Leeis
Estava na cozinha quando meu telemóvel começou a tocar.
Quando vi que era um número desconhecido...atendi.
Levantei a chávena até minha boca com um senho, esperando a palavra do outro lado da linha.
- Bom dia, Leeis. Aqui fala-
- Antonella....- expeli seu nome sem intenção e logo de seguida me levantei rapidamente até meu escritório fazendo um sinal com a mão para Iman - Sim!?
- [...]Porque pretendo que minha mãe venha até mim, que eu a ponha na parede e que ela revele toda a merda que fez enquanto gravo tudo.
Escutei e antes de comentar fechei a porta do escritório.
- Você contou a sua amiga onde mora?
....
- Ela tinha me ligado já tarde...lá para às 19h e meia.
- E isso é tarde? - indaguei. Ela podia muito bem mandar uma mensagem, pelo menos.
- Quando se trata de um homem comprometido é sim.
Me calei.
- Então...na verdade eu não quero que ela vá para a cadeia. Não mesmo.
- O que quer dizer com isso? - perguntei com tom desconfiado. Ela não estava tentando perdoar a mãe, é?
- Eu quero que el-
Derepente a porta se abriu e a voz de Iman ecoou: "Querido, com quem está falando?"
Suspirei.
- Umn- eu converso com você mais tarde. - terminei a ligação, dizendo isso.
- Você podia ter batido à porta. - digo.
Iman me mira meio boquiaberta e diz:
- Por quê você saiu tão rápido da mesa?
- Você ouviu o telemóvel tocar, não? - sorrio irônico, me encostando à mesa no centro do escritório e apoiando as mãos de leve.
- Sim, mas- Por quê desligou o telefone quando cheguei?
- Você própria disse que não queria saber. Por quê questionamentos agora...Eu não quero constrager você com esse assunto.
- Então você estava falando com a..."Antonella, sua ex"? - diz cruzando os braços à medida dos peitos.
- Sim.
Ela me olha incrédula.
- E você o diz assim...simplesmente? Como se fosse completamente normal!?
- O que você quer que eu diga!? "Não, é uma coisa do trabalho; nada de mais"? É isso que quer!? - clamo gesticulando irado.
- Eu só quero que tudo volte ao normal! Estava tudo bem! Você sabe que está mudando.
- Eu não estou mudando, porra! Por quê insiste nessa merda? - erguo também o tom, e posso sentir uma veia saltar.
Noto a intensidade do meu tom quando Iman fica calada com expressão ferida.
Fecho os olhos e pressiono meus dedos me reprimindo.
Caminho até ela lentamente.
Pouso minha mão em sua cintura exposta.
- Me perdoe...me perdoe. Eu- não deveria ter gritado com você. - erguo seu queixo e os olhos grandes de Iman me fitam, acenando.
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A Que Me Deixou De Quatro
RomanceA vida de Lorenzo Armani se entorta mais do que já estava quando sua então esposa, Antonella, sofre um acidente nas águas do 𝘎𝘳𝘢𝘯 𝘊𝘢𝘯𝘢𝘭 𝘥𝘦 𝘝𝘦𝘯𝘦𝘤𝘪𝘢, desenvolvendo o crânio-encefálico que a põe em coma. Porém, Antonella não foi a úni...