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Lorenzo

Eu e Ava dormimos agarrados depois de ela abrir todos os presentes.

Sou despertado com seus beijos molhados em meu peito.

- Hm...

Ava puxa o lençol de mim e se põe sobre meu pau.

Abro os olhos.

- Acordou assanhada. - digo sorrindo e ela sorri maliciosamente.

A gente fez amor matinal gostoso e ela se deita em meu peito.

- Sabe, enquanto você esteve fora me encontrei algumas vezes com sua mãe.

- Aié? - arqueio a sobrancelha.

- É.

- E do que vocês conversaram? Papinho de sogra e nora? - sorrio.

- Na verdade sua mãe começou a falar de...bebês.

Fico tenso.

- Ela acredita que está na hora de você ter filhos e  queria saber se eu estava preparada para tal.

- Olha não precisa se preocupar eu vou falar com minha mãe para parar de te incomodar com esse assunto. - falo sentando me na cama me afastando de Ava.

- Está bem mas isso me fez cogitar...ela ressaltou a importância de um herdeiro, falou da importância de uma família, de não deixar a linhagem de seu pai morrer com você. Ela parecia preocupada-

- Ava. - corto sua empolgação chamando a sua atenção.

Ela mexe as mãos.

- Esse é um assunto muito delicado. - digo sério.

- É, eu sei.

- Eu não acho que você percebe. Porquê sequer apressar? Você começou a trabalhar faz pouco tempo, é jovem e precisa aproveitar mais a vida, é tanta coisa para isso.

- Você está arranjado desculpas. - cruza os braços.

- Ava, você nem sabe se está a preparada para isso.

- Isso? Não é nenhum bicho de sete cabeças, Lorenzo. E eu te amo.

Suspiro me levantando e indo em direcção ao banheiro fechando a porta em seguida.

Olho-me no espelho.

Porra, porquê minha mãe tinha de enraizar esse assunto na cabeça de Ava? Para Ava parece tudo bem engravidar simplesmente pelo facto de estar tudo bem entre a gente.

Em outras condições em que eu nunca tivesse perdido um bebê e passado pela pior experiência da vida sentindo culpa, eu teria a engravidado no momento que ela me abordasse esse assunto e ficaríamos felizes mas não é o caso.

Eu não sei se vai resultar, eu não sei se poderei dar a ela o meu melhor, não sei se a negligenciarei, não a quero magoar e muito menos ser a causa da morte de mais um filho meu.

Não posso...

Suspiro e entro no box ligando a água morna.

Sinto a água molhar minha cabeça e percorrer meus ombros até aos pés, sentindo-me menos pesado.

Ensaboo todo o meu corpo.

De repente sinto umas mãos amorosas abraçarem-me por trás enquanto a água escorre por meu corpo arrastando o sabão.

Aliso suas mãos em volta de minha barriga.

Levo o sabão e me viro a encarando e começo por passar em seu pescoço, depois seus braços, peito e vou descendo até sua barriga, ela afasta as pernas e eu passo sabão em suas coxas até aos pés.

A Que Me Deixou De QuatroOnde histórias criam vida. Descubra agora