Capítulo 27.

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O caminho para o aeroporto não é demorado, para minha sorte. Assim que estaciono, vejo Gael na porta me esperando.

- Você chegou! – Falo animada e o abraço com força.

- Cheguei para alegrar seu final de semana. – Ela brinca e eu sorrio.

- Como foi a viajem? – Entramos no carro e dou a partida, pegando o caminho para minha casa.

- Foi tranquila, fora o atraso no embarque. Mas chegamos na hora certa. – Concordo com a cabeça. – Avisei papai e mamãe que cheguei e eles te mandaram um beijo. – Sorrio. – Bom, quais são nossos planos para o final de semana?

- Nós vamos sair hoje, com as meninas. Você vai conhecer o último empreendimento da Ella. Depois, não sei. Fico ao seu dispor! – Ele sorri convencido.

- É um bom programa para mim.

Chegando em casa, ele se acomoda no quarto que seria dele pelos próximos dias, e nós dois tomamos banho e nos arrumamos para sair.

Encontramos as meninas na Galleria41, visitamos a exposição e vamos direto para o bar.

- Marcella, Marcella... – Meu irmão começa a falar. – Quem diria que aquela pirralha iria se tornar uma arquiteta tão competente que projeta lugares incríveis como esse? – Ella levanta as sobrancelhas, na sua maior cara de deboche.

- Eu vou levar como um elogio. – Ele ri e concorda com a cabeça. – E quem diria, Gael, que aquele adolescente magricelo e com cabelo esquisito se tornaria isso. – Ela aponta para ele e eu não consigo controlar a risada que escapa dos meus lábios.

- Ei, você tem que me defender, não rir de mim. – Ele diz sério para mim. Levanto os ombros e faço cara de inocente.

- Mas ela falou alguma mentira!? – Ele abre a boca, chocado, e eu e as meninas rimos mais ainda. – O tempo te fez muito bem, Gael, sejamos sinceros.

- Eu realmente estou em desvantagem.

- Isso se chama sororidade, meu caro amigo. Aceite! – Celeste cutuca seu braço e nós rimos da cara de tédio que ele faz.

Passamos horas ali bebendo, trocando farpas, rindo e jogando conversa fora. Voltamos para casa tarde, muito mais de meia noite, e dormimos em poucos minutos.

Tomamos café da manhã cedo, assim que acordamos, e saímos em seguida. Passamos o dia indo a pontos turísticos e a lugares que Gael queria conhecer. Ele só tinha vindo para San Diego uma vez, e nunca tivemos tempo de turistar por aí. Almoçamos na rua mesmo, em um dos meus restaurantes favoritos da cidade e depois continuamos nosso tour.

- E onde nós vamos hoje? – Ele pergunta e eu olho para ele como se ele tivesse duas cabeças e um chifre.

- Lugar nenhum. – Ele faz cara de tédio. – Você me fez andar o dia todinho, eu estou exausta! – Ele faz careta. – Podemos passar no mercado e comprar ingredientes para fazer alguma coisa em casa mesmo. Era tão bom quando você cozinhava para mim, lembra? – Ele ri.

- Tudo bem, eu vou te dar essa colher de chá.

Dirijo até o mercado mais próximo e rodamos por todos os corredores em busca dos ingredientes para preparar nosso prato escolhido: espaguete com almondegas. Nosso prato favorito de quando éramos crianças.

- Você vai cozinhar para mim hoje e fazer uma bela massagem nos meus pés. – Aviso e ele me olha indignado. – Nem adianta me olhar com essa cara. É o mínimo que você pode fazer, já que eu estou acabada por culpa sua.

- A culpa não é minha que você é uma velha! – Reviro os olhos. – Olha a má criação! – Ele aperta minha cintura me causando cócegas e eu começo a rir e fugir do seu toque.

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