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— Enfim, o papai te ama muito e não vê a hora de poder segurar você e te encher de carinho

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— Enfim, o papai te ama muito e não vê a hora de poder segurar você e te encher de carinho. — Philippe falou.

Rio, sentindo cócegas pelos diversos beijos que ele distribuía por minha barriga, encerrando a conversa dele com o bebê. Este se mexeu e eu senti algo a mais, o que me fez encarar aquela área com os olhos arregalados.

— O que foi isso? — Pergunto.

Coutinho desviou a atenção da barriga e me olhou tão surpreso quanto.

— Meu bebê chutou?! — Perguntou.

— Fala com ele de novo.

Philippe obedece e eu me ajeito na cama, mordendo o lábio ansiosa e o observando. Nada aconteceu, então Coutinho voltou com os beijos, o que me fez sentir a mesma sensação e ver claramente o chute em minha barriga.

— Você viu? — Pergunto animada.

— Chutou! — Falamos ao mesmo tempo e nos olhamos surpresos, cada um com um enorme sorriso no rosto.

— Faz outra vez, meu amor. — Ele pediu, cutucando de leve a minha barriga e me fazendo rir.

Olho atenta para a barriga novamente, vendo e sentindo mais um chutinho, mais forte que os outros. Sorrio abertamente, sem dúvida nenhuma de que aquele momento ficaria marcado como um dos mais especiais da minha vida.

A imagem de Philippe sorrindo empolgado e bobo para a minha barriga fazia o meu coração palpitar e eu tinha certeza de que nunca esqueceria aquela cena.

*

Solto um gemido baixo e me remexo desconfortável na cama, me virando e abrindo os olhos devagar. Coutinho dormia serenamente ao meu lado, como nos últimos meses.

Já era de costume eu ir para o seu quarto. Nós conversávamos sobre assuntos aleatórios e depois ele falava com o neném, até pegar no sono com o carinho leve que eu fazia em sua nuca com as minhas unhas.

Não demorou para que eu percebesse que quando dormia junto a ele tinha um sono melhor, mesmo depois de completar 5 meses e o bebê não parar de se mexer durante a noite. Quando ele sentia o calor do pai por perto, ficava um pouco mais calmo.

Estico a minha mão, a passando de leve pelo rosto de Philippe e o analisando.

— Tudo bem? — A voz rouca e baixa dele tomou o quarto e eu afastei a minha mão rapidamente, sentindo o meu rosto esquentar de vergonha.

— Não sabia que estava acordado. — Murmuro.

— Sua mão está um pouquinho gelada. — Comentou e apertou os olhos antes de os abrir e encontrar os meus. — Não está conseguindo dormir?

— Não. — Respondo.

— Sentindo alguma coisa? — Perguntou preocupado e eu neguei rapidamente com a cabeça.

Ficamos em silêncio, olhando um para o outro, e eu aproveitei para voltar a observar o seu rosto com atenção. Philippe era um homem muito bonito e eu tinha certeza de que várias mulheres adorariam o namorar.

— Você pensa em se relacionar outra vez? — Solto de repente e me arrependo ao ver o seu cenho franzir de maneira bem significativa.

— Que? — Perguntou.

— Sei que está recente, eu só...

— Recente ou não, eu não quero e nem vou me envolver com outra pessoa. — Falou sério. — A Ainê era, ou melhor, é a mulher da minha vida e isso não mudará nem em mil anos após a morte dela.

— Eu sei, Philippe. — Digo calma. — Desculpa, não queria...

— Dá licença. — Pediu e se levantou, saindo do quarto e batendo a porta, me fazendo pular um pouco pelo barulho.

Meus olhos se encheram de lágrimas e eu xinguei todos aqueles hormônios à flor da pele, que me faziam chorar por coisas que eu não choraria normalmente.

Não queria que Philippe achasse que em minha cabeça ele já deveria sair por aí atrás de uma nova esposa, foi só uma pergunta aleatória. Sei que ele ainda não está pronto para conhecer outra pessoa e o entendo completamente.

— Por que você me deixa tão chorona? — Pergunto, olhando para a barriga. Senti um chutinho e um sorriso se abriu em meu rosto molhado pelas lágrimas. — Está bem, eu te desculpo.

Faço carinho naquela parte do meu corpo e fungo, secando as lágrimas e me levantando em seguida. Também saio do quarto, caminhando até a escada e do topo da mesma avistando Coutinho jogado no sofá, com o braço cobrindo os olhos.

Desço devagar, tomando cuidado com os degraus. Ando até o sofá e me sento próxima às pernas de Philippe.

— O que você quer? — Resmungou.

— Deitar. — Digo baixo.

— Vai pra cama. — Falou ainda sem me olhar.

Ignoro, dando um jeito de me deitar ao lado dele. Foi difícil por conta da barriga, mas Philippe acabou se encolhendo um pouco, deixando mais espaço para mim.

— Desculpa se acabei te magoando com a pergunta. — Sussurro. — Não fica bravo comigo, eu não quero que o bebê venha a sua cara.

Ele riu e tirou o braço do rosto, me olhando.

— Não é assim que funciona. — Disse. — Se você sentir raiva de mim, aí o bebê vai nascer a minha cara.

— Então não me faz ficar com raiva de você.

Coutinho sorriu outra vez e voltou a atenção para o teto da sala, me dando uma boa visão de seu perfil. Inclino o meu rosto para ele e deixo um beijo demorado em sua bochecha.

— Desculpa. — Sussurro novamente.

— Está tudo bem. — Falou no mesmo tom. — Desculpa por ser grosso. Você chorou? — Brincou ao fazer a pergunta e eu revirei os olhos.

— Claro que não. — Resmungo, também encarando o teto.

Ouço a risada de Philippe e sinto um beijo dele em minha bochecha, demorado, assim como o que eu havia o dado.

— Chorona. — Sussurrou próximo ao meu ouvido e em milésimos de segundos senti todo o meu corpo arrepiar em resposta a sua voz rouca.

Dou uma leve cotovelada nele, me aconchegando um pouco mais no sofá e aproveitando o carinho que ele começou a fazer em minha barriga logo depois.

**
vem sussurrar no meu ouvido, coutinho
😫

Recomeço ━━ Philippe CoutinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora