de gelo. Shaina e Marin já não estavam mais ali, conseguiram escapar para o sexto jardim.

A mestra abaixou-se e sussurrou para a discípula que tentava se manter consciente.

— Muito obrigada Ruka. Você fez muito bem. Agora é comigo.