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Batidas na porta do meu quarto fizeram com que eu desviasse a atenção da minha caixinha de brincos, a qual eu organizava a um tempinho

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Batidas na porta do meu quarto fizeram com que eu desviasse a atenção da minha caixinha de brincos, a qual eu organizava a um tempinho.

Olho na direção do barulho, e como a porta estava aberta para eu poder escutar qualquer chorinho de Enrique, encontro Philippe parado ali com um meio sorriso no rosto.

— Posso te atrapalhar um pouquinho? — Perguntou.

— Não está atrapalhando. — Digo e me levanto da cama, vendo ele terminar de entrar no quarto e se aproximar de mim.

Meus olhos foram parar na caixa que ele estendia para mim com as mãos e eu franzi o cenho, encarando Philippe outra vez e esperando por uma explicação.

— Presente.

— Mas não é nenhuma data especial. — Murmuro confusa.

— Não precisa de data especial para dar presente a uma pessoa especial. — Retrucou e eu sorri.

Pego a caixa de suas mãos e me sento na cama, começando a abrir a mesma cheia de curiosidade. Assim que retirei a tampa e afastei os papéis usados para proteger o conteúdo, vi um tecido preto no fundo.

Seguro no mesmo e o tiro de dentro da caixa, a deixando de lado.

O vestido se desdobrou em meu colo e o sorriso em meu rosto aumentou, analisando a peça que eu já havia visto em outro lugar.

— Quando fomos no shopping você encarou esse vestido e no fim decidiu não o comprar. — Philippe falou e eu o olhei novamente. — Eu não sei porque você desistiu, mas eu achei que seria um desperdício uma roupa tão bonita ficar em um manequim e não no seu corpo.

Olho encantada para ele e me levanto, o abraçando apertado e agradecendo pelo presente.

Não achei que o modelo do vestido cairia bem em meu corpo, por isso não o comprei, mas se Philippe achava o contrário, eu acreditaria.

— Eu adorei, ele é lindo. — Falo e coloco o vestido na frente do meu corpo, analisando o mesmo.

— Tomara que caiba direitinho, não sei quanto você veste. — Falou sem graça e eu ri.

— Acho que serve sim. — Digo. — Obrigada, Philippe.

— De nada. — Sorriu. — Estava pensando em fazermos algo hoje a noite, você poderia o usar.

— O que você pensou? — Pergunto.

— Quero você pronta, lá embaixo, às 8 em ponto, tá? — Disse e eu pisquei algumas vezes, inclinando a cabeça para o lado.

— Mas o que...

— Às 8. — Repetiu e deu deixou um beijo em minha bochecha, saindo do quarto em seguida e me deixando sozinha e perdida.

*

Olho para o relógio pela décima vez e assim que vejo ele passar mais da metade dos segundos do minuto 59, das 7 horas da noite, levanto da ponta da cama, ajeitando o vestido outra vez e saindo do quarto.

Desço as escadas com cuidado, segurando no corrimão para não acabar tropeçando com os saltos que eu usava.

Philippe estava no último degrau da escada e eu quase tropecei ao o ver de roupa social e com um sorrisinho no rosto. Ainda bem que eu havia agarrado o corrimão segundos atrás.

Chego até ele e paro na sua frente, sorrindo e observando ele me olhar de cima a baixo.

— O vestido ficou perfeito em você. — Comentou, voltando a encontrar o olhar com o meu.

— Obrigada. — Sorrio.

Eu havia realmente gostado. Caiu como uma luva e, no meu corpo, ficava melhor do que ele realmente parecia ficar, olhando pela vitrine da loja do shopping.

— Já vou logo avisando que não vamos a nenhum lugar chique. — Disse e ofereceu a mão que eu a segurasse. Aceitei e ele me ajudou a descer os últimos degraus da escada. — Ou melhor, não vamos a lugar nenhum.

— Como assim? — Pergunto confusa.

Philippe me puxou com ele até a cozinha, que estava com a mesa posta como uma mesa de restaurante e a luz se encontrava um pouco baixa, dando um clima mais agradável ao ambiente.

Coutinho soltou a minha mão e puxou a cadeira para que eu me sentasse. Assim o fiz, vendo ele ir para o outro lado da mesa e fazer o mesmo.

— Que lindo. — Digo, olhando para toda a mesa.

— Que bom que você gostou, porque deu trabalho. — Falou sincero e eu ri. — Como eu não queria deixar o Enrique com babá, mas também não queria o levar para jantar fora com a gente, tive a ideia do jantar ser em casa.

— E o Enrique?

— No quarto, dormindo. — Sorriu. — Teremos que correr o risco dele chorar no meio do jantar e um de nós dois ter que ir o socorrer.

Rio e Philippe aumenta o sorriso em seu rosto.

— E qual o motivo desse jantar? — Pergunto mais séria.

— Não precisa de motivo para...

— Philippe. — O interrompo.

— Tá. — Murmurou e se ajeitou na cadeira. — Você está um pouco distante e eu queria que soubesse que pode contar comigo, assim como eu conto com você quando estou passando por algo.

— Eu sei.

— E também queria deixar claro que você é especial e eu gosto de te ter aqui. — Completou. — E agradecer por cuidar tão bem do Enrique e de mim também.

Sorrio e ele morde o lábio devagar, me olhando e parecendo ansioso por uma resposta.

— Você também é especial pra mim. — Sussurro. — O Enrique também. Não é nenhum sacrifício cuidar de vocês dois quando se é preciso, mas obrigada por tudo isso, eu amei. — Sorrio sincera.

— Que bom. — Philippe também sorriu. — Além de tudo o que eu disse, o jantar também é para aproveitarmos um pouco e não pensarmos em nada por algumas horinhas.

— Estava realmente precisando. — Digo. — E então? O que o mestre Coutinho preparou para mim hoje? — Brinco, me inclinando para frente e mordendo o lábio para segurar um sorriso.

— Jantar pronto diretamente de um restaurante que vi no Ifood e um bolo sem açúcar, que eu mesmo fiz, como sobremesa.

Solto uma gargalhada, vendo ele sorrir.

— Sem açúcar?

— É, eu esqueci de colocar e só me lembrei agora a pouco. — Torceu o lábio e eu ri.

— Adorei o cardápio. — Afirmo com um sorriso bobo no rosto.

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Recomeço ━━ Philippe CoutinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora