Leeis
Eu voltei para casa e na altura Iman estava no banho, no nosso quarto. Agradeci, pude entrar sem nenhuma confusão ou "mi-mi-mi".
Fui à um dos outros quartos da casa e tomei um banho demorado. Enrolei a toalha na minha cintura e ao sair do banheiro, vi Iman numa lingerie rosa bebê transparente, me pegando de surpreso.
Prendi o lábio inferior nos meus dentes. Porra, ela estava gostosa pra caralho!
- Por favor...desculpe-me pelo o que eu falei mais cedo. Eu...- se aproximou de mim sedutivamente e passou a mão no meu peito me electrizando - exagerei.
- Você disse que eu possivelmente estaria fodendo outra pessoa. - mirei seus olhos grandes.
- Eu sei...e estou muito arrependida, amor - pegou em minhas bochechas e distribuiu selinhos em meus lábios.
Fui me perdendo em seus lábios, e ela intensificou o beijo, eu peguei em sua cintura e apalpei sua bunda e ela gemeu.
E foi aí que a imagem de Antonella me veio a cabeça, e Iman estava para tirar-me a toalha e eu a parei quase a empurrando de mim.
Iman me olhou estranhando.
- Leeis, o que foi isso? - perguntou franzindo o cenho.
- A gente não pode resolver as coisas transando. Não é assim que funciona. - disse apertando mais minha toalha.
Ela fica boquiaberta.
- É assim que a gente sempre fez.
- Quando a gente tivesse problemas pequenos. O de você dizer que eu estaria fodendo a Antonella é outro caso.
Ela pareceu-me pensar um pouco para me olhar inacreditável.
- Mas você estava me beijando a pouco e amassando minha bunda à pouco e...é por isso que você parou? Por...- se calou e respirou fundo -....ela?
Viro minha cabeça para o lado.
Por quê eu tinha de ter pensado nela? Porque razão? A gente...não tem nada.
- Eu acabei de tomar banho, estou cansado e não estou muito no clima para sexo.
Ela acenou pressionando os lábios.
Ficámos num silêncio constragedor até eu decidir falar a primeira merda que me apareceu:
- Eu não estou fodendo ninguém além de você. Não estou e nem quero estar. - disse mesmo sentindo uma parte de mim se opondo.
- Tudo bem. Eu vou sair com a Sheila. - disse saindo do quarto, sem olhar para mim e sem exaltar confiança.
E ela saiu mesmo.
Fui para o bar de casa, depois do jantar e tomei uma taça de vinho, pensando e repensando no porquê diabos o rosto de Antonella me veio a cabeça quando Iman gemeu.
Liguei meu telemóvel e a vontade de falar com ela era enorme e crescente. Talvez ver ela tão quase frequentemente esteja me afetando porque já não vejo mais Antonella como uma adolescente que namorei que foi interesseira e tão manipuladora e assassina como a mãe para sequer se livrar de nosso bebê. Agora a vejo como uma mulher, que se tornou quebrada e amarga, mas é tão doce como o mel, é esse lado de Antonella que eu conheço. E se os gostos dela ainda não mudaram, disso também sei.
Antonella amava vestidos florais, ria até doer-lhe a barriga, imitava-me a voz quando eu fosse chato, aninhava-se à mim fazendo desenhos imaginários em minha barriga, acordava manhosa, tem os olhos mais bonitos que alguma vez vira e o rosto uma perfeita assimetria de sua beleza.
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A Que Me Deixou De Quatro
RomanceA vida de Lorenzo Armani se entorta mais do que já estava quando sua então esposa, Antonella, sofre um acidente nas águas do 𝘎𝘳𝘢𝘯 𝘊𝘢𝘯𝘢𝘭 𝘥𝘦 𝘝𝘦𝘯𝘦𝘤𝘪𝘢, desenvolvendo o crânio-encefálico que a põe em coma. Porém, Antonella não foi a úni...