Capítulo 31

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  - O Nic disse que quer se encontrar comigo no restaurante da praia?- Amanda piscou os olhos bastante surpresa, enquanto conversava com um dos funcionários do prédio, que a abordou no momento em que ela cruzava a área da recepção do prédio.
  - Sim, senhora. Pediu que o encontrasse em vinte minutos.- Falou o homem, demonstrando ser muito solícito.
  - Obrigada.- Falou Amanda, caminhando novamente na direção da rua.
  Ela tinha combinado de ir com as amigas na sorveteria, mas antes passaria na casa da Samanta, já que o estabelecimento ficava mais próximo de lá. A garota avisou que atrasaria alguns minutos, e explicou de que provavelmente se tratava de uma conciliação com o Nicolas, mas achou estranho o fato dele ter mandado o recado por outra pessoa, no lugar de ter ligado para ela. Por mais que suas amigas, com a exceção de Samanta que nem sequer recebia as mensagens, avisassem que seria melhor que ela tentasse falar com o Nicolas para confirmar, Amanda jamais poderia imaginar que tudo aquilo se tratasse de uma armação.
  Rachel era louca, mas não tão louca a ponto de armar uma coisa como essas.
  Impacientemente, Amanda checava os minutos em seu relógio de pulso, esperando aqueles longos vinte minutos passarem para que ela pudesse ir até o restaurante da praia, como havia supostamente pedido o Nicolas.
  Ao descer do carro de aplicativo, faltavam apenas dois minutos para a hora que ela deveria chegar, já que Amanda costumava odiar atrasos. Ela cruzou a rua mais rápido do que precisava, devido a ansiedade de encontrá-lo, e ao pisar na calçada que daria acesso a entrada do restaurante, Amanda ao olhar a grande janela da frente, se deparou com uma cena bastante desagradável. Nicolas e Camila estavam sentados, e pareciam conversar como amigos normais, quando a garota pousou a sua mão sobre a dele, em um gesto íntimo. Camila o disferia olhares de flerte, que Amanda não conseguiu enxergar com precisão se ele retribuía. Amanda ficou paralisada, apenas assistindo a outra garota se atirar para o seu namorado. Camila inclinou o corpo para frente e acariciou o rosto de Nicolas, estando a um centímetro de beijá-lo. A reação da espectadora foi caminhar o mais rápido possível para longe dali, aos prantos. O primeiro táxi que passou por perto, Amanda esticou a mão para gesticular que ele parasse, e entrou no veículo quando ele atendeu ao seu pedido. Se antes não tinha certeza, agora tinha. Independente de ser um plano da Rachel para afastá-lo do Nicolas, ela só tinha conseguido que fosse bem-sucedido graças a ele.
  Amanda não sabia mais o que tinha com aquele homem.
  O que ela tinha certeza, é que estava magoada o suficiente para fazer questão de nunca mais querer vê-lo.
  ...
  Nicolas pretendia trabalhar até mais tarde quando recebeu uma ligação de Camila. A mulher disse que precisava muito conversar com ele, e o convidou para almoçar no restaurante que ficava a beira mar.
  Por se tratar de uma amiga antiga, Nicolas não hesitou ao aceitar o convite. Ao se encontrar com ela no lugar e hora que marcaram, os dois pediram, de início, um bom vinho como entrada. Antes de entrarem nos problemas que os afligiam, conversaram algumas amenidades, e Camila não tardou muito para entrar no assunto que a interessava.
  - Estou tão aliviada que possa almoçar comigo hoje... Achei que estaria com a Amanda. Olha, eu não quero atrapalhar vocês...-
  - Não atrapalhou nada.- Nicolas se apressou em interrompê-la.- A Amanda e eu não estamos em um momento muito bom. Eu pretendia almoçar mais tarde por conta do trabalho, mas fico feliz que tenha me ligado. Eu estava realmente precisando de uma amiga.-
  - Eu sempre estarei aqui quando precisar de mim, Nic.- Camila levou sua mão a pousar sobre a mão dele.
  Convenientemente, a mulher escolheu ficar de frente para a pista, pois assim, conseguiria ver quando a Amanda se aproximasse. Daphne tinha avisado que viu a garota falar com o funcionário do prédio, e que depois tomou um carro de aplicativo. Por morarem no mesmo condomínio, Daphne sabia exatamente o tempo estimado em que Amanda levaria para chegar no restaurante. E justamente, quando Camila viu pela janela a garota se aproximar, ela segurou a mão do Nicolas em um gesto muito ínti.mo.
  - Eu sei. E digo o mesmo para você.- Nicolas ergueu a cabeça para olhá-la, sem tirar sua mão de debaixo da dela.- É uma amiga que prezo muito, Camila. Por isso vim sem pestanejar quando você me disse que queria conversar.-
  - Só em tomar um vinho com você e conversar eu já me sinto bem melhor, Nic.- Disse Camila, inclinando o corpo para frente e acariciando o rosto do rapaz em um gesto carinhoso.- Com você eu consigo ser eu mesma, não preciso fingir nada.-
  - Por que está dizendo isso? - Perguntou Nicolas, logo em seguida.
  - Porque... Porque eu sinto uma sintonia especial quando estou com você.- Camila se aproximou mais um pouco, deixando os dois rostos próximos.
  Ela olhou de esguelha pelo vidro da janela, e viu quando Amanda se afastou dali, correndo o mais rápido que podia, para ir embora.
  Camila fez questão de reservar os lugares de frente para a janela, pois era um ponto perfeito para colocar o plano que tinha com a Rachel e a Daphne, em prática.
  - Eu gosto muito de você, Camila.- Falou Nicolas, afastando a sua cabeça da cabeça dela.- Mas é apenas como uma grande amiga. Não estou em um bom momento com a Amanda, mas sei que em breve vamos nos resolver. A Amanda é a mulher que eu amo, e eu passei por muito, antes de finalmente conseguir ficar com ela. Não é justo que após meses de muito esforço, o nosso relacionamento acabasse por causa dos outros.-
  - Como assim " por causa dos outros"?- Perguntou Camila, fingindo que não sabia o que tinha acontecido.
  - O Fábio forçou a Amanda á beijá-lo. Eu sei que ela me escondeu isso para evitar uma confusão, mas não gostei de ficar sabendo da notícia por outra pessoa.-
  - Pela Rachel, eu presumo.- Disse Camila.
  - Sim, pela Rachel. Discutimos por isso ontem á noite, e eu preciso de uns dias para colocar a cabeça no lugar e conversar com a Amanda, e pode até parecer piegas, mas eu não pretendo, e nem vou, abrir mão do nosso amor.-
  - Fico muito comovida com as suas palavras, Nic. Você realmente ama a Amanda.- Camila forçou um sorriso amarelo, tentando disfarçar o incômodo que sentiu.- Ela é uma garota de sorte.-
  - Eu sou um homem de sorte. A Amanda é muito especial, e eu sei que me escondeu algo assim por medo de gerar uma confusão. Entendo os motivos dela, mas não posso fingir que não fiquei chateado por isso.-
  - Claro, eu super concordo com você. Ela deveria ter te dito, porque com certeza não deve ter sido a primeira vez que o Fábio tentou essa... Essa investida. Pelo que sei do seu primo, ele é muito teimoso.-
  - Ele está apaixonado por ela, praticamente disse isso na minha cara.- Nicolas cerrou os punhos, lembrando do episódio grotesco que aconteceu no quarto de Fábio.-
  - Parece até uma cena de filme romântico. Um triângulo amoroso entre dois primos e uma garota.-
  - Eu sei que a Amanda jamais daria corda a uma coisa dessas, a conheço desde que era criança.- Falou Nicolas.
  - Eu sei. Você era como um irmão para o Arthur.-
  - Eu ainda sou, Camila. Irmãos brigam, e eu sei que um dia ele vai me entender.- Ele respirou fundo, voltando, logo em seguida, sua atenção para o rosto moreno da moça.- Eu sou mesmo um egoísta. Me conte o que houve com você. Por que parecía tão angustiada na ligação?-
  - Não precisa se preocupar comigo, é até melhor para mim não render tanto desse assunto. Foi só um problema que eu tive com o Guilherme, um cara que eu fico.- Camila respirou fundo, tentando ganhar tempo para inventar uma boa mentira.- Ele é excessivamente ciumento, e só porque conversei com o amigo dele quando estávamos todos almoçando, ele ficou uma fera, dizendo que eu estava dando em cima do menino. Pode imaginar?-
  - É bom que perceba logo quem ele é, gente assim costuma ser perigosa. Esse é o tipo de cara que costuma ser muito abusivo em um relacionamento.- Disse Nicolas, parecendo muito preocupado.
  - Eu já coloquei um fim nessa situação. Acho que não tenho muita sorte com relacionamentos, não é? O melhor cara do mundo é apaixonado por outra mulher.- Camila olhou para o Nicolas quando fez a referência, deixando claro que " o melhor cara do mundo" se tratava exclusivamente dele.
  - Vai achar a pessoa que foi feita para você, Camila, é só uma questão de tempo.- Nicolas deu dois tapinhas amigáveis na mão dela.
  Camila aquiesceu, esboçando um sorriso com o canto da boca. Estava ficando cada vez mais difícil reconquistar o Nicolas, e ela desconfiava que seria quase impossível em um lugar público, e com uma simples conversa.
  A garota segurou sua terceira taça de vinho, que ainda estava na metade, e deu um generoso gole.
  ...
  Samanta pretendia sair com suas amigas, quando recebeu a visita de Arthur. Como sempre, o magnetismo que sentia com aquele homem era forte demais para que pudesse recusá-lo. Por isso, quando ele a beijou e disse que precisava dela, Samanta sabia que por mais uma vez, não seria capaz de resistir.
  Ele a despiu vagarosamente, enquanto explorava a boca dela com a língua, em um beijo morno. Ele desceu os lábios para o pescoço, e depois para os ombros nus, desabotoando a roupa que cobria o início da curvatura dos s.e.i.o.s de Samanta.
  - Você é maravilhosa.- Ele murmurou ao contemplar a n.u.d.e.z do corpo dela, quando o último botão saiu da casa, revelando o par de s.e.i.o.s firmes e medianos.
  - Não tanto quanto você.- Diz Samanta, segurando a barra da camisa de Arthur, no intuito de despi-lo.
  Ao se deparar com o p.e.i.t.o n.u do homem, ela desliza os seus dedos pelos pêlos finos, como se explorasse pela primeira vez aquela pele quente e macia. Arthur arfou com o simples toque, controlando os impulsos de arrancar toda a roupa dela de uma só vez, e de depois levá-la para a cama.
  Arthur seguiu o jogo torturante de Samanta, levando um de seus dedos a roçarem sobre a curva do seio dela, até que tocasse provocativamente na pele enrugada do m.a.m.i.l.o. Ele se divertia com as expressões de prazer feitas pela garota, e pelos baixos gemidos que ela deixava escapar. Arthur subiu a mão livre até o pescoço da mesma, o agarrando de leve, enquanto, ao mesmo tempo, apalpava aquele mesmo seio.
  Samanta capturou os lábios dele em um beijo apaixonado, antes que ele pudesse descer a sua boca na direção do seio que tocava, cobrindo aquele mesmo seio com a boca, e o sugando, como se através disso pudesse tragar toda a essência do gosto da pele salgada da garota. Samanta arqueou o corpo para frente, permitindo a si mesma se deliciar com o toque úmido da boca de Arthur.
  Ela retribuiu as tocadelas feitas por ele, tomando com a boca, os dentes e a língua, a pele que ia desde o peito descoberto, até o abdômen bem definido. Samanta o provocou ao se aproximar da parte interna da coxa de Arthur, conduzindo depois os seus lábios para a virilha, até chegar ao m.e.m.b.r.o e.x.c.i.t.a.d.o, acariciando-o com a língua e os lábios, em movimentos circulares e de vai e vem. Arthur jogou a cabeça para trás, deixando escapar um gemido rouco. Ele agarrou os cabelos da nuca de Samanta, apertando-os, e ajudando-a a conduzir os movimentos.
  Antes que pudesse atingir o seu próprio prazer, Arthur a puxou para baixo, e se colocou sobre o corpo da garota, tomando os lábios carnudos dela em mais um dos seus beijos apaixonados. Ele beijou a extensão do corpo de Amanda que ia do pescoço até a parte interna das coxas, exatamente como a garota também fez com o mesmo. Ao chegar no centro da feminilidade de Samanta, Arthur explorou a sua carne macia com a língua, usando, ao mesmo tempo, o seu indicador para p.e.n.e.t.r.a-la com movimentos de vai e vem.
  - Arthur, eu...- Samanta tentou falar que tinha um encontro com as amigas, e que se não parasse ali, provavelmente chegaria muito atrasada.
  Quando ela estava prestes a continuar com a frase, que foi interrompida por inúmeros gemidos de prazer, quando ele achou a pequena protuberância que seria responsável pelo limite máximo de prazer da garota, e investiu com o dedo ali, até fazer com que ela jorrasse sobre sua mão.
  O corpo de Samanta estava trêmulo quando ela atingiu o o.r.g.a.s.m.o, e sua respiração ofegante ainda demoraria um pouco mais para se regularizar. Ela explodiu em uma gargalhada, mas não porque estava achando algo engraçado, e sim, porque uma felicidade surreal transbordou de dentro dela.
  - Eu estou cansada, e ao mesmo tempo muito feliz.- Comentou Samanta.
  - La petite mort- Murmurou Arthur, próximo do ouvido dela.
  - O que?- Ela parecía confusa.
  - É a definição resumida do que está sentindo.- Respondeu o mesmo.
  - E o que significa?- Perguntou Samanta.
  - Eu vou te mostrar por mais uma vez o que significa.-
  Ao se livrar rapidamente dos restos de sua roupa, Arthur se posicionou entre as pernas de Samanta, adentrando-a com o seu s.e.x.o ainda rijo. As estocadas rápidas e fortes demonstraram o desespero dele em tê-la para si, a cada encontro do quadril de Arthur com o de Samanta, o rapaz deixava escapar um gemido rouco, não medindo esforços para demonstrar o prazer que o preenchia só de estar dentro dela. Samanta o agarrou nas costas e também pelos cabelos, com a respiração tornando a ficar irregular. Ela arfava e movia o próprio corpo, tentando controlar os próprios gemidos, e os gemidos dele, ao beijá-lo inescrupulosamente. Os dois atingiram o clímax algum tempo depois, e quando chegaram aos seus limites, os dois corpos desabaram lado a lado.
  Samanta estava ainda mais ofegante do que na primeira vez, e os seus músculos, que minutos antes de que ela atingisse o seu ápice, estavam retesados, agora tinham amolecido. Samanta sentiu como se seu corpo inteiro tivesse desmaiado, e que aos poucos, uma sonolência a invadia.
  - Isso é que os franceses chamem de La petite mort.- Explicou Arthur, quando a viu bocejar. Ele abraçou o corpo dela contra o seu, e a beijou no topo da cabeça.- São os minutos após o o.r.g.a.m.o que traz essa sensação de anestesia no corpo inteiro.-
  - Sim, eu realmente sinto o meu corpo tendo uma pequena morte. Não consigo mover sequer o dedo mindinho.-
  - Então não mova.- Arthur a abraçou um pouco mais forte.- Até mesmo porque, eu não pretendo soltá-la tão cedo.-
 

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  Oi gente, perdão pelo sumiço! Estou trabalhando em livros novos, o que acabou fazendo com que eu tivesse um pouco de dificuldade para administrar o tempo.
  Quero deixar claro que o livro NÃO terminou, e que ele terá, com toda certeza, mais nove capítulos! Eu nunca deixei nenhum livro pela metade, ou com um final que ficasse confuso. Minhas escritas são bem claras, e sempre que eu faço uma segunda, ou terceira temporada, eu aviso! Portanto, não se preocupem! Não largarei a história pela metade.
  Lembrando, essa história está prestes para terminar! Ainda teremos mais 9 capítulos e tudo ficará muito claro, portanto ninguém terá dúvidas quanto ao final de cada personagem.
  Um grande beijo!

O melhor amigo do meu irmão Onde histórias criam vida. Descubra agora