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𝐊.
𝗦𝘁𝗮𝘆 𝘄𝗶𝘁𝗵 𝗺𝗲. 𝗜 𝗱𝗼𝗻'𝘁 𝘄𝗮𝗻𝘁 𝘆𝗼𝘂 𝘁𝗼 𝗹𝗲𝗮𝘃𝗲!

As luzes fracas adentravam minha cortina fina e davam claridade ao meu quarto

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As luzes fracas adentravam minha cortina fina e davam claridade ao meu quarto. Meus olhos se recusavam a abrir e encarar a claridade, mas meu olfato clamava para que minha bela bunda levantasse da cama e descesse a escada. O cheiro de ovos com bacon invadia minhas narinas de forma gostosa, me obrigando a descumprir a vontade das minhas pupilas.

Abri calmamente meus olhos me acostumando com a falta da escuridão. Estava abraçada ao grande ursinho de pelúcia que Rindou havia me dado de aniversário no mês passado 一 aquele havia sido o melhor presente de todos 一 era confortável dormir agarrada aquilo. Eu me sentia menos solitária naquela casa gigante.

Quando meus irmãos não estavam viajando para só deus sabe aonde, estavam colecionando ossos quebrados. Quase nunca paravam em casa, mas sempre se lembravam de me ligar pra jogar na minha cara o quão fodas era os hotéis que eles estavam. Na realidade quem sempre fazia isso era Ran, Rindou costumava dizer que mesmo que eu fosse a mais nova ainda tinha mais maturidade que ele.

Acho que muito tempo sozinha nessa casa me fez crescer rápido demais.

Eu guardava em um pote memórias boas que tinha com meus irmãos, afinal eles eram minha vida toda, não existia nada nesse mundo que eu não faria por eles.

E eles por mim.

Sempre foi assim, um Haitani por todos, e todos por um. Aquele sangue corria por minhas células, eu sabia quem eles eram e sabia o que faziam, mas não diria que isso de fato me incomodava. Na realidade me preocupava mais com o fato de se machucarem do que se estivesse socando otários por ai.

Desde que meus pais morreram em um acidente de avião quando eu ainda tinha quatro anos, eles tiveram de lidar com tudo sozinhos. Por um tempo moramos com o vovô, que bom, não era o melhor dos exemplos. Ele era lider de uma gangue de traficantes que comandava pelo menos metade do Japão, e é claro que dinheiro fácil o suficiente para que eu não crescesse em uma casa lotada de cocaina e maconha, pareceu muito bom para meus irmãos.

Rindou e Ran sempre fizeram de tudo para me dar uma boa vida, treinavam e aprimoraram cada parte de seus corpos. Ganhavam dinheiro e seus nomes eram conhecidos por todos que estavam envolvidos com gangs no Japão e fora.

Os irmãos Haitani tinham um legado enorme, eram como assassinos sanguinários capazes de tudo para manter o tesouro sagrado deles a salvo.

Ninguém sabia qual era esse tesouro, apanhavam e morriam pelas mãos deles sem saber. Sem ter a minima ideia de que o tesouro deles usava saia, morava em uma casa em Tóquio e não tao surpresa, era eu.

[Nome], os Haitani tem o sangue nas mãos 一 Vovô me disse. 一 Seus irmãos estão fazendo de tudo para que você não manche as suas, mas uma hora isso terá que acontecer. É o legado de cada um que carrega esse sobrenome.

HAITANI, baji keisuke.Onde histórias criam vida. Descubra agora