Amor, vamos ter uma namorada?

Flores por toda parte.

Se fosse para citar um dos dias mais felizes da minha vida, com certeza seria o dia em que meus gêmeos nasceram e hoje.
E o motivo é muito fácil de se entender: Os encontros separados com cada um dos meninos me fez muitíssimo bem, eu estava revigorada e mais confiante. Enxergava agora o que os meninos quiseram me passar com esses dois encontros: não importa se saímos um com o outro, não significa que um é mais especial, a verdade é que combinamos ainda melhor quando estamos os três juntos. Foi assim que a gente se acostumou, agora o normal e confortável somos nós três, os encontros a dois são deliciosos, sim e chegamos ao acordo de que sempre que quisermos faríamos mais vezes e sem neuroses por se tratar de nós três. Apesar de estarmos juntos por um bom tempo, estamos ainda conhecendo um ao outro. Por isso que relacionamentos são tão complicados no fim das contas, requer paciência, atenção, diálogo, companheirismo e muitas outras coisas que eu não vou citar agora.

Hoje íamos nos encontrar no clube em que os meninos são sócios. É um clube daqueles que você relaxa, joga algum esporte tipo vôlei, tênis ou golfe, toma alguns drinks enquanto nada na piscina gigante e aprecia a companhia de pessoas que você ama e até mesmo de outros sócios do local que provavelmente nunca tenha visto na vida. Possuía uma ótima área para crianças, havíamos contratado uma babá para ficar de olho nos gêmeos enquanto a gente se divertia, mas mesmo assim eu sempre ia até lá ver como estavam meus filhotinhos lindos, não dá para confiar cem por cento, mas eu estava nervosa também com as caixinhas que guardava comigo.

— Como eles estão, Mavis? – perguntei olhando para a babá que segurava a menina pelas mãos enquanto ela subia em uma escadinha para escorregar e Dylan brincava em uma mini piscininha de bolinhas de plástico coloridas.

— Está tudo bem, Senhora Melanie! — ela respondeu com um sorriso no rosto, eu fui até a máquina de refrigerante retirando um e levando até ela.

— Toma, esse aqui é por minha conta. — ela pegou a latinha e eu sussurrei: — Só não deixa os pilantrinhas tomarem, ou eles não vão dormir a noite!

— Pode deixar, vou tomar cuidado e obrigada pelo refrigerante! — eu acenei para elas e para os meus filhinhos, mas eles estavam tão entretidos com os brinquedos que nem se tocaram que eu estava me afastando.

Voltei para onde meus maridos me esperavam: entre a piscina, a quadra de tênis, o parquinho infantil e um quiosque de comida. Na minha opinião, estávamos bem posicionados.

— Voltei, eu não consigo deixar eles sozinhos por tanto tempo... — mordi o lábio inferior e me sentei olhando para os dois, após ter dado selinhos na boquinha linda de cada um.

— Nossos filhos estão quase completando quatro anos de idade, eu estava pensando em começar os preparativos para colocá-los na pré-escola ano que vem. – Taehyung comentou, logo cruzei os braços e fiz um biquinho.

Como eu havia dito, Taehyung silenciosamente agia como o líder entre nós, percebíamos isso mas ainda sim, gostávamos disso. Ele não era um homem de cabeça quente e sabia ouvir e levar em consideração a nossa opinião e é por isso que ele é extremamente perfeito no posto que conquistou sozinho e sem pedir.
No entanto, não pude deixar de ficar um pouco surpresa com a colocação dele. Apesar de nossos filhos estarem quase completando quatro anos, eu não havia pensado ainda na possibilidade de colocá-los em uma pré-escola, eu não me sentia pronta para isso.

Me tornei uma mãe superprotetora já que meu maior medo era que tirassem meus pequenos de mim, porém eu sabia que isso não era só sobre mim e como eu me sentia. Era também sobre os pais deles e eu tinha que entrar em acordo sobre isso.

Nunca parei para pensar que criar e educar nossos filhos é algo parecido com administrar um negócio. Reuniões são importantes.

— Não acha que está muito cedo? – Jungkook perguntou intercalando o olhar entre nós dois.