Quando eu saio do condomínio onde eu moro, vejo Luke encostado no seu carro. Ele está extremamente lindo, e eu sinto vontade de beijá-lo naquele momento.
- Oi! – Ele sorri quando me vê e eu sorrio de volta.
- Oi! – Atendendo a todos os meus pedidos mentais, me enrosca sua mão no meu pescoço e me puxa para um beijo rápido. Ele abre a porta do carro para mim e eu entro sem demora.
- Como foi a viagem? – Ele pergunta quando começa a dirigir.
- Fui muito boa, nos divertimos e aproveitamos bastante. – Ele sorri. – Mas estou exausta. – Rimos juntos.
- Eu imagino. – Ele diz, compreensivo. – Você fica linda até em fotos de paparazzi's. – Ele diz com um sorriso ladino. – E eu não sabia que você era amiga da Celeste Fletcher. – Olho para ele.
- Como assim? – Pergunto sem entender o que ele quer dizer, ou como ele descobriu minha amizade com Celeste. Não é nenhum segredo, mas eu não lembro de ter falado sobre isso...
- Você não viu? – Nego com a cabeça. Ele sorri largo, pega seu celular e abre em alguma página da internet e depois me entrega.
Na foto, que foi tirada no hotel que fiquei durante o final de semana, eu estava dentro da piscina apoiada na borda. Ella e Celeste estavam sentadas perto de mim, com as pernas cruzadas e com copos se suco na mão. Sorri. Se me lembro bem, eu estava falando para elas que iria sair com ele hoje. Mais para baixo, outra foto completava a notícia. Essa foi de nós três saindo do restaurante que jantamos ontem, junto com as outras modelos que estavam com a gente. Nós estávamos rindo de alguma coisa que não me consigo me lembrar agora.
- Eles não perdem tempo, não é? – Luke ri.
- Eu acho que são fotos ótimas. – Ele brinca.
- É claro que você acha. – Ele ri ainda mais, e eu acabo me juntando a ele.
Ele estaciona o carro e eu vejo um quiosque beira-mar completamente iluminado e acolhedor. Uma mesa já está pronta para nós dois e somos atendidos em seguida.
- Confesso que fiquei curioso para saber como você e Celeste se conhecem. – Ele se apoia na mesa, visivelmente interessado na minha resposta. Sorrio.
- Eu e Celeste nos conhecemos desde que somos pequenas. Estudamos juntas na pré-escola, depois continuamos juntas no colegial e fomos juntas para a faculdade. Fazíamos cursos diferentes, obviamente, mas dividíamos o mesmo dormitório. Lá, nós conhecemos Ella, uma arquiteta muito competente, e que vive com a gente desde então. Elas são as duas amigas que eu sempre falo.
- Como esse mundo é pequeno! – Ele diz, e eu concordo. – Eu conheci Celeste alguns anos atrás, por conta de alguns amigos em comum. Mas eu jamais imaginei que você poderia ser uma amiga tão próxima dela. Como eu nunca te conheci antes? – Ele parecia encantando com essa descoberta, e eu ri com isso.
- Digamos que os lugares que Celeste geralmente frequenta são demais para mim e não são nada o meu estilo. – Ele ri. – Além disso, geralmente são eventos da sua agência ou de alguma marca que a contratou. E são lugares que eu evito, sem pensar duas vezes. – Ele concorda com a cabeça.
- Isso quer dizer que ela também é de San Francisco? – Concordo com a cabeça, tomando um pouco da minha bebida. – Impressionante!
Seus olhos se focam para alguma coisa atrás de mim, e o vejo ficar tenso e se mexer desconfortavelmente na cadeira. Olho discretamente para trás, e vejo menina num vestido rosa pink chamativo entrando no restaurante. Ela cumprimenta o metre, e é direcionada para a direção oposta a que nós estamos.
- Está tudo bem? – Ela olha para mim e sorri fraco.
- Sim, tudo bem! É só uma pessoa que eu conheço e que não via há algum tempo. – Sorrio.
- É Daphne Barre, não é? – Ele concorda.
- Você a conhece? – Maneio a cabeça.
