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Lorenzo

Já faz uma semana desde que voltamos de Veneza. Antonella está num hospital, segura e sendo supervisioada sempre.

Estou agora a ver o gráfico da balança comercial do país, o que tudo indica é positiva. E com a minha empresa nos altos nomes.

Gosto de eficácia e aprecio o trabalho de todos nessa empresa; bom, não todos mas a maioria.

Olho para parede e vejo certificados de excelência assinados até por chefes de Estado desde o meu avô.

Também estou reanalisando o alugação diária do hotel "Roma Aurelia Antica", espaço onde acontecerá o jantar beneficiente, já amanhã, que minha empresa está a organizar.

Viro-me para o canto, onde tem uma mesa e papéis, e começo a lembrar o que fiz com aquela copeira há três dias.

Sim, transei com a minha funcionária. Mas, foi como se tivesse esfomeado quando ela apareceu na minha frente.

Bom, não se repetirá.

Saio dos meus pensamentos quando ouço uma batida na porta e antes de eu recusar a pessoa entra.

Antonio.

- Você não consegue ficar na sua sala, não é mesmo? - pergunto massageando as têmporas.

Ele revira os olhos.

- Mau humor? Nã você é assim mesmo e já estou acostumado. - diz sentando-se na cadeira em frente de mim - Preciso de conselhos.

Rio e sorrio.

Não faço isso há algum tempo.

- Vai em frente, Antonio. - digo, deixando alguns papéis de lado.

- Você sabe que eu não namoro já há muito tempo e a única coisa que sei oferecer a uma mulher é-

- Sim, o seu pau e daí?

- E você já foi casado, pelumenos no verdadeiro sentido de casamento, e de certa forma sabe como agradar uma mulher. - diz.

- Você ainda está amarrado a Amara, não é? - acena sério - Não julgo, também estaria se-

- Lava a boca, irmão. Ela é minha! - sibila tensionando o corpo.

Sorrio de lado. Somos iguais.

- Estaria se não quisesse a versão dela. - digo levantando as mãos em rendimento.

Ele relaxa o corpo.

- Então é um apaixonado assumido? - diz sorrindo.

- Calma, paixão é demais. Isso já passa! - digo.

- Sei...Bom, eu falei com Amara por mensagem, ela me ignorou feito nada e liguei-lhe muitas vezes até que ela atendeu agressivamente e blá blá blá[...]

Agressivamente? Uma mulher quando age agressivamente sem nenhum motivo é...

- Ela também está amarrada a você. - digo subitamente - é.

- Eu sabia! - diz levantando-se. - vou convidar ela para sair.

- Okay? Pode ir. - digo mas sou surpreendido por um abraço, que foi devolvido com afecto.

- Obrigado, caro [cara].

Sorrio e ele sai da sala.

Pelumenos há alguém feliz na história.

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Chego em casa, subo as escadas e entro no meu quarto.

Atiro o meu paletó na cama e começo a desabotar os botões superiores da camisa social.

A Que Me Deixou De QuatroOnde histórias criam vida. Descubra agora