Positivo ou negativo?

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Eu continuava sozinha em casa. O relógio já marcava às 9:50 AM e nada de Jimin. Agora eu estava dando de mamar a minha menina, que havia acabado de acordar e enquanto isso eu observava a televisão, sem animação alguma, mas com certa aflição no coração. Os meninos simplesmente me excluíram de uma viagem e enquanto eu estou aqui, já começando a sentir saudades eles estão provavelmente cantando uma música juntos enquanto se divertem e esquecem da minha existência e da existência dos próprios filhos, porque para mim foi exatamente isso que eles fizeram. O Jimin estava atrasado e eu estava com medo dele ter esquecido, vai que o Jungkook mentiu para mim e não havia ligado para ninguém, arrumando uma desculpa apenas para se livrar de mim mais rápido... Não! Não pensa assim, Melanie... Da última vez que você agiu por impulso, deu muita merda. Espera eles voltarem para você pôr os pingos nos i's.
Ouvi o Dylan choramingar e fui buscá-lo quase que correndo. Assim que cheguei o menino estendeu os braços dengoso, dei um jeitinho de ajeitar Taegeuk no colo e pegar o menininho em seguida.
Os dois quase já não mamavam mais no peito, eram raras as vezes que isso acontecia. Então, eu preparei a mamadeira do Dylan também e dei ao menino. Ouvi a campainha tocar e deixei as crianças no bebê conforto assistindo um programa infantil e fui abrir, assim que vi Jimin me permiti abraçá-lo sem falar muita coisa, desabando em lágrimas. O que claramente deixou Jimin por um curto período de tempo sem palavras, apenas fazendo um afago em minhas costas.

— Melanie, está tudo bem? – Jimin perguntou retribuindo enfim o abraço. Eu chorava muito.

— Não! Não está tudo bem... – respirei fundo tentando me controlar e puxei ele para entrar. — Primeiro me diz, como você conseguiu tirar tempo para vir aqui? E seu trabalho? E sua namorada?

— Eu sei um jeito nisso, afinal é uma coisa importante estar aqui com você nos próximos dias... – ele disse com um sorriso doce no rosto.

— Eu espero que isso não traga confusões para você futuramente. – sorri e assim que chegamos mostrei Dylan e Taegeuk para ele, que logo deixou um beijinho na testa dos dois bebês que estavam mamando e vendo TV.

— Não vai trazer. – ele sorriu e acariciou os cabelinhos bem lisinhos dos bebês. — Eles estão lindos!

— Obrigada, né! Nove meses no meu útero, para sair a xerox dos pais... Ainda não me conformo! – digo rindo baixinho, logo puxo Jimin para a cozinha. — Já tomou café? Eu estava esperando você.

— Ainda não! – ele sorriu respirando fundo, provavelmente por agora conseguir sentir o cheirinho gostoso da comida que eu havia preparado, mas que estava intocada. — Você já pode ir me contando o motivo de ter chorado quando eu cheguei, tenho certeza que não foi só saudade de mim... – inspirei fundo e demorado pelo nariz e logo expirei tudo pela boca, deixando os ombros caídos e um biquinho desanimado se fazer presente em minha face.

— Você não achou estranho os meninos marcarem uma viagem sem falar comigo antes? – perguntei desanimada e mostrei a comida que havia feito. — Nem mesmo no café da manhã que eu preparei com tanto carinho eles tocaram, disseram que estavam atrasados, me deram um beijinho e se foram. Simplesmente se foram.

— Eles tem um bom motivo para terem ido assim, bom... Eles poderiam ter te incluído no assunto. Mas... – ele parou de falar assim que viu minha cara de indignação com as palavras que ele havia acabado de falar, respirei fundo novamente tentando me acalmar pois estava quase explodindo.

— GAROTO? Ele deixou a namorada com os filhos sozinha! Além do mais, tudo bem que você está aqui! Mas você não tinha obrigação nenhuma, não é a mesma coisa que os próprios pais das crianças estarem aqui! Eles pareciam ter me entendido ontem, mas não mudaram de ideia, só fizeram aquilo para me deixar mais tranquila, para hoje me abandonarem dessa forma. E se acontecer qualquer imprevisto com você, você precisará voltar e aí? Eu ficarei sozinha. Porque como eu já falei, não é a mesma coisa que os pais das crianças estarem aqui comigo. – eu estava tremendo, senti uma pequena dor no pé da barriga e me sentei novamente, começando a chorar.

Amor, vamos ter uma namorada?Onde histórias criam vida. Descubra agora