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Faço carinho na mão de Enrique, que agarrava com força o meu indicador

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Faço carinho na mão de Enrique, que agarrava com força o meu indicador. Ele ainda estava mamando, mas os olhos já haviam se fechado a alguns minutos, pronto para dormir.

Aquele era um dos meus momentos favoritos com ele. Quando eu o colocava para mamar e o ninava até o mesmo conseguir pegar no sono, sempre segurando em meu dedo, como se quisesse se certificar que eu ainda estaria ali quando ele dormisse.

Às vezes tinha vontade de ficar sentada na poltrona do seu quarto e o observar dormir durante toda a noite.

Depois de alguns minutos, retiro o meu seio de sua boca, o guardando novamente e limpando o canto da boca de Enrique. Meu dedo continuou em seu rosto, fazendo um carinho leve e o admirando.

— Dorme bem, tá, meu amor? — Sussurro. — Eu te amo muito.

Deixo um beijo em sua mão, que ainda segurava o meu dedo, mas agora de maneira mais folgada.

Levanto da poltrona e o coloco no berço, tirando meu dedo de sua mão devagar para não o acordar. Assim que me certifico de que ele não acordaria, me despeço com um cheirinho em sua cabeça e saio do quarto, me trombando com o peito de Philippe.

Este riu baixo e eu o olhei.

— Vim ver se ele já estava dormindo. — Falou.

— Pegou no sono agorinha. — Conto e olho para o berço outra vez.

— Agora é a minha vez. — Disse e eu franzi o cenho, voltando minha atenção para ele. — De ser colocado para dormir. — Completou.

— Claro que não! — Digo, enquanto fechava a porta atrás de mim. — Ontem eu te fiz cafuné até você pegar no sono, hoje é a minha vez de receber.

Philippe fez beicinho e eu sorri, deixando um selinho em seus lábios. Um sorriso se abriu em seu rosto e ele segurou em minha cintura, me puxando mais para ele e devolvendo o beijinho.

— Quantos beijos tenho que te dar para receber carinho hoje? — Perguntou em um sussurro e eu sorri toda boba, fazendo uma cara de pensativa em seguida.

— Milhões de beijos!

— Milhões de beijos eu vou te dar pelo decorrer de nossas vidas, tem que ser um número menor. — Disse, andando para trás e me puxando junto com ele. — O máximo é 5.

— O que?! — Pergunto indignada. — Que miséria.

Philippe riu e entramos em seu quarto, com as mãos dele ainda em minha cintura. Ele fechou a porta com o pé e continuou a caminhar até a cama, de costas para a mesma.

— 5 ou nada feito.

— Se não entrarmos em um acordo, quem perde é você. — Dou de ombros, fingindo não me importar.

— É assim?

— 10. — Proponho.

— 8.

— Está bem, 9. — Digo.

— 6 e não falamos mais nisso. — Falou rápido e subiu uma mão até a minha nuca, juntando os lábios nos meus.

— Isso é roubo. — Murmuro no meio do beijo.

— Vou abaixar pra 4.

— Não, Philippe. — Resmungo manhosa e ele sorri, voltando para o beijo e nos derrubando sobre a cama.

Gostava de como estávamos indo. Decidimos ir devagar, o que era engraçado, porque morando na mesma casa e dormindo juntos todas as noites, parecia que éramos marido e mulher.

Estar com ele me fazia bem, e eu sabia que também fazia bem a Philippe estar comigo.

*

Sinto algo molhar o meu rosto e faço careta, até conseguir identificar Enrique gungunando por ali.

— Dá outro beijo, porque ela não acordou ainda não. — Ouço a voz de Philippe.

Novamente senti algo molhado em minha bochecha e ri baixo, abrindo os olhos devagar e encontrando Enrique sentado bem ao lado da minha cabeça, sorrindo abertamente.

— Que bom dia perfeito, meu amor! — Digo para o pequeno, que riu. — Bom dia, coisa mais linda desse mundo.

— Bom dia. — Philippe respondeu.

— Eu tô falando com o Enrique. — Falo e ele me olha indignado.

— Achei que eu fosse a "coisa mais linda desse mundo". — Imitou a minha voz e eu ri.

— Você pode ser a segunda. — Digo, me sentando na cama e me inclinando para ele. — Mas só se me der um beijo de bom dia.

— Não vou te beijar, você nem escovou os dentes ainda. — Cruzou os braços.

— E você escovou?

Philippe revirou os olhos e eu ri, fazendo biquinho em seguida e recebendo um selinho dele.

— Bom dia, segunda coisa mais linda desse mundo. — Sussurro e ele sorri, selando rapidamente nossos lábios mais uma vez.

Enrique gritou no meio de nós dois e eu desviei a atenção para ele, retribuindo o gritinho e o pegando no colo, distribuindo beijos por sua barriga e ouvindo em resposta a gargalhada alta dele.

Eu poderia repetir aquela manhã todos os dias e nunca me cansaria.

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a happy family

Recomeço ━━ Philippe CoutinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora