Capítulo 17.

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- Alice, querida, que bom te ver de novo! – Clarice, mãe de Celeste, me abraça apertado. – Sinto tanta falta de ter você correndo pela minha casa todos os dias... – Sorrio.

- Eu também sinto falta! – Ela faz um carinho no meu rosto.

- Como estão meus amigos Edgar e Mariah? Não falo com seus pais desde o mês passado, e isso que nós moramos na mesma cidade. – Rimos juntas.

- Eles estão bem. Eles ficaram animados quando disse que vocês estavam vindo para cá, e disseram que da próxima vez vocês têm que vir juntos. – Ela concorda.

- Ella, querida! – Ela abraça Ella quando ela aparece na sala.

- Agora que Clarice te deu uma folga, eu posso te cumprimentar. – Conrado, pai de Celeste, me abraça. – Bom ver você de novo.

- Bom te ver também! – Ele beija minha testa, num ato totalmente paterno.

- Meus pais estão mais felizes e animados reencontrando vocês, do que quando me viram. – Celeste diz, de braços cruzados e emburrada no canto da sala. Todos nós reviramos os olhos ao mesmo tempo.

- Sem drama, criança. – Conrado se aproxima dela e a puxa para um abraço. – Nós só estamos cansados de você. – Caímos na risada e Celeste o encara chocada.

- Obrigada, pai! – Ela bufa e ele aperta as bochechas dela.

Depois de todos os cumprimentos e abraços, decidimos ir para um restaurante simples no centro da cidade. A comida é muito saborosa, e o lugar muito aconchegante. No meio do nosso almoço, meus pais me ligam por chamada de vídeo e ficamos um bom tempo conversando juntos.

- Ella, vimos que um projeto seu foi inaugurado recentemente. Uma galeria de arte, é isso? – Clarice pergunta interessada, enquanto caminhamos pela orla.

- Sim! – Ella responde feliz. – Inauguramos esse mês, e bastante gente tem visitado.

- Nós queremos conhecer. – Conrado diz. – É muito longe daqui?

- Não, dá para ir andando. – Ella responde.

- Podemos ir lá?

- Claro!

Mudamos a nossa rota e vamos em direção à Galleria41. Em menos de dez minutos de caminhada, entramos no mais novo prédio da cidade. Fazemos um tour rápido, mas detalhado. Clarice e Conrado olham tudo com atenção, sem deixar passar um único detalhe.

- Isso ficou incrível, Ella! – Conrado elogia. – Parabéns!

- Você precisa construir nossa próxima casa. – Clarice fala animada.

- Obrigada! – Ella agradece tímida.

- Tem um mercado perto da sua casa, não tem? – Conrado pergunta para Celeste, que concorda com a cabeça. – Ótimo, vamos passar lá. O que acham de uma noite de pizza?

Concordamos sem titubear, e voltamos para o carro. No mercado, compramos tudo que precisamos para várias pizzas e depois vamos direto para a casa de Celeste.

Conrado começa preparando a massa. Eu as meninas preparamos o molho e cortamos os ingredientes que vamos usar para o recheio das pizzas. A bagunça na cozinha é grande, mas muito divertida. Ao total, preparamos 4 pizzas grandes: pepperoni, marguerita, muito queijo com bacon e pimenta, e uma todinha de chocolate.

Assamos tudo no forno à lenha que celeste tem na varanda, e em menos de 20 minutos estão prontas. Comemos enquanto conversamos e rimos das histórias que Clarice e Conrado nos contam.

No fim da noite, Ella e eu vamos para casa. No domingo passamos o dia juntos de novo, passeando em alguns parques da cidade, e visitando o café preferido dos pais de Celeste. No fim da tarde os levamos para o aeroporto e nos despedimos com a promessa de que vamos para San Francisco na próxima oportunidade.

(...)

"Janta comigo hoje?"

Luke me pergunta por mensagem. Sorrio.

"Não vou aceitar um 'não' como resposta. Te espero na portaria em vinte minutos."

Respondo apenas com um "vou pensar no seu caso" e bloqueio meu celular. Envio apenas mais dois e-mails e encerro meu expediente. Por conta de uma manutenção na empresa, trabalhamos em casa hoje. Não posso negar que eu amei; home office é bom de vez em quando.

Tomo um banho rápido e coloco uma roupa simples, mas apresentável. Assim que saio do condomínio onde moro, vejo Luke me esperando enquanto digita freneticamente no celular. Me aproximo e toco seu braço, fazendo ele se assustar.

- Tudo bem? – Ele guarda rápido o celular e concorda com a cabeça.

- Tudo bem. – Ele sorri minimamente. Ele se aproxima de mim e beija meus lábios devagar. – Sabe que eu até que estou achando bem divertido essa coisa de se esconder?! – Sorrio. – Mas ao mesmo tempo, eu acho uma droga porque só posso te beijar assim longe da empresa ou de qualquer pessoa conhecida. – Rimos juntos. – O que você quer comer? – Ele beija a pontinha do meu nariz.

- Qualquer coisa. Você pode escolher.

Ele abre a porta do carro para mim e dirige tranquilamente pelas ruas de San Diego. Em pouco tempo, ele estaciona em frente a uma hamburgueria. Sorrio enquanto tiro o sinto de segurança.

- Não sei por que, mas sabia que você escolheria isso. – Ele levanta os ombros.

- É minha comida preferida, e você disse que eu poderia escolher.

Sentamos em uma mesa com sofázinhos e ele se senta ao meu lado. Pedimos x-burguers com batata frita e refrigerante.

- Como foi seu dia hoje? – Luke faz um carinho na minha mão antes de leva-la até seus lábios e a beijar. Ele olha para mim, esperando uma resposta.

- Foi tranquilo. Nada além da benção de poder ficar em casa, de pijama. – Ele ri junto comigo. – E o seu?

- Um pouco chato sem poder ver você, e com algumas ligações para fazer. Mas foi tranquilo, também. – Sorrio e me estico para beijar sua bochecha. Ele segura meu queixo e me dá alguns selinhos na boca. – Estou com saudade de ficar com você.

- Eu também. – Lhe dou mais um beijinho.

- O que você vai fazer amanhã? – Ele passa o braço pelo meu ombro e eu me aconchego nele.

- Eu ainda não sei. Provavelmente Celeste vai querer sair. – Faço careta e ele ri.

- Um amigo meu do tempo de faculdade está indo embora, e vamos sair juntos para nos despedir. Eu queria que você fosse comigo. – Ele faz biquinho. – Chame as meninas também. O Carter vai estar lá também, se servir como referência. – Sorrio.

- Eu vou falar com elas, mas é quase certo que elas vão aceitar o convite. – Ele concorda com a cabeça.

- E você? Aceita meu convite?

- Com você pedindo desse jeito, não tem como negar. – Ele sorri.

Nossos pedidos chegam e a garçonete os coloca na nossa frente. Comemos tranquilamente e depois ele me leva para casa de novo.

- Nos vemos amanhã de noite, certo? – Concordo com a cabeça. – Ótimo!

Ele encaixa sua mão no meu pescoço e me puxa para um beijo lento e longo. Faço um carinho na sua nuca e ele sorri no meio do beijo. Nos despedimos depois de mais alguns beijos mais quentes e durmo assim que deito na minha cama. 

(Des)encontros.Onde histórias criam vida. Descubra agora