CAPÍTULO 10.

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No topo da escada,Christian destrancou a porta e a abriu me dando passagem pra entrar logo em seguida.

O lugar era um quarto, mais não um quarto qualquer.Ele era um quarto redondo com uma janela/parede do chão ao teto, e no centro da "parede"janela havia uma cama de casal enorme com algumas coisas em cima; 4 travesseiros e algumas almofadas espalhadas em cima dela.

No lado normal do quarto sem parede de vidro, se encontrava uma estante de livros, uma escrivaninha, duas portas,e uma lareira.

Fui até a parede de vidro e fiquei boquiaberta ao ver as luzes de algumas casas ali não muito longe.

Christian veio até mim e ficou me observando, estávamos um olhando nos olhos do outro até que eu ouvi um estrondo e olhei pra fora.

Estava tudo nublado, o ceu estava escuro e não se conseguia ver as estrelas ou até mesmo a lua.

-Parece que vai chuver...

-É lindo!-murmurei.-Desde quanto você vem aqui...aqui e onde você fica?..o seu quarto...-perguntei

-Eu tenho esse lugar pouco mais de uns dez anos, Elijah me deu esse lugar e em troca eu o ajudo.

Ele parou de falar e assim ficamos ali parados sem trocar uma palavra, apenas olhando um pro outro.

-Elijah é uma boa pessoa, ele me adotou após perder a filha em um ataque.-continuou, mais agora ele olhava lá pra fora.-Foi um ataque, acho que era aniversário de cinco anos dela.Ele recebeu uma ligação e foi pro escritório atender...e quando voltou a casa estava sendo invadida.-falou olhando pro nada.-ele tentou salvá-las mais não conseguiu.Arrastaram ele para fora da casa e a incendiaram com sua esposa e sua filha Lucinda.

"Os bombeiros não acharam nada lá dentro, apenas os fragmentos dos ossos.Mas nada que pudesse indicar se eram realmente delas.

Um dia ele vagando na rua me achou e então resolveu cuidar de mim, na época eu estava desidratado por que não comia a dias,e eu tinha vários hematomas no meu corpo.

Eu tinha fugido de casa porque a minha mãe vivia me batendo e eu sempre saía com ferimentos horríveis.

Eu devo tudo à ele que cuidou e ainda cuida de mim como se eu fosse um filho pra ele."

Nesse meio momento eu não sabia o que falar pra ele então apenas me deixei levar.

Ergui minha mão direita para virar seu rosto pra mim e então me aproximei um pouco o surpreendendo com um breve beijo em seus lábios.

Assim que me separei um pouco ele ficou me observando, como se estivesse me estudando.

Rapidamente, as suas mãos vieram até o meu rosto como se o tivesse emoldurando, os seus dedos se entrelaçando nos meus cabelos enquanto me beijava novamente.

O beijo era calmo mais ao mesmo tempo intenso, eu consegui sentir o gosto do álcool em sua boca.

Ele me puxou mais contra ele, e eu levei isso minhas mãos para o seu pescoço e o envolvi, as vezes eu dava alguns puxões em seu e eu o sentia se arrepiar com aquilo.

Num movimento ele me encostou na parede, e desceu os beijos para o meu pescoço,me fazendo soltar um leve gemido de apreciação

Em seguida, ele levou a mão até meu espartilho e tentou solta-lo mas eu o parei.

-Acho melhor pararmos, não estou muito...-resmunguei enquanto ele deu um sorriso no meu pescoço.

-Tem razão, é melhor você ir tomar um banho...-falou erguendo a cabeça.-Gostei do vestido...-murmurou olhando o espartilho aberto.

Senti meu rosto corar e cruzei meus braços para esconder a parte aberta dele.

-Eu preciso ir falei,-falei me desencostando da parede, vi tudo girando e senti mãos me segurarem.

-Eu acho melhor você ficar aqui!-falou segurando o meu braço e me levando até uma das portas e a abrindo.

O banheiro não era muito grande, tinha um pequeno balcão com uma pia no centro, um espelho em cima da mesma, o vaso sanitário, um box de vidro e uma banheira ao lado do box.

As paredes do banheiro eram de um mármore branco meio avermelhado, assim como o da pia.

Era bem iluminado, Christian saiu por uns dois minutos e depois voltou segurando uma blusa pretas de mangas longas.

-Obrigada!-falei corando novamente, ele apenas sorriu e saiu fechando a porta.

Fiquei um bom tempo tentando tirar o vestido, eu não tava enxergando muito bem.

Quando consegui finalmente tirar o vestido, eu entrei cambaleando no box.Abri o chuveiro na água fria e fiquei ali um bom tempo até meu cérebro começar a raciocinar.

E assim que entrei debaixo do chuveiro e a água bateu no meu rosto, a imagem nítida do beijo veio em minha cabeça.

"Eu beijei o Christian! Meu Deus o que eu fiz..."

-Aposto que amanhã ele não vai se lembrar de nada!-sussurrei passando a mão no pescoço.

Terminei de tomar banho e sai do box toda molhada, e peguei uma toalha ali e comecei a me secar.

Depois me vesti colocando apenas a calcinha e depois a blusa de Christian, ela batia na metade da minha coxa

Quando sai do banheiro , vi que Christian tinha fechado a cortina da janela e estava olhando por uma brecha.

Como se tivesse sentido minha presença ele se virou pra mim, me analisando da cabeça aos pés.

-Pode se deitar,-falou se aproximando de mim.-eu já volto...

O andar dele era estranhamente confiante e rígido.Desde que eu tinha conhecido ele eu nunca reparei realmente o jeito dele.

Mais agora parece que tudo mudou, é como um pedaço qualquer de ferro que está sendo atraído por um imã duas vezes maior do que ele próprio.

E o pedaço de um ferro qualquer quanto mais tenta se afastar ele é atraído pelo imã.

Só que há uma diferença nisso em vez de eu correr pro lado oposto do imã eu estou correndo em direção à ele sem exitar.

Quando ele parou de falar comigo, fiquei um pouco mal pensando que eu tinha feito alguma coisa pra ele.

E sempre que eu tentava ir falar com Christian, ele sempre me dizia que tinha que ir por que estava ocupado.

Ele saiu do banheiro usando uma calça moletom azul que estava meio baixa mostrando o caminho pra felicidade.

Me mexi um pouco desconfortável na cama e olhei pro outro lado.Ele veio até mim se sentando ao meu lado.

-Porquê não está deitada ainda?-perguntou colocando uma mecha do meu cabelo úmido atrás da minha orelha.

-Não sei...-Resmunguei.-pensando em coisas sem sentido.

Ele suspirou e com o indicador e o polegar ele virou meu rosto para que eu olhasse em seus olhos.

Se aproximou e me deu um beijo com ternura, agora que eu estava um pouco sóbria podia sentir seus lábios macios contra os meus.

Quando eu estava com ele eu me sentia segura, e ter ele tão perto era como se eu estivesse em um novo mundo.

Um mundo só nosso é de mais ninguém, é como se ele tivesse criado uma bolha especificamente pra nós dois, onde somente nós dois podemos entrar.

Nos separamos e ficamos um bom tempo assim, só olhando nos olhos um do outro.

Finalmente ele desvia o olhar de mim para o relógio em cima da estante do lado da cama.

-Acho melhor irmos dormimos, está tarde...-Olhei pro relógio e ia dar duas horas da manhã.

Ele levantou um lado da coberta para que eu me deitasse e depois me cobriu em seguida me dando um beijo na testa.

-Boa noite!-falou.

-Boa noite...-falei já fechando os olhos

AMOR DEMONÍACO - Em revisão.Onde histórias criam vida. Descubra agora