- Agora que você já sabe que sou amiga de Celeste, fica mais fácil explicar. – Rio fraco. – Ela trabalhou por um tempo na mesma agência que Celeste, então nos esbarramos algumas vezes. Mas apenas de vista. – Ele balança a cabeça e toma um gole da sua cerveja.
- Vamos falar sobre coisas boas agora. – Concordo com a cabeça, sem querer estender muito o assunto que visivelmente o incomoda. – Temos um novo cliente em vista, e vamos visita-lo essa semana. Quero que você vá comigo.
- Claro, eu vou amar ir junto.
Ele sorri largo e começa a me contar um pouco sobre o cliente e quando vai ser nossa viagem. Depois que saímos do restaurante, começamos a caminhar na orla, sentindo a brisa do mar. Sutilmente ele segura a minha mão enquanto caminhamos, e eu sorrio discretamente.
- Quando eu tiver oportunidade, vou brigar com Celeste por ela não ter nos apresentado antes. Eu realmente queria ter tido a oportunidade de ter você na minha vida mais cedo. – Ele para na minha frente e sorri para mim.
- Acho que nós nos conhecemos no momento certo. – Levanto os ombros, sorrindo. – Tudo acontece quando tem que acontecer.
- Bom, então acho que só me resta aproveitar essa maravilhosa oportunidade do destino, né?
Concordo com a cabeça, sem ter a oportunidade de falar alguma coisa antes dele me beijar. Suas mãos seguram firme minha cintura, me apertando contra ele. Perco meus dedos no meio dos seus cabelos macios, arranhando de leve sua nuca.
O beijo intenso faz minhas pernas bambearem, e um calor absurdo tomar conta do meu copo todo. Nunca fez tanto calor em San Diego.
- Você me deixa maluco, Alice. – Ele diz baixinho, encostando sua testa na minha. – Esses seus lábios... – Ele passa o dedão pelo meu lábio inferior, e morde os seus. – Me tiram do sério.
- Você também. – Suspiro. – Eu sinto uma vontade maluca de te beijar o tempo todo, sem te soltar por um minuto. – Ele sorri.
- Prometo que não vou achar ruim se você fizer isso. – Ele sopra meus lábios. – Você vai realizar o seu e o meu desejo ao mesmo tempo. E isso me parece muito justo.
Ele me beija mais uma vez, muito mais agitado e intenso que antes, me levando ao meu limite. Uma de suas mãos desliza um pouco, parando próximo ao meu bumbum, mas não se atreveu a encostar nele de fato. Ele mordisca meu lábio inferior, e eu solto um gemido contido.
Um vento forte nos atingiu e um raio iluminou o céu. Ele se separou minimamente de mim e olhou para cima. Ele olhou para mim de novo, e selou meus lábios.
- Vamos para o carro, antes que a gente se molhe.
No carro, ele me beija pelo menos mais três vezes antes de liga-lo e começar a dirigir até a minha casa. Quando estaciona, nós dois tiramos o sinto de segurança e ele se vira para mim.
- Obrigada pela companhia, Alice.
- Sou eu quem agradece o convite. – Me estico e beijo seus lábios mais uma vez naquela noite. – Se eu não sair de carro nos próximos cinco segundos, eu acho que eu não vou ter forças para fazer isso depois. – Ele sorri e olha para o relógio no seu pulso esquerdo.
- Pronto, já se passaram cinco segundos. Você é minha o resto da noite. – Rio.
- Eu preciso mesmo ir. – Ele faz beicinho e eu não resisto à vontade de morder seus lábios.
- Só mais um beijinho, pelo menos! – Ele pede e eu concordo com a cabeça, aproveitando a proximidade nos nossos rostos. Quando o beijo começa a ficar ainda mais profundo, me separo dele com pressa e abro a porta do carro.
- Boa noite, Luke!
- Boa noite, Alice! – Escuto ele dizer baixinho. Quando eu o olho, sua respiração está descompassada como a minha, e ele apoia sua cabeça no encosto do banco, me olhando com um sorriso sacana nos lábios.
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(Des)encontros.
RomancePassando por cima de todo seu preconceito e julgamentos prévios sobre Luke, Alice se entrega ao romance e aos sentimentos que nutre por ele quando se dá a oportunidade de conhecê-lo melhor. Apesar dos atritos entre eles no começo do relacionamento...