HEROUX
▪︎8 de Novembro, o retorno a casa
Senti minha virilha ser prensada num gesto circular que me fez ficar duro de imediato. Eu ainda estava meio sonolento então tive dificuldades de reagir ao toque e apenas me movi colocando o braço entorno do corpo que eu conhecia com a palma da mão, literalmente com a palma da mão. Afundei minha cara no seu cabelo e inspirei da fragrância do mesmo. Eu estava excitado e abri meus olhos para aquilo, desci devagar pelo pescoço de Ariel, dando beijos molhados ao logo de sua espinha e parei na sua cintura. Inspirei fundo ao sentir seu cheiro, aquilo me deixou mais excitado.
— Ariel eu — ela se moveu ficando de quatro. — Merda!
— Eu estou pronta, já passa um mês e eu também preciso — disse apressada. — Faremos com cuidado não é?
— Sim — baixei sua calcinha fio dental de renda e ela tirou por completo. Cheirei o pedaço do tecido e coloquei no bolso da calça de dormir, o futuro era imprevisível e tinha certeza que aquilo me ajudaria em algum momento. — Você fica linda dessa visão — elogiei.
— Eu não estou vendo e nós temos uma hora e meia antes de termos nossas filhas connosco, podemos fazer isso ou ficar conversando amanhã inteira.
— Uau, tudo bem senhorita, como quiser. — Falei, voltando a minha posição inicial. Desci minha língua pelo caminho entre suas nádegas e beijei o lugar proibido. Ariel gemeu em reposta, trilhei mais para baixo e tomei seu sexo. — Porquê estamos fazendo isso com pressa?
— Conseguiu estragar, — Ariel baixou o vestido e se sentou. — Eu vi relatos, os filhos mudam a vida sexual e nós nem podemos chamar a nossa de “vida”, fizemos sexo o quê? Umas três vezes?
— Duas, na verdade, quatro se contarmos o sexo oral.
— Heroux — Ariel desabou em lágrimas. Adiantei-me para abraçá-la. — Eu li em algum lugar que nesse momento, com as mulheres ocupadas sendo boas mães, eles se tornam péssimos maridos. Eles traem!
Fiz com que me encarasse, ela estava com medo que eu a traísse? Não descredibilizei seu medo e tomei um postura mais séria, mais porque ela acabava de me chamar de marido. Bom, nós éramos um casal por mais que não tivéssemos papéis assinados ou ambos anéis.
— Primeiro que eu não sou “os homens”, segundo que eu já vivi de tudo que nada mais fora dessas paredes me impressiona, terceiro que a novidade para mim é você e quarto, eu gosto da ideia de me ver como seu marido. Quinto, quer tomar banho comigo? — Limpei suas lágrimas. Se ela estivesse no meu lugar veria o que eu vejo e não estaria insegura. — Ariel, eu tenho me controlado desde que te vi no hospital, por mim já teríamos feito isto há bom tempo, mas falei sério quando disse que esperaria. Não precisa ter pressa comigo, não vou fugir para os braços de mais ninguém porque só os teus têm o que preciso.
— E o que eles têm exatamente? — Suspirou se deitando no meu colo.
— Meu coração, sem ele sou um homem morto. Amo-te Ariel e estou disposto a passar por essa fase ocupado tentando ser um bom pai, faremos isto juntos, como um casal unido.
— Promete?
— Não prometo, me comprometo. — Ela abriu um sorriso e aceitou a mão que lhe estendi para ir ao banho.
Passamos o momento juntos mas sem apressar nada, a acalmei sobre seu medo e a ouvi com atenção ao desabafar comigo sobre suas inseguranças. Eram todas plausíveis e talvez Ariel devesse voltar ao grupo de apoio, conversar com alguém poderia ajudá-la. Sugeri isso enquanto terminavamos de vestir, ela tinha escolhido um vestido simples com um casaco, eu estava de um terno porém, de um jeito informal.
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UM LAÇO ETERNO《#Orfãos Cardin 1》
Romance[HISTÓRIA FINALIZADA, DISPONÍVEL POR TEMPO INDETERMINADO] Uma família seperada por uma tragédia. Heroux foi separado dos seus irmãos após a morte de seus pais, seu tutor era um homem ganancioso, e ele se tornou o produto da vida que levou ao lado de...