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Ava

Dois dias se passaram, ele ligou-me.

Eu sei que tentei ele algumas vezes antes, ele soube resistir, no entanto, uma vez tocou-me e foi como se estivesse nas nuvens.

Ele me olhava malicioso, me analisando atentamente, principalmente minha boca, e deixava-me.

Ele deixava-me ansiando sua presença...ele mantia-se na minha mente.

Como se tivesse mudando. Sim...mudando.

A voz de Andrea tira-me e meus pensamentos:

- Mana, me ajuda nesse dever. - diz batendo a mão na testa.

- Não deve ser tão difícil assim. Deixa analisar...

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16h56.

Surpreendentemente para mim, meu telemóvel começa a tocar e vejo que é Lorenzo.

- Eu quero ver você. - diz sem delongas.

- Boa tarde para você também.

- Ava...

- E quem disse que eu quero ver você? - digo fechando a porta do meu quarto e me deitando na cama.

- Eu almejo você...- essa última parte soa como um gemido?

E a luxúria toma conta.

- O que você está fazendo? - sorrio mordendo os lábios.

- Você não precisa estar perto de mim para me deixar excitado.

Estremeço.

- E você está...excitado...por mim? - indago fazendo a melhor voz de inocente que posso.

- Hmnn.

- E se me for a ver vai melhorar? - pergunto como se tratasse de uma doença em que eu sou a cura.

- Controla-te...controla-te, homem! - diz baixo e presumo que esteja a falar consigo mesmo.

- Lorenzo...- o chamo.

- Sim?

- Posso dizer algo?

- Sim!

- Eu também quero ver você. A gente pode ter sarrado aquela ferida emocional mas...tem a- deixa para lá...

- Fale. - diz roco.

- A carnal. Eu sinto uma atracção tão grande por você. Eu quero poder passar TE conhecer e a me conhecer no processo...- digo usando o duplo sentido.

- O que mais?

- Eu sei que posso estar a falar de mais e ficar com muito vergonha quando te vir mas, eu só quero que a gente se conecte...que a gente termine o que comecámos. Eu sei que você sente também aquela faísca, da sua forma mas sente.

- Eu quero você. Porra, eu preciso de você, amor.

Sinto uma pressão se formar entre minhas pernas.

- Precisa de mim? - sussuro para o telemóvel.

- Seriamente...vem para cá.

- Se for uma ordem eu não vou...- digo sorrindo.

- Ava...é uma súplica.

- Bem, nesse caso- minha mãe está me chamando. Tenho de desligar. Tchau.

A Que Me Deixou De QuatroOnde histórias criam vida. Descubra agora