- O Nic disse que quer se encontrar comigo no restaurante da praia?- Amanda piscou os olhos bastante surpresa, enquanto conversava com um dos funcionários do prédio, que a abordou no momento em que ela cruzava a área da recepção do prédio.
- Sim, senhora. Pediu que o encontrasse em vinte minutos.- Falou o homem, demonstrando ser muito solícito.
- Obrigada.- Falou Amanda, caminhando novamente na direção da rua.
Ela tinha combinado de ir com as amigas na sorveteria, mas antes passaria na casa da Samanta, já que o estabelecimento ficava mais próximo de lá. A garota avisou que atrasaria alguns minutos, e explicou de que provavelmente se tratava de uma conciliação com o Nicolas, mas achou estranho o fato dele ter mandado o recado por outra pessoa, no lugar de ter ligado para ela. Por mais que suas amigas, com a exceção de Samanta que nem sequer recebia as mensagens, avisassem que seria melhor que ela tentasse falar com o Nicolas para confirmar, Amanda jamais poderia imaginar que tudo aquilo se tratasse de uma armação.
Rachel era louca, mas não tão louca a ponto de armar uma coisa como essas.
Impacientemente, Amanda checava os minutos em seu relógio de pulso, esperando aqueles longos vinte minutos passarem para que ela pudesse ir até o restaurante da praia, como havia supostamente pedido o Nicolas.
Ao descer do carro de aplicativo, faltavam apenas dois minutos para a hora que ela deveria chegar, já que Amanda costumava odiar atrasos. Ela cruzou a rua mais rápido do que precisava, devido a ansiedade de encontrá-lo, e ao pisar na calçada que daria acesso a entrada do restaurante, Amanda ao olhar a grande janela da frente, se deparou com uma cena bastante desagradável. Nicolas e Camila estavam sentados, e pareciam conversar como amigos normais, quando a garota pousou a sua mão sobre a dele, em um gesto íntimo. Camila o disferia olhares de flerte, que Amanda não conseguiu enxergar com precisão se ele retribuía. Amanda ficou paralisada, apenas assistindo a outra garota se atirar para o seu namorado. Camila inclinou o corpo para frente e acariciou o rosto de Nicolas, estando a um centímetro de beijá-lo. A reação da espectadora foi caminhar o mais rápido possível para longe dali, aos prantos. O primeiro táxi que passou por perto, Amanda esticou a mão para gesticular que ele parasse, e entrou no veículo quando ele atendeu ao seu pedido. Se antes não tinha certeza, agora tinha. Independente de ser um plano da Rachel para afastá-lo do Nicolas, ela só tinha conseguido que fosse bem-sucedido graças a ele.
Amanda não sabia mais o que tinha com aquele homem.
O que ela tinha certeza, é que estava magoada o suficiente para fazer questão de nunca mais querer vê-lo.
...
Nicolas pretendia trabalhar até mais tarde quando recebeu uma ligação de Camila. A mulher disse que precisava muito conversar com ele, e o convidou para almoçar no restaurante que ficava a beira mar.
Por se tratar de uma amiga antiga, Nicolas não hesitou ao aceitar o convite. Ao se encontrar com ela no lugar e hora que marcaram, os dois pediram, de início, um bom vinho como entrada. Antes de entrarem nos problemas que os afligiam, conversaram algumas amenidades, e Camila não tardou muito para entrar no assunto que a interessava.
- Estou tão aliviada que possa almoçar comigo hoje... Achei que estaria com a Amanda. Olha, eu não quero atrapalhar vocês...-
- Não atrapalhou nada.- Nicolas se apressou em interrompê-la.- A Amanda e eu não estamos em um momento muito bom. Eu pretendia almoçar mais tarde por conta do trabalho, mas fico feliz que tenha me ligado. Eu estava realmente precisando de uma amiga.-
- Eu sempre estarei aqui quando precisar de mim, Nic.- Camila levou sua mão a pousar sobre a mão dele.
Convenientemente, a mulher escolheu ficar de frente para a pista, pois assim, conseguiria ver quando a Amanda se aproximasse. Daphne tinha avisado que viu a garota falar com o funcionário do prédio, e que depois tomou um carro de aplicativo. Por morarem no mesmo condomínio, Daphne sabia exatamente o tempo estimado em que Amanda levaria para chegar no restaurante. E justamente, quando Camila viu pela janela a garota se aproximar, ela segurou a mão do Nicolas em um gesto muito ínti.mo.
- Eu sei. E digo o mesmo para você.- Nicolas ergueu a cabeça para olhá-la, sem tirar sua mão de debaixo da dela.- É uma amiga que prezo muito, Camila. Por isso vim sem pestanejar quando você me disse que queria conversar.-
- Só em tomar um vinho com você e conversar eu já me sinto bem melhor, Nic.- Disse Camila, inclinando o corpo para frente e acariciando o rosto do rapaz em um gesto carinhoso.- Com você eu consigo ser eu mesma, não preciso fingir nada.-
- Por que está dizendo isso? - Perguntou Nicolas, logo em seguida.
- Porque... Porque eu sinto uma sintonia especial quando estou com você.- Camila se aproximou mais um pouco, deixando os dois rostos próximos.
Ela olhou de esguelha pelo vidro da janela, e viu quando Amanda se afastou dali, correndo o mais rápido que podia, para ir embora.
Camila fez questão de reservar os lugares de frente para a janela, pois era um ponto perfeito para colocar o plano que tinha com a Rachel e a Daphne, em prática.
- Eu gosto muito de você, Camila.- Falou Nicolas, afastando a sua cabeça da cabeça dela.- Mas é apenas como uma grande amiga. Não estou em um bom momento com a Amanda, mas sei que em breve vamos nos resolver. A Amanda é a mulher que eu amo, e eu passei por muito, antes de finalmente conseguir ficar com ela. Não é justo que após meses de muito esforço, o nosso relacionamento acabasse por causa dos outros.-
- Como assim " por causa dos outros"?- Perguntou Camila, fingindo que não sabia o que tinha acontecido.
- O Fábio forçou a Amanda á beijá-lo. Eu sei que ela me escondeu isso para evitar uma confusão, mas não gostei de ficar sabendo da notícia por outra pessoa.-
- Pela Rachel, eu presumo.- Disse Camila.
- Sim, pela Rachel. Discutimos por isso ontem á noite, e eu preciso de uns dias para colocar a cabeça no lugar e conversar com a Amanda, e pode até parecer piegas, mas eu não pretendo, e nem vou, abrir mão do nosso amor.-
- Fico muito comovida com as suas palavras, Nic. Você realmente ama a Amanda.- Camila forçou um sorriso amarelo, tentando disfarçar o incômodo que sentiu.- Ela é uma garota de sorte.-
- Eu sou um homem de sorte. A Amanda é muito especial, e eu sei que me escondeu algo assim por medo de gerar uma confusão. Entendo os motivos dela, mas não posso fingir que não fiquei chateado por isso.-
- Claro, eu super concordo com você. Ela deveria ter te dito, porque com certeza não deve ter sido a primeira vez que o Fábio tentou essa... Essa investida. Pelo que sei do seu primo, ele é muito teimoso.-
- Ele está apaixonado por ela, praticamente disse isso na minha cara.- Nicolas cerrou os punhos, lembrando do episódio grotesco que aconteceu no quarto de Fábio.-
- Parece até uma cena de filme romântico. Um triângulo amoroso entre dois primos e uma garota.-
- Eu sei que a Amanda jamais daria corda a uma coisa dessas, a conheço desde que era criança.- Falou Nicolas.
- Eu sei. Você era como um irmão para o Arthur.-
- Eu ainda sou, Camila. Irmãos brigam, e eu sei que um dia ele vai me entender.- Ele respirou fundo, voltando, logo em seguida, sua atenção para o rosto moreno da moça.- Eu sou mesmo um egoísta. Me conte o que houve com você. Por que parecía tão angustiada na ligação?-
- Não precisa se preocupar comigo, é até melhor para mim não render tanto desse assunto. Foi só um problema que eu tive com o Guilherme, um cara que eu fico.- Camila respirou fundo, tentando ganhar tempo para inventar uma boa mentira.- Ele é excessivamente ciumento, e só porque conversei com o amigo dele quando estávamos todos almoçando, ele ficou uma fera, dizendo que eu estava dando em cima do menino. Pode imaginar?-
- É bom que perceba logo quem ele é, gente assim costuma ser perigosa. Esse é o tipo de cara que costuma ser muito abusivo em um relacionamento.- Disse Nicolas, parecendo muito preocupado.
- Eu já coloquei um fim nessa situação. Acho que não tenho muita sorte com relacionamentos, não é? O melhor cara do mundo é apaixonado por outra mulher.- Camila olhou para o Nicolas quando fez a referência, deixando claro que " o melhor cara do mundo" se tratava exclusivamente dele.
- Vai achar a pessoa que foi feita para você, Camila, é só uma questão de tempo.- Nicolas deu dois tapinhas amigáveis na mão dela.
Camila aquiesceu, esboçando um sorriso com o canto da boca. Estava ficando cada vez mais difícil reconquistar o Nicolas, e ela desconfiava que seria quase impossível em um lugar público, e com uma simples conversa.
A garota segurou sua terceira taça de vinho, que ainda estava na metade, e deu um generoso gole.
...
Samanta pretendia sair com suas amigas, quando recebeu a visita de Arthur. Como sempre, o magnetismo que sentia com aquele homem era forte demais para que pudesse recusá-lo. Por isso, quando ele a beijou e disse que precisava dela, Samanta sabia que por mais uma vez, não seria capaz de resistir.
Ele a despiu vagarosamente, enquanto explorava a boca dela com a língua, em um beijo morno. Ele desceu os lábios para o pescoço, e depois para os ombros nus, desabotoando a roupa que cobria o início da curvatura dos s.e.i.o.s de Samanta.
- Você é maravilhosa.- Ele murmurou ao contemplar a n.u.d.e.z do corpo dela, quando o último botão saiu da casa, revelando o par de s.e.i.o.s firmes e medianos.
- Não tanto quanto você.- Diz Samanta, segurando a barra da camisa de Arthur, no intuito de despi-lo.
Ao se deparar com o p.e.i.t.o n.u do homem, ela desliza os seus dedos pelos pêlos finos, como se explorasse pela primeira vez aquela pele quente e macia. Arthur arfou com o simples toque, controlando os impulsos de arrancar toda a roupa dela de uma só vez, e de depois levá-la para a cama.
Arthur seguiu o jogo torturante de Samanta, levando um de seus dedos a roçarem sobre a curva do seio dela, até que tocasse provocativamente na pele enrugada do m.a.m.i.l.o. Ele se divertia com as expressões de prazer feitas pela garota, e pelos baixos gemidos que ela deixava escapar. Arthur subiu a mão livre até o pescoço da mesma, o agarrando de leve, enquanto, ao mesmo tempo, apalpava aquele mesmo seio.
Samanta capturou os lábios dele em um beijo apaixonado, antes que ele pudesse descer a sua boca na direção do seio que tocava, cobrindo aquele mesmo seio com a boca, e o sugando, como se através disso pudesse tragar toda a essência do gosto da pele salgada da garota. Samanta arqueou o corpo para frente, permitindo a si mesma se deliciar com o toque úmido da boca de Arthur.
Ela retribuiu as tocadelas feitas por ele, tomando com a boca, os dentes e a língua, a pele que ia desde o peito descoberto, até o abdômen bem definido. Samanta o provocou ao se aproximar da parte interna da coxa de Arthur, conduzindo depois os seus lábios para a virilha, até chegar ao m.e.m.b.r.o e.x.c.i.t.a.d.o, acariciando-o com a língua e os lábios, em movimentos circulares e de vai e vem. Arthur jogou a cabeça para trás, deixando escapar um gemido rouco. Ele agarrou os cabelos da nuca de Samanta, apertando-os, e ajudando-a a conduzir os movimentos.
Antes que pudesse atingir o seu próprio prazer, Arthur a puxou para baixo, e se colocou sobre o corpo da garota, tomando os lábios carnudos dela em mais um dos seus beijos apaixonados. Ele beijou a extensão do corpo de Amanda que ia do pescoço até a parte interna das coxas, exatamente como a garota também fez com o mesmo. Ao chegar no centro da feminilidade de Samanta, Arthur explorou a sua carne macia com a língua, usando, ao mesmo tempo, o seu indicador para p.e.n.e.t.r.a-la com movimentos de vai e vem.
