Capitulo 7

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- Se recomponha no banheiro, eu abro a porta.- Amanda praticamente o empurrou para fora de sua cama.
A sorte dos dois é que o Arthur sempre esquecia das chaves.
E quanto ao Nicolas... Seu membro continuava duro, como uma pedra, e ele precisava de algo que o fizesse voltar ao normal.
Mas o que poderia ajudar?
Ele pensava enquanto caminhava até o banheiro social.
- Pense em coisas que te ajudem a brochar.- Sussurrou para si mesmo.
Ele ouviu a voz de seu amigo perguntando por ele e a resposta da Amanda ao dizer " Está no banheiro".
- Peixe boi de calcinha, Pericles rebolando de saia, minha tia Clotilde sem roupa.-
Aquilo já fora o bastante, Nic nem precisava de nada mais. Além de ficar com a sensação de enjoo, a sua parte íntima houvera ficado mais mole que manteiga derretida. Ele a tocou para confirmar, suspirando de alívio.
Quando abriu a porta do banheiro, se deparou com Arthur passando pelo corredor.
- Espero que tenha lembrado de lavar as mãos.- Brincou o outro.
- Mas é claro.-
- Você parece nervoso.- Arthur olhou desconfiado.
- Prisão de ventre... Me deixa muito nervoso.- Nicolas atuou, pressionando as têmporas.
Ele odiava mentir para o seu melhor amigo, e com certeza se achava a pior pessoa da face da terra.
- Cara... Vai comer mamão.-
- Está pedindo que eu te coma?- Nic não evitou a piada.
Precisava de uma para aliviar a tensão.
Ele quase transou com a Amanda.
Com a garota que ele jurou que amava com sua irmã mais nova.
Arthur apenas mostrou o dedo do meio, revirando os olhos depois.
- O Mário não morreu, amanhã ele sai do hospital. Os meninos disseram que foi uma briga na praia, porque ele estava ficando com uma mulher casada.-
- Pouco me importa esse imbecil... Mas também não queria que ele morresse.-
- Eu ainda não consigo acreditar que o Mário foi capaz de algo assim.- Arthur encostou o corpo na parede.
- Vamos comer alguma coisa, não há mais nada que possamos fazer... Pelo menos por enquanto.-
- Claro que há! Precisamos denunciar aquele filho... Da mãe.-
- Isso depende da sua irmã.-
- Ela não tem escolha. Vou levá-la agora mesmo na delegacia.-
- Arthur...- Nic colocou o braço na frente do amigo.- Respeite o tempo dela, ainda está em choque.-
- Conversou com ela?-
-S-sim... Conversei.-
Ele engoliu em seco.
Em partes não foi mentira, eles conversaram antes de usarem a boca para outras coisas.
- Tudo bem. Vamos pedir alguma coisa pra comer.- Arthur deu meia volta com o corpo, caminhando até a sala de estar.
Nicolas suspirou de alívio.
Ele não pretendia se demorar muito ali.
Precisava ver Amanda o mínimo possível, e evitá-la o máximo que conseguisse.

...

Horas mais tarde, quando estava em seu próprio apartamento, Nicolas ainda se culpava pelo que fizera mais cedo. Arthur deixou claro que jamais o perdoaria se ele encostasse na Amanda.
E ele se atreveu a encostar.
Talvez fez até um pouco mais.
Ele a beijou, tocou seus seios, tocou sua...
Sua intimidade. E ele amou tocar ali.
Só de pensar na protuberância macia e carnuda que ficava entre as pernas dela, o seu membro enrijeceu novo.
Nicolas segurou o lugar com as mãos, estava latejando mais do que o normal e chegava a doer.
Era muita incômoda a sensação.
- Que merda... Que inferno.- Ele praguejou.
Para o seu desespero - maior do que já estava- a campainha tocou. Dessa vez não teria como se safar, ele precisava abrir a porta. Tentou olhar no olho mágico, mas alguém pusera o dedo.
- Quem é?- Ele perguntou com impaciência.
O porteiro não houvera interfonado.
Só podia ser uma pessoa.
- Sou eu.- A voz feminina conhecida tirou o dedo do olho mágico, permitindo que ele visse sua imagem.
- Rachel...-
Não tinha como aquilo ficar pior.
Talvez não tivesse dito isso, mesmo sendo em voz baixa.
As coisas sempre podiam piorar.
Nicolas abriu a porta, e sua ex noiva invadiu o seu apartamento como um furacão.
O primeiro lugar que ela olhou foi na direção exata de uma parte que ficava abaixo da barriga.
Ele precisava concordar, estava chamativa.
- O seu amigo sabe que você está ficando com a irmã dele?- A mulher varria o local com os olhos, parecia procurar algo.
Nicolas engoliu em seco.
Ou aquela mulher foi em uma cartomante, ou ela era o próprio diabo.
- Do que está falando? Ficou maluca?- Conseguiu dissimular.
- Não se faça de idiota, sabemos que você não é nenhum estúpido. Fontes seguras viram vocês dois na praia.-
Ele quase suspirou aliviado, mas daria muita bandeira.
- Ah... Então foi isso.-
- Jess a viu com a sua roupa.-
- Então peça a Jess para contar o resto da história. Não me interessa o que vocês duas acham, agora faça o favor de ir embora.-
A maldita era uma cobra.
Estava furando o olho da próprio prima enquanto o beijava, e a primeira coisa que fez foi correr e contar para ela do suposto envolvimento de Nicolas e Amanda.
- Gosto mais de você quando fica agressivo...- Rachel se aproximou dele como um cão quando via um pedaço de carne, encurralando-o contra a parede.
- Rachel... Eu não vou pedir de novo.-
- Pedir o que?- Ela agarrou as partes íntimas dele com uma das mãos.
Ele arfou com o toque, não tinha como evitar.
Precisava aliviar o que sentia desde quando estava na casa de Arthur, mas não era possível.
Seria covardia colocar culpa na carne fraca.
Sim, a carne dele é fraca, e ele é fraco, mas talvez poderia controlar se quisesse.
Ele precisava de qualquer âncora que o puxasse para cima e tirasse Amanda de seus pensamentos. Ja amara Rachel um dia, e gostava de fazer amor com ela.
- Há algo mais que queira me pedir, Nic?- Ela o provocou.
Nicolas levou um de seus braços a contornarem as costas dela, empurrando-a de frente para a parede. Rachel estava de costas, e Nic levou uma de suas pernas a abrirem a perna da mulher até que o espaço fosse o suficiente para que ele adentrasse uma das mãos por seu vestido. Ele pressionou a intimidade dela, que automaticamente soltou um gemido, e levou os dedos a própria boca, tornando-os úmidos e voltando com eles para o mesmo lugar.
Ele massageou a parte íntima dela por cima da calcinha, e afastou o tecido para o lado, introduzindo no lugar o dedo do meio. A respiração dos dois estava ofegante, ele agarrava os cabelos dela com uma das mãos e usava a outra para tocá-la. Quando sentiu que ela estava molhada o suficiente, ele empurrou o corpo da mulher contra a mesa da sua sala de estar, descendo as próprias calças e introduzindo o membro ereto nela.
Não, ele não pensou na camisinha, o que foi claramente um erro.
Não costumava cometer aquele erro, mas conhecia Rachel tempo o suficiente para saber que ela ia com frequência a ginecologista e que não tinha nenhuma doença venérea.
Sobre gravidez... Ele acreditava no conto de que poderia evitar.
Enquanto realizava o ato, fazendo movimentos de vai e vem, Nicolas segurava os quadris de Rachel. Ele não foi gentil, e nem paciente, mas não conseguia ser egoísta ao ponto de somente satisfazer o seu próprio prazer.
Ele levou o seu indicador a pressionar a protuberância que ficava dentro da intimidade de sua ex noiva, massageando-a e puxando-a, até que a mulher atingisse o seu ápice. Pouco tempo depois, ele também conseguiu se aliviar, tirando o membro a tempo de ejacular sobre o tapete da sua casa.
- Pode usar o banheiro do meu quarto para tomar banho, se quiser, e tem comida na geladeira se estiver com fome.-
- Por que está me falando tudo isso?- Ela o olhou enquanto ele colocava de volta as próprias calças.
- Porque depois que fizer tudo isso, eu quero que pegue as suas coisas e vá embora.- Essas palavras foram sua deixa. Depois delas, Nicolas deu meia volta e se trancou no seu escritório.

O melhor amigo do meu irmão Onde histórias criam vida. Descubra agora