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A dor de perder o grande amor da sua vida é inexplicável, e Philippe Coutinho estava a sentindo, além de também acusar a si mesmo como o culpado pelo acidente de carro que sofreu com a mulher, Ainê Coutinho, onde esta acabou perdendo a vida...
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Me afastar dos familiares de Ainê foi uma das primeiras coisas que eu fiz depois da morte dela. Para mim, a culpa de tudo aquilo era minha, então era difícil olhar para eles com aqueles semblantes de dor por perder alguém tão especial por uma irresponsabilidade minha.
Então veio o Enrique. Os pais de Ainê e os meus sabiam da nossa tentativa de engravidar e contamos para eles quando iniciamos o processo, então todos já estavam cientes daquilo.
O meu filho nasceu e, mesmo os seus avós maternos o visitando quando voltamos para casa, não passou daquilo.
Continuávamos distantes e algumas vezes eu trocava mensagens com Inês, a mãe de Ainê, contando como Enrique estava e sempre dizendo que quando ela quisesse o ver era só falar.
Ela sempre dizia que veria um dia para fazer aquilo, mas o dia não chegava nunca. Foi uma surpresa chegar em casa e a avistar na sala de estar, enquanto Raphaelle tentava acalmar um Enrique choroso.
— Boa tarde. — Digo, fechando a porta atrás de mim e chamando a atenção das mulheres para mim. — Dona Inês, quanto tempo. Não sabia que a senhora viria aqui hoje.
Me aproximo dela e a cumprimento com um abraço desajeitado, nos afastando logo em seguida.
— Desculpa por não avisar, querido. — Pediu. — Eu estava passando aqui perto e achei que seria uma ótima ideia ver o meu netinho.
Dou um meio sorriso e me viro para Raphaelle e Enrique. Aproximo-me dos dois, pegando o meu filho no colo e cumprimentando a morena com um beijo em sua testa.
— Por que ele está chorando tanto? — Pergunto confuso.
— A tia Inês tentou pegar ele, mas acho que ele estranhou e então começou a chorar assim. — Explicou.
— Não entendi o porquê dele fazer isso. — A mais velha falou e eu a olhei.
Será que ela realmente achava que um bebê recém nascido lembraria dela cinco meses depois?
— Tem dias que ele está um pouco abusadinho mesmo. — Digo, forçando um sorriso.
Volto a atenção para o meu bebê e tento o acalmar, o balançando em meus braços e sussurrando que estava tudo bem. Enrique parou de chorar minutos depois e deitou a cabeça em meu ombro.
— Que tal você ir para o colo da vovó, hum? — Pergunto. — Ela veio ver você.
Me aproximo de dona Inês, entregando Enrique para ela. O menino voltou a chorar quando o afastei do meu corpo e a altura do seu choro aumentou quando ele viu que estava no colo da avó outra vez.