Capitulo 4

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Como sempre, Amanda decidiu inventar algo que não era prático. Quis a todo custo fazer biscoitos para comerem com o sorvete.

- Mandy, isso realmente não é necessário.- Nicolas a encarou, enquanto a mesma estava em cima de uma escada, se esticando para pegar os ingredientes.

Na medida que Amanda se esticava para pegar um novo ingrediente que faltava, seu pijama ( que na verdade era uma camisola) muito imoral, subia, deixando uma boa parte de suas coxas as vistas.

Nicolas elevou os olhos a curva de seus quadris, o tecido fino da seda mostrava exatamente como era o seu desenho e o mesmo concluiu que roupas do tipo não faziam bem para a sanidade mental.

- Já acabou?- Perguntou, desviando os olhos para qualquer ponto da cozinha, mas já era tarde demais.

Seu corpo o traiu involuntariamente e o seu membro coberto começou a latejar.

- Só mais um pouco.- Respondeu Amanda, segurando o último ingrediente para a massa.
- Não, não.- Pragueja Nicolas, tentando respirar fundo e mandar aquela sensação para bem longe.

Isso é errado.

É completamente errado.

Nunca poderia ver a Amanda como mulher.

- Algum problema?- A moça arqueia uma das sobrancelhas enquanto se vira para encara-lo.
- Não gire assim!- Grita Nicolas, mas foi tarde demais, pois o pé da Amanda girou em falso e só deu tempo da mesma sacudir os braços no ar.

O tombo foi quase feio.

Quase.

Porque o Nicolas estava bem atrás dela, seria o seu salvador, exatamente como nos filmes e livros de romance.

Mas essa ideia foi por água abaixo quando Nicolas sentiu a força da gravidade.

A gravidade da Terra é aproximadamente 9,8 m/s ( ao quadrado) e se fosse um pouco menor a Amanda teria flutuado.

Naquele momento, Nicolas torceu para que a gravidade diminuísse, pois assim que segurou a moça em seus braços, foi a sua vez de pisar em falso e se esparramar no chão.

O saco de farinha que estava na mão da Amanda voou por toda a cozinha e caiu sobre eles, dando-lhes um banho.

O resultado final foi magnífico: A Amanda por cima do Nicolas e ambos jogados no chão, a cozinha inteira ( inclusive eles próprios) coberta de farinha, e para finalizar a escada tinha caído sobre os copos de vidro, derrubando todos.

- Acho que agora estamos encrencados.- Murmura Amanda, ainda deitada sobre o corpo do Nicolas, encarando-o.

O homem comprimiu os lábios, estava prestes a gargalhar, não por achar a situação engraçada ( por mais que estivesse realmente engraçada), o sorriso era de desespero.

- Vamos demorar a madrugada inteira para arrumar essa bagunça-
- E o nosso filme?-
- Nosso filme já era, pelo menos por hoje-
- Que diabos está acontecendo aqui?- Surge Hugo no canto da porta.

Era tudo o que eles precisavam.

- Estávamos tentando fazer biscoitos- Amanda disse em defesa dos dois.

Hugo arregalou os olhos e os manteve fixo na parte do corpo de sua irmã que se juntava a outra parte do corpo de Nicolas de uma forma bastante íntima.

Claro que Amanda não tinha percebido nada.

- Vocês estão muito encrencados.- Hugo esboçou um sorriso malicioso.
- Já que está aí, poderia nos ajudar.- Opinou Amanda.
- Nem morto.-
- Hugo, qual é mesmo a saída?- Uma voz de uma mulher desconhecida interferiu na conversa.

O melhor amigo do meu irmão Onde histórias criam vida. Descubra agora