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semanas depois

Enrique sorriu enquanto dormia e eu ri baixo, continuando com o carinho em seu rosto

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Enrique sorriu enquanto dormia e eu ri baixo, continuando com o carinho em seu rosto.

— Que soninho gostoso, meu amor. — Sussurro.

Nunca havia pensado seriamente sobre ser mãe, mas ficar com Enrique, cuidar dele como se fosse o meu filho, fazia com que aquela vontade crescesse dentro de mim a cada dia que se passava.

Ele estava ótimo e era um amor de bebê. Não dava trabalho algum para Philippe e eu, tirando algumas madrugadas, que ele chorava para mamar. Como essa noite.

Eu estava sentada na poltrona que ficava em seu quarto, e depois de comer e arrotar, Enrique logo voltou a dormir. Deveria o colocar no berço e voltar para o meu quarto, mas como eu não tinha a mesma facilidade que ele para pegar no sono, fiquei ali.

Se em um dia, semanas atrás, Philippe me ajudou a dormir tranquila e profundamente, de lá para cá ele tirava o meu sono.

Me encontrava a um passo de surtar, sem saber o que estava acontecendo entre nós dois e, principalmente, comigo. Não conseguia passar uma hora se quer sem pensar nele e aquele clima entre nós dois estava me matando.

Na última vez que dormimos na mesma cama, ele disse que estava com saudades e no meio da noite sumiu. Odiei o jeito que aquilo mexeu comigo e odiei por ter dito não quando ele foi me procurar na noite seguinte.

A partir dali as únicas palavras que trocávamos eram cumprimentos básicos e coisas sobre Enrique.

— A titia está tão confusa, Enrique. — Sussurro, mordendo o lábio com força em seguida e tentando não deixar as lágrimas alcançarem os meus olhos, mas falhando. — Sua mamãe deve estar bem decepcionada comigo.

— Por que ela estaria? — Ouço e arregalo os olhos em surpresa, levantando a cabeça e encontrando Philippe encostado na porta do quarto, me olhando curioso.

— Está aí a quanto tempo? — Pergunto. Não havia escutado nenhum movimento, talvez estivesse perdida demais nos meus pensamentos a ponto de não perceber coisas que aconteciam ao meu redor.

Coutinho me respondeu dando de ombros.

— Não faz muito tempo. — Disse e terminou de entrar no cômodo, se aproximando. — E então, por que a Ainê estaria decepcionada com você?

— Por nada. — Murmuro em resposta, enquanto ele se sentava em um dos braços da poltrona e olhava Enrique.

— Não pareceu ser por nada. — Comentou e eu olhei para o seu rosto novamente, inclinando um pouco o meu para conseguir. — Está tudo bem?

Recomeço ━━ Philippe CoutinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora