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A dor de perder o grande amor da sua vida é inexplicável, e Philippe Coutinho estava a sentindo, além de também acusar a si mesmo como o culpado pelo acidente de carro que sofreu com a mulher, Ainê Coutinho, onde esta acabou perdendo a vida...
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Abro a porta do quarto de Enrique, entrando no cômodo devagar e me aproximando da sua cama, vendo ele dormindo todo esparramado na mesma e Joseval próximo aos seus pés.
Sorrio e nego com a cabeça, ajeitando o cobertor sobre seu corpo.
Já havia desistido de o impedir a levar o nosso cachorro para dormir junto a ele, porque nunca adiantou. Certo dia Enrique chegou a discutir muito educadamente comigo, apresentando todos os argumentos dele para que eu parasse de o proibir, e ganhou no exato momento que disse:
— Se o Val auau é da família, como a mamãe diz, então ele tem que domir junto comigo, que sou imãozinho.
Não tinha como argumentar contra aquilo e eu mesma admiti a minha derrota para uma criança de 5 anos e meio.
Me sento na ponta da cama e faço carinho em seu cabelo, o observando com cuidado. Sua enorme semelhança com Ainê fazia com que a mulher se mantivesse vívida em nossos corações e memórias, e amenizava a falta que ela fazia.
Deixo um cheiro na cabeça de Enrique, como quando ele era apenas um neném, e o desejo bons sonhos. Também faço carinho em Joseval, que parecia estar em um sono ainda mais pesado que o do meu garotinho.
Levanto da cama e saio do seu quarto, seguindo para o meu. Entro no mesmo e encontro Philippe sentado próximo à cabeceira, concentrado na própria mão e parecendo encarar a nossa aliança de casamento.
— Se você pedir divórcio, eu tiro tudo de você. — Falo e vejo ele pular de susto, me fazendo rir.
— Claro que eu não vou pedir divórcio! — Disse rapidamente.
Me aproximo da cama e dele, o dando um selinho rápido e me sentando no meio de suas pernas.
Encosto no peito de Philippe e me aconchego ali, como vinha fazendo todas as noites. Passávamos longos minutos naquela posição, falando sobre aleatoriedades ou apenas aproveitando a companhia um do outro, que sentíamos falta durante o dia.
— Só estava me lembrando do nosso casamento. — Disse e eu sorri de leve, mesmo sabendo que ele não estava vendo.
Philippe e eu estávamos casados a seis meses. Após o pedido de noivado, uma das melhores noites da minha vida, começamos a pensar em como queríamos a cerimônia e não demorou muito tempo para que nos casássemos ao ar livre e na presença dos nossos familiares e amigos mais próximos.
Não queríamos nada muito grande e ficou tudo como planejamos.
— Eu estava muito nervosa. — Falo baixo, brincando com a mão de Philippe e observando a aliança em seu dedo. — Cheguei a pensar que os enjoos eram de ansiedade.
Meu marido riu e eu sorri.
— Daqui a poucos meses poderemos ver o rostinho da sua ansiedade. — Disse, se referindo ao neném em minha barriga.
— Acha que ela vai vir parecida com você ou comigo, bê? — Pergunto, usando a outra mão para alisar a barriga de sete meses e sentindo um chutinho em resposta.
— Vai ser igualzinha ao papai. — Falou convencido e eu ri.
— Não vou ter nenhum filho parecido comigo? — Faço beicinho e me ajeito na cama, inclinado o meu rosto para o olhar.
— Podemos fazer mais, até um sair parecido com você. — Sugeriu, me fazendo rir novamente.
— Deixa pra lá, nem ligo pra esse lance de aparência mesmo. — Dou de ombros, escutando a risada de Philippe e sentindo seus lábios nos meus depois, me dando um selinho demorado.
Me sentia a mulher mais feliz do mundo ao seu lado e seria eternamente grata a mim mesma por ter me permitido viver aquele amor sem sentir que estava fazendo a coisa errada e achar que eu era culpada por simplesmente o amar.
Algumas coisas ruins aconteceram antes de ficarmos juntos e até depois, mas eu tinha certeza de que passar por todas aquelas dificuldades e medos só fortaleceu o que sentíamos um pelo outro. Não era atoa que agora éramos casados, com dois filhos, um cachorro bagunceiro chamado Joseval e estávamos vai felizes do que nunca.
— Que carinha é essa? — Perguntou baixo e eu sorri.
— Só lembrando de tudo o que aconteceu até chegarmos até aqui. — Sussurro e faço carinho em sua mão entrelaçada à minha. — Estou muito feliz com a nossa vida.
— Também estou muito feliz. — Disse baixo, me apertando mais contra o seu corpo. — Eu te amo muito.
— Eu também te amo muito. — Digo e me movo sobre a cama, me virando para Philippe um pouco desajeitada. — Meu bê. — Sussurro.
Meu marido sorriu e segurou em meu rosto redondo, juntando nossos lábios e iniciando um dos meus beijos favoritos, que era o que ele fazia questão de demonstrar o quanto me amava.
Podia sentir todas as coisas boas que sentíamos através de um simples beijo e o retribuía da mesma maneira, pois era completamente apaixonada por ele.
Philippe e eu nos ajeitamos na cama logo depois, deitando um ao lado do outro.
— Você quer conversar com a bebê? — Pergunto baixinho e ele ri.
— Quero. — Sussurrou.
Observei ele se ajeitar sobre a cama, ficando mais perto da minha barriga e levantando a camisa dele que eu vestia. As pontas dos dedos de Philippe passearam por aquela parte do meu corpo e eu me arrepiei, voltando a anos atrás.
Podia me lembrar claramente da primeira vez que fizemos aquilo, ainda quando era Enrique quem eu estava gerando.
Levo a minha mão para a sua nuca e dou início a um carinho leve ali.