*
meses depois— Mamãe. — Digo devagar.
Enrique riu e bateu palmas, mas logo se inclinou para frente e abriu a boquinha para receber a banana amassada que eu preparei para ser o seu café da manhã.
O meu garoto já havia completado 8 meses e não tinha falado "mamãe" ou "papai" ainda, mesmo que Philippe e eu vivêssemos repetindo tais palavras para ele. O que recebíamos em troca era sempre uma risada ou um "nana", que significava não.
— Você tem que falar, meu amor. — Choramingo e levo a colher para sua boca, o vendo comer.
— Raphaelle, para de desviar o meu menino, ele vai falar papai primeiro. — Philippe falou, entrando na cozinha.
— Ah, não vai não. — Nego com a cabeça.
Ele riu e parou atrás de mim, colocando a mão em meu pescoço e fazendo com que eu tombasse a cabeça para trás. Sorrio e seus lábios encontram os meus logo em seguida, deixando um beijo breve.
Nós dois íamos bem. Eu tentava não deixar que opiniões alheias interferissem no nosso relacionamento e Coutinho me ajudava sempre que eu acabava ficando mal com algo.
Ele fazia com que eu me sentisse a mulher mais forte do mundo para conseguir passar por aquilo.
— Bom dia, minha linda. — Sussurrou, ainda com a boca próxima a minha.
— Bom dia, meu bê. — Digo e faço biquinho, recebendo outro selinho dele.
Philippe se afastou e falou com Enrique, dando bom dia para o filho e o enchendo de beijinhos. Ele se sentou logo em seguida, começando a colocar o café da manhã dele.
O mais novo falou alguma coisa embolada e bateu palmas novamente, chamando a minha atenção para ele e o vendo de boca aberta outra vez.
— Gulosinho. — Falo, o dando mais. — Mamãe tá aqui te dando comidinha na boca e você nem fala o nome dela. — Faço drama.
Coutinho soltou uma risada e eu o olhei.
— Engraçado que quando sou eu quem insisto para ele falar, você manda eu parar de o pressionar. — Comentou como se não quisesse nada e deu um gole no café.
— Está dizendo que eu tô pressionando o meu neném? — Pergunto ofendida e ele dá de ombros. — Eu estou ensinando, Philippe, tem uma grande diferença.
— Aham. — Murmurou.
Mostro a língua para ele e volto a atenção para o nosso filho, que me olhava curioso. Levanto as sobrancelhas e ele mostra a língua, como eu havia feito.
— Não, meu amor. — Rio. — Isso é feio. Não, não. — Digo.
Enrique riu e esticou os braços, dando tchau.
— Vai pra onde? — Philippe perguntou, chamando a atenção dele. — Lindo do papai. — Sorriu e jogou beijo.
O pequeno piscou algumas vezes e sorriu em seguida.
— Pa... — Iniciou com dificuldade. — Papapa.
— Meu Deus. — Meu namorado falou pausadamente, com os olhos arregalados. — Ele falou papai.
— Falou! — Digo sorrindo.
— Vou chorar. — Disse com a voz embargada e se levantou, pegando o filho no colo e o apertando em um abraço. — Fala de novo, meu amor? Papai, fala papai.
— Papa. — Disse Enrique.
Philippe riu e o encheu de beijos, dizendo sem parar que o amava mais do que tudo. Inclino a cabeça para o lado, sorrindo boba e observando a cena, outra que eu nunca iria me esquecer.
— Carreguei por nove meses e o primeiro que ele chama é você. — Falo. — Isso é um pouco injusto.
— Deixa de inveja. — Falou e eu ri, me levantando e indo até eles.
— Parabéns, meu bê. — Sussurro, dando um beijo em sua bochecha. — E parabéns pela sua primeira palavrinha, meu amor! — Encho Enrique de beijos e ele ri. — Agora fala mamãe.
— Papa. — Repetiu e eu coloquei uma expressão de tédio no rosto.
Coutinho riu, devolvendo o beijo que eu havia o dado e voltando a atenção para o nosso filho.
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eu falei papai primeiro
e vocês?
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Recomeço ━━ Philippe Coutinho
Fiksi Penggemar✿*:・゚ ㅤ A dor de perder o grande amor da sua vida é inexplicável, e Philippe Coutinho estava a sentindo, além de também acusar a si mesmo como o culpado pelo acidente de carro que sofreu com a mulher, Ainê Coutinho, onde esta acabou perdendo a vida...