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Lorenzo

Logo depois de escutar o "sua esposa acordou" comecei a me apressar para ir ao hospital.

Levei um casaco e procurei pelos sapatos e os vesti.

De maneira nenhuma havia-me esquecido de Ava e por não querer que ela ficasse sozinha mandei mensagem para a senhora dos bolos pedindo que mandasse sua filha para fazer compainha à Ava.

Ava estava assustada com a minha pressa até mesmo brava por não responder as suas perguntas.

Tinha de ser rápido então manipulei-lhe pedindo as horas.

Tudo vai se resolver.

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Estaciono sem muita cautela o carro no estacionamento do hospital e me dirigo andando rápido a entrada.

Vou directo ao elevador, porque sei bem em que quarto Antonella está.

Avisto a porta do quarto e entro na mesma.

Tem alguns enfermeiros, uma então médica desconhecida e o médico encarregue da situação de Antonella.

Aproximo-me lentamente da cama enquanto os enfermeiros vão se afastando e o quarto fica silencioso.

Os olhos de Antonella se arregalam quando me vê e ela instataneamente cora.

Estranho, por ser algo que não faz há muito tempo quando me via.

Viro-me para o doutor.

- Ela está bem?

- Sim. Surpreendentemente ela está. - diz e fico aliviado. Menos uma preocupação. - Porém...

O que vem agora?

- A sua esposa precisa de apoio emocional, senhor. A sua cooperação vai contribuir na recuperação total de sua esposa. - a médica que se mantia calada se pronuncia.

Viro-me para ela.

- E você é quem? - digo arqueando uma sobrancelha.

Antes que ela pudesse responder o médico a corta.

- Ela é psiquiatria, senhor. Mas ela actua com sua esposa a psicologia. Doutora Wendy Cavalli-

- Então Antonella agora está maluca?

- Não. Mas, como a sua esposa "voltou à vida" sente-se carente e confusa e...[....]

A doutora ficou dando um discurso filósofo de psicologia, o qual nem podia contestar por não ser da minha área.

- Então, deixa ver se entendi..."é importante que a gente fique junto"? - indago.

- É...o que estou a dizer é que nessa hora sua esposa precisa do maior apoio e...amor. De você, marido dela. - afirma.

Ponho as mão na cintura, pensantivo.

- Tudo bem. - suspiro - ela pode ir para casa?

- Ham sim. Sim! Pode. - diz o doutor..

Olho para cima.

- Deixem-nos sozinhos.

Peço e todos saiem do quarto.

Ficando só eu e Antonella. Eu e "minha esposa".

Volto-me a aproximar da maca e Antonella sai da posição deitada para sentada.

Bem perto dela agacho-me a medida de seu rosto, com a mão direita erguo-a com cuidado pelo queixo, fazendo-a fixar o olhar em mim e a miro.

Ela não me parece mal de todo.

A Que Me Deixou De QuatroOnde histórias criam vida. Descubra agora