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A dor de perder o grande amor da sua vida é inexplicável, e Philippe Coutinho estava a sentindo, além de também acusar a si mesmo como o culpado pelo acidente de carro que sofreu com a mulher, Ainê Coutinho, onde esta acabou perdendo a vida...
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A mão de Raphaelle estava em minha nuca, fazendo carinho na mesma. Eu retribuía a carícia, mas em sua barriga, passeando por ali com as pontas dos meus dedos e sentindo seus pelinhos arrepiados.
— Posso fazer uma pergunta? — Começo baixo.
— Pode.
Me apoio em um dos meus cotovelos e acabo levantando um pouco, olhando para ela.
— O que temos? — Pergunto.
Ela piscou algumas vezes, parecendo não saber o que responder. Eu também não saberia, até porque nós dois nunca conversamos sobre aquilo e nada foi estabelecido, só estávamos nos curtindo e estava sendo muito bom.
— Ah, eu não... não sei, nós nunca...
— O que acha que temos?
— Estamos nos conhecendo? — Perguntou e eu ri baixo.
— Nós já nos conhecemos a anos. — Afirmo.
Raphaelle torceu um pouco os lábios e eu a olhei atento, esperando por outra tentativa de resposta dela.
— Estamos namorando?
— É um pedido? — Brinco e ela ri.
— Talvez. — Respondeu séria e me puxou para ela, passando de raspão seus lábios nos meus.
Sorrio, levando minha mão até o seu rosto e segurando no mesmo, juntado nossos lábios em um selinho demorado. Sua língua pediu passagem e eu dei, acabando com o selinho e iniciando um beijo onde eu deixei ela guiar o ritmo.
Chegava a esquecer de tudo quando Raphaelle e eu nos beijávamos. A maciez dos seus lábios nos meus e a sua língua explorando a minha boca não deixavam que eu me concentrasse em outra coisa que não fosse neles.
Quando ela nos separou eu quase reclamei, mas ao invés disso, soltei uma risada, sentindo seus lábios distribuírem beijinhos pelo meu rosto.
— Eu gosto de você. — Sussurrou, encontrado o meu olhar com o meu e deixando um último beijo na ponta do meu nariz.
Sinto o meu coração acelerar em meu peito e fico um pouco nervoso.
— Eu também. — Digo baixo. Raphaelle levantou as sobrancelhas e eu mordi o lábio com força. — Eu também gosto de você. — Sussurro, consertando.
Sabia exatamente o que eu sentia por Raphaelle, mas poder falar aquilo em voz alta, depois de tanto me martirizar sobre ser certo ou não, era um grande alívio.
É certo. Gostamos um do outro e estamos completamente livres para tentarmos, então eu faria de tudo para dar certo.
Seus lábios voltaram para os meus e deixei de lado os meus pensamentos, sorrindo bobo no meio do beijo e retribuindo o mesmo rapidamente.
* dias depois
Enrique soltou uma gargalhada gostosa e Raphaelle e eu sorrimos, observando ele no colo da minha mãe.
Estávamos os quatro na mesa da área de lazer da casa dos meus pais, esperando que meu pai tirasse a carne da churrasqueira e trouxesse para a mesa, aí poderíamos começar o almoço.
— Meu netinho é tão inteligente! — Falou minha mãe, enchendo o menor de beijos.
Raphaelle se ajeitou em seu assento e deitou a cabeça em meu ombro, brincando com a minha mão que estava em sua coxa.
Depois que Enrique se distraiu brincando sozinho, minha mãe voltou a atenção para nós dois, inclinando a cabeça para o lado e sorrindo de leve.
— E como vocês estão indo? — Perguntou.
— Bem. — Respondo simples.
Já havia a contado que Raphaelle e eu estávamos tentando e ela pareceu ficar feliz por ver que eu estava seguindo em frente. Era claro o quão bem a morena ao meu lado me fazia.
— Posso fazer uma pergunta, Rapha? — Minha mãe pediu.
— Claro. — Raphaelle respondeu com um sorriso no rosto, ainda com a cabeça encostada em meu ombro.
Que não seja nada relacionado a Ainê, foi o que pedi em pensamento.
— Quando o Philippe ainda estava com a Ainê, você já gostava dele? — Perguntou curiosa.
Suspiro baixo e eu sinto Raphaelle se afastar de mim, tirando minha mão da sua coxa e ajeitando a postura.
— Não, eu não... não. — Respondeu e se esforçou para abrir um sorriso no rosto, que saiu mais parecido com uma careta.
— Eu não quis te ofender ou algo do tipo, ok? Só fiquei curiosa, porque eu nunca imaginei vocês dois junt...
— Mãe. — A interrompo e ela pisca algumas vezes.
— Desculpa. — Pediu e abaixou os ombros. — Desculpa, Rapha.
— Tudo bem. — Ela murmurou.
O silêncio tomou a mesa, tirando os resmungos de Enrique, e o clima ficou horrível.
Levo minha mão para a coxa de Raphaelle novamente, mas dessa vez ela se encolheu na cadeira, se afastando de mim, o que fez que eu recolhesse a mão.