- Arthur, eu...- Samanta tentou falar que tinha um encontro com as amigas, e que se não parasse ali, provavelmente chegaria muito atrasada.
Quando ela estava prestes a continuar com a frase, que foi interrompida por inúmeros gemidos de prazer, quando ele achou a pequena protuberância que seria responsável pelo limite máximo de prazer da garota, e investiu com o dedo ali, até fazer com que ela jorrasse sobre sua mão.
O corpo de Samanta estava trêmulo quando ela atingiu o o.r.g.a.s.m.o, e sua respiração ofegante ainda demoraria um pouco mais para se regularizar. Ela explodiu em uma gargalhada, mas não porque estava achando algo engraçado, e sim, porque uma felicidade surreal transbordou de dentro dela.
- Eu estou cansada, e ao mesmo tempo muito feliz.- Comentou Samanta.
- La petite mort- Murmurou Arthur, próximo do ouvido dela.
- O que?- Ela parecía confusa.
- É a definição resumida do que está sentindo.- Respondeu o mesmo.
- E o que significa?- Perguntou Samanta.
- Eu vou te mostrar por mais uma vez o que significa.-
Ao se livrar rapidamente dos restos de sua roupa, Arthur se posicionou entre as pernas de Samanta, adentrando-a com o seu s.e.x.o ainda rijo. As estocadas rápidas e fortes demonstraram o desespero dele em tê-la para si, a cada encontro do quadril de Arthur com o de Samanta, o rapaz deixava escapar um gemido rouco, não medindo esforços para demonstrar o prazer que o preenchia só de estar dentro dela. Samanta o agarrou nas costas e também pelos cabelos, com a respiração tornando a ficar irregular. Ela arfava e movia o próprio corpo, tentando controlar os próprios gemidos, e os gemidos dele, ao beijá-lo inescrupulosamente. Os dois atingiram o clímax algum tempo depois, e quando chegaram aos seus limites, os dois corpos desabaram lado a lado.
Samanta estava ainda mais ofegante do que na primeira vez, e os seus músculos, que minutos antes de que ela atingisse o seu ápice, estavam retesados, agora tinham amolecido. Samanta sentiu como se seu corpo inteiro tivesse desmaiado, e que aos poucos, uma sonolência a invadia.
- Isso é que os franceses chamem de La petite mort.- Explicou Arthur, quando a viu bocejar. Ele abraçou o corpo dela contra o seu, e a beijou no topo da cabeça.- São os minutos após o o.r.g.a.m.o que traz essa sensação de anestesia no corpo inteiro.-
- Sim, eu realmente sinto o meu corpo tendo uma pequena morte. Não consigo mover sequer o dedo mindinho.-
- Então não mova.- Arthur a abraçou um pouco mais forte.- Até mesmo porque, eu não pretendo soltá-la tão cedo.-
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Oi gente, perdão pelo sumiço! Estou trabalhando em livros novos, o que acabou fazendo com que eu tivesse um pouco de dificuldade para administrar o tempo.
Quero deixar claro que o livro NÃO terminou, e que ele terá, com toda certeza, mais nove capítulos! Eu nunca deixei nenhum livro pela metade, ou com um final que ficasse confuso. Minhas escritas são bem claras, e sempre que eu faço uma segunda, ou terceira temporada, eu aviso! Portanto, não se preocupem! Não largarei a história pela metade.
Lembrando, essa história está prestes para terminar! Ainda teremos mais 9 capítulos e tudo ficará muito claro, portanto ninguém terá dúvidas quanto ao final de cada personagem.
Um grande beijo!
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O melhor amigo do meu irmão
RomanceO que você faria se, de repente, um amor platônico pelo melhor amigo de seu irmão mais velho, virasse realidade? Desde pequena, Amanda suspirava por Nicolas, mas devido a diferença de idade, além do fato de Arthur, irmão de Amanda, ser extremamente...