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Lorenzo

Uma enfermeira sai do quarto onde Ava está e se direciona para mim.

- Ela já acordou e...disse que quer saber quem a mandou para esse hospital bem, foi o senhor então...Ela quer falar com o senhor....

~•~•~•~•

Aceno e ela sai do meu campo de visão caminhando por um corredor e logo a seguir passando por uma porta.

Levanto-me, decidido a falar com a mulher das águas' ou melhor Ava...

Seguro na maçaneta e faço o movimento de rotação a mesma que torna a porta aberta.

Dou um primeiro e segundo passo com os antónimos companheiros, me colocando dentro do quarto.

No terceiro passo percebo o tinido de soluços e o sonido de alguém que acaba de chorar.

No quarto passo o atrito do encontro da sola do meu sapato e do chão ecoa o quarto e já atinjo o pé da maca.

No quinto passo e com a visão previligiada, miro os olhos dessa linda mulher que estão avermelhados, concluindo o meu pensamento passado: ela estava chorando.

Forma-se um punho involuntário na destra de minha mão.

Os olhos dela contemplam os meus e reparo no seu semblante confuso.

Dava mais um passo de encontro a um metro dela quando escuto a voz de minha mãe.

"Lorenzo? Lorenzo!?....Ah ele entrou aqui?...Tabom, obrigada"

Os passos de saltos altos ecoam naquelas seis divisões e percebo a confusão na feição dela.

Viro-me e encontro minha mãe, que é puxada levemente por mim para fora do quarto.

- Oh filho! - abraçou-me forte.

Retribui seu enlace sincero.

- Como você está? Deve estar horrível, que pergunta a minha. Já comeu? Ehm? - apressou-se tanto que quase escorregou em suas própias palavras.

- Calma mãe. Estou bem, sim. Vamos...- digo impulsionando minha mãe para ficar longe do quarto onde Ava está.

Franzi o cenho.

- O que foi, Lorenzo Armani? Por quê você  tentando me afastar daqui. O que tem ali? - diz se dirigindo ao quarto onde Ava está.

- Madre...[Mãe...]

Mal completei a frase e ela já se fazia dentro do quarto.

Voltei a entrar denovo.

Minha mãe olha para Ava e depois para as marcas dela no corpo, surpresa, fazendo ela abaixar a cabeça e começar a soluçar abafado, por tentar conter as lágrimas.

Minha mãe aproxima-se dela e limpa suas lágrimas.

- Não chora, querida. Me desculpa. Não foi minha intenção magoar-te. - diz e Ava acena cabisbaixa.

Minha mãe olha para minha carranca, percebendo o meu olhar de "vamos sair daqui" ela despedi-se de Ava e saímos do quarto.

- Quem é ela?

- Depois...

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A Que Me Deixou De QuatroOnde histórias criam vida. Descubra